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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Percebo que estou em "piloto automático"...

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... quando acho que não fiz coisas que, afinal, já fiz

... ou quando penso que fiz coisas que, logo a seguir, vejo que não fiz

Ou seja, estou a agir sem ter noção do que, realmente, estou a fazer.

 

E é por isso que repito as mesmas acções várias vezes, por não me lembrar de as ter feito antes.

Por outro lado, faço outras coisas com a sensação de que já as tinha executado mas que, por algum motivo, voltam a estar por fazer.

 

De que valem determinadas palavras e gestos?

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De que valem palavras bonitas, dedicatórias, homenagens?

De que valem gestos pré definidos, quase "obrigatórios", e padronizados?

Se as acções contradisserem tudo isso?

 

De que que vale transformar as mulheres, por um dia, em princesas para, nos restantes dias (se não mesmo no próprio), voltarem a ser gatas borralheiras?

É quase como tirar aquela loiça bonita que guardamos no armário, cheia de pó e teias de aranha, porque não se usa no dia a dia mas, numa ocasião especial, tiramos para fora, para "fazer bonito", para os outros verem. E, no dia seguinte, voltamos a arrumá-la no armário.

 

Não sou contra gestos, nem palavras. Mas que venham acompanhadas de acções.

E que não se limitem às comemorações da praxe.

 

Ontem, houve quem quisesse comprar flores para oferecer às "mulheres da sua vida", porque era o Dia da Mulher.

E, com sorte, a mesma pessoa que tanto se empenhou, numa fila enorme, para poder oferecer uma flor à "sua mulher", é a mesma que espera que a "sua mulher" faça aquilo que, a ela mesma, não apetece fazer.

Ontem, houve quem escrevesse lindas dedicatórias às "mulheres da sua vida", porque era o Dia da Mulher.

E, com sorte, a mesma pessoa que tantos "likes" e admiração obteve com tal atitude, é a mesma que critica, embirra e discute com a "sua mulher", por causa de tarefas domésticas e afins.

 

As acções, os gestos, as atitudes, veem-se no dia a dia. E não quando fica bem. 

É esse o meu problema com estas datas comemorativas.

Na maior parte das vezes, e dos casos, são feitas de hipocrisia e de fingimento temporário.

E logo tudo volta ao "normal", ao mesmo de sempre.

 

Coisas que a vida nos mostra...

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Não se combate extremismo, com extremismo.

Não se acaba com uma guerra, começando outra.

Não se erradica o ódio, destilando ódio.

Não se luta pela liberdade, aprisionando.

Não se derrubam regimes ou sistemas, erguendo outros iguais ou piores.

Não se faz justiça, com injustiça.

Não se deitam abaixo muros, erguendo barreiras.

Não se apaga o fogo, ateando-o.

 

 

Há dias que nos inspiram!

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Há dias que nos inspiram.

Inspiram a mudar. 

A fazer.

A tomar a iniciativa.

A querer mais, e melhor.

Há dias em que nos sentimos cheios de energia, e vontade, e entusiasmo.

Há dias em que achamos que podemos tudo!

 

E, depois, há outros, que nos bloqueiam, deitando tudo isso pelo cano abaixo.

 

Há dias em que me decido a fazer uma limpeza geral à casa.

Em mudar as cortinas.

Em substituir o que está estragado.

Em tirar aquilo que não faz falta.

Em dar um destino a tanta roupa e brinquedos que lá tenho desde que a minha filha era pequena.

Em ver se dou um rumo ao meu futuro livro, encalhado há mais de 3 anos por falta de ideias (ou por ideias a mais que não sei bem como conjugar).

A fazer uma mudança.

Porque mudança gera mudança.

E, quem sabe, não leva a outras mudanças.

 

Depois, porque nada disto chegou a ser posto em prática no momento, vêm dias em que perco esse entusiasmo, trocando-o pelo comodismo, pela preguiça, pelo apego.

Olho para as coisas que ía despachar, e percebo que não as quero despachar, voltando a pô-las no mesmo sítio.

Olho para a despesa que vou ter, e penso que pode esperar, ficar para depois, quando der mais jeito financeiramente.

Começo a recear a mudança, e a acreditar que é melhor ficar tudo como está. Porque até não está mal.

Falta a paciência, e a imaginação.

Falta garra, e energia.

E, em vez de "pegar o touro pelos cornos" e pôr mãos à obra, acabo sentada num sofá, a fazer tudo menos aquilo que pretendia, adiando indefinidamente as acções.

Esperando por outros dias, que me voltem a inspirar, e me levem para lá dos pensamentos e ideias, que nunca se chegam a concretizar.

 

Não vale tudo por jogo... ou será que vale?

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Em qualquer jogo, como na vida, existem regras.

E, ainda que essas não sejam infringidas, há que saber estar.

 

Um jogo é um jogo e, como tal, sendo o objectivo ganhá-lo, cada um usa a estratégia que melhor lhe servir, para chegar à vitória.

Essa estratégia poderá ser individual, a pares, ou em grupo, ainda que só um acabe por sair vencedor.

Também na vida, usamos as ferramentas que estão ao nosso alcance, e ajudamos, ou somos ajudados, a conquistar os nossos objectivos.

Em ambos se elaboram planos, se tentam alcançar metas.

Em ambos  - jogo e vida real - temos, por vezes, meio mundo contra nós. Temos obstáculos. Temos barreiras.

Em ambos nos sentimos mais fortes, em determinados momentos, e vamos abaixo, noutros.

Mas em nenhum deles deveria haver agressões, seja elas físicas ou verbais, desrespeito, atitudes infantis e vingativas. 

Em nenhum deles deveria haver uma vitória, "espezinhado" os outros.

 

Quando se trata de reality shows, nomeadamente, o Big Brother, há sempre várias hipóteses: ou a pessoa está em personagem, ou encara o jogo como aquilo que é, um jogo, e vai delineando a sua estratégia que poderá passar por alternar entre si próprio e personagem, ou não, ou a pessoa assume, como muitos concorrentes fazem, que são eles próprios, e que mostram aquilo que são.

A julgar por esta actual edição, e se aquelas pessoas estão a mostrar aquilo que são, estão a mostrar que vale tudo por jogo.

Que o jogo está acima das "amizades", das relações, dos sentimentos.

Que o jogo está acima da imagem que possam passar cá para fora, e que as prejudica mais do que ajuda.

Que vale insultar, massacrar, humilhar, armar-se, viver em clima de constante guerra, desrespeitar, por dinheiro

E que vale, ao mesmo tempo, por vingança, acabar com o prémio pelo qual estão a lutar, deixando de fazer sentido continuar lá a fazer o que quer que seja.

 

Quando as pessoas começam a ficar perdidas, sem rumo, sem argumentos, sem nada que justifique as suas acções, então, se calhar, é melhor para para pensar no que está a fazer.

Ainda é ela própria? Ainda está em personagem?

Onde acaba uma, e começa a outra?

 

O que não se percebe, também, é aqueles concorrentes que se afirmam genuínos e, depois, a cada gesto irreflectido que fazem, que depois traz consequências, mostrarem-se arrependidos, e afirmar que não são aquela pessoa, que não são assim. Então, em que ficamos? São, ou não são? Ou é conforme convém?

Gosto de jogo limpo. Jogo sujo, nem tanto. 

 

E depois, há aqueles que apelam para que as pessoas que os criticam tenham alguma consciência do que dizem, e do que acusam, porque por vezes fazem críticas de mau gosto e acusações graves.

Pois eu diria para os mesmos, e para quem os defende, que essa consciência deve começar por quem tem as acções.

E que parece não medir, pesar, perceber o impacto e as repercussões que as mesmas podem ter, para si, e para quem os rodeia.

Será que compensa queimarmo-nos, por jogo e dinheiro?