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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Partilhar senhas de serviços de streaming: sim ou não?

(e com quem?)

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Aqui por casa, o serviço está em meu nome.

Logicamente, tanto o meu marido, como a minha filha têm a senha.

Mas fica por aí.

 

No outro dia, o meu marido perguntou-me se eu podia partilhar a senha com um amigo dele, meu conhecido.

A resposta foi "não"!

- Ah e tal, e que desculpa é que lhe dou para não dizer directamente?

- Mas podes dizer directamente. - respondi-lhe. E ele não tem que levar a mal.

 

Entretanto, lá arranjou a senha de outra pessoa para dar ao tal amigo.

Em contrapartida, também um conhecido dele, volta e meia, lhe dá senhas de acesso a outros serviços como o Prime Video, Disney + e afins.

Nada contra quem partilha.

Mas eu não o faço. Nem com a restante família (a excepção seria, eventualmente, o meu pai), nem com amigos, e muito menos com conhecidos.

 

E por aí, qual a vossa opinião?

As senhas devem ser pessoais, ou não veem qualquer problema em partilhá-las?

 

Novamente o Facebook

Imagem relacionada

 

Depois de ter sido temporariamente discriminada, hoje, recebo esta mensagem:

 

"Equipa de ajuda do Facebook
Hoje
Olá,

Pedimos a todos os utilizadores do Facebook que utilizem o nome a que respondem diariamente, ou seja, o nome pelo qual os amigos os chamam. Podes manter o teu nome atual se for o nome pelo qual és conhecido/a. Caso contrário, pedimos que o edites.
É necessário que revejas o teu nome nos próximos 7 dias. Após esse período, só conseguirás aceder novamente ao Facebook depois de atualizares o teu nome.

Marta E André Ferreira é o nome que usas no teu dia a dia?

Tem em atenção que os perfis do Facebook destinam-se a uma utilização pessoal e com fins não comerciais e representam pessoas individuais. Se o teu perfil representar uma organização, negócio, marca ou ideia, entra em contacto connosco e vamos ajudar-te a criar uma Página com base no teu perfil."
 
 
 
Para validar o nome, pedem que enviemos o documento de identificação.
Ou seja, ou lhes forneço dados que não sei para que serão utilizados, ou fico sem acesso!
E porque raios tenho eu que confiar na boa fé do facebook e no seu cumprimento da lei e das políticas de privacidade e protecção de dados, quando já deu provas mais do que suficientes de que deixam escapar muita informação que não deviam, quando o próprio facebook não confia nos seus utilizadores?
 
 
E porque raios, com tanta coisa que se vê por aí, e tantos tubarões que deveriam ser apanhados, têm logo que implicar com o peixe miúdo?
Começo a ficar farta disto 

Diário de Férias - 1º dia

 

Ontem foi o primeiro dia de férias, e o primeiro dia do ano em que fomos à praia.

Estava sol, com algumas pinceladas de nuvens brancas que o tapavam de vez em quando, e um vento horrível. O mar também não estava muito famoso, mas valeu-nos a maré vazia.

A cada ano que passa fico mais triste com o estado em que encontro a praia que frequento desde criança. O cantinho para o qual costumava ir, e que já o ano passado era preciso uma ginástica para lá chegar, por causa das pedras que colocaram a dividi-lo do resto da praia, está ainda mais difícil de alcançar.

Mesmo assim, experimentámos lá ir, até porque é nesse cantinho que estavam os melhores sítios para se tomar banho com alguma confiança, e sem receios. E digo estavam porque, aquela "piscina" que tínhamos, e à qual se acedia através de um espacinho de areia, está este ano totalmente rodeada de rochas escorregadias, o que torna difícil lá entrar, e sair de lá a correr, como fazíamos antes.

Estou a ver que, a continuar assim, vou ter que escolher outra praia alternativa para as nossas férias, e desistir da nossa praia de sempre.

Acredito que o mundo está perdido...

 

...quando crianças de 11 anos disparam sobre colegas ainda mais novos por causa de uma discussão acerca de um cão. 

Aconteceu no Tenessee, nos EUA, supostamente porque uma menina de 8 anos, colega de escola e vizinha de um menino de 11, quando o rapaz lhe pediu para ver os seus cachorrinhos, lhe disse que não, riu e virou costas. O rapaz terá então ido a casa buscar a caçadeira do pai, e disparou sobre a menina, que acabou por falecer.

Cada vez mais se mata por muito pouco, ou mesmo nada, e a idade de quem comete estes crimes é cada vez menor.

Quando as entidades competentes andam a fiscalizar mais arduamente a posse legal de armas, existem cada vez mais jovens a ter acesso a elas.

Existem cada vez mais pais a deixarem as suas armas ao alcance destas crianças, sem qualquer cautela ou segurança, de modo a evitar acidentes e vinganças fatais.  

E cada vez mais crianças morrem assassinadas por outras crianças.

Como é que podemos travar os terroristas, que lutam pelo poder, pela fé desmedida, pela expansão do fanatismo, quando não se conseguem travar estas crianças? 

Como é que podemos ter esperança de resolver as diferenças pacificamente, quando à mínima contrariedade se desencadeia um guerra?

Como é que pudemos acreditar no poder da palavra, quando cada vez mais o poder se encontra numa arma, numa bala mortal? 

 

A saúde em Portugal no seu melhor!

 

A situação já não é uma novidade, mas nem por isso choca menos. Nem tão pouco me deixa menos inconformada com o estado a que as coisas chegaram e com a forma como é encarada a saúde em Portugal.

Vem isto a propósito das filas que se formaram à porta do Hospital da Ordem Terceira, no Chiado, em Lisboa, para a tentativa de marcação de um exame essencial de diagnóstico com anestesia - a colonoscopia!

E isto porquê? Porque apesar de o exame ser agora comparticipado, não existem muitos locais que o façam nesses termos e, os que fazem, exigem marcação presencial!

Por isso, as pessoas que realmente precisam de realizar o exame, e não podem pagá-lo numa clínica privada, "montam acampamento" à porta do hospital onde esperam ter a sorte de conseguir uma das tão desejadas 150 senhas diárias!

Umas com banquinhos para esperarem, literalmente, sentadas! Outras com espreguiçadeiras e mantas para passar a noite. Vê-se de tudo um pouco por ali. 

Que meia dúzia de adolescentes e adultos saudáveis o façam, de livre vontade, para assistir a um concerto, é lá com eles. Mas "obrigar" pessoas mais idosas, como é o caso da maior parte destas que vêm para a fila, a estar ali horas ou noites, sujeitas às condições meteorológicas, ao cansaço, ao desespero, a uma espera pela senha da sorte, quando a saúde deveria ser um direito garantido a todos, é revoltante.

Pior ainda, quando muitas dessas pessoas, depois de se terem levantado cedo, e gastado dinheiro em transportes, têm que voltar a fazê-lo novamente no dia seguinte, porque naquele dia não conseguiram senha.

Tudo isto poderia ser evitado com um simples telefonema. Mas parece que gostam de dificultar ao máximo o acesso à saúde gratuita.

E não é só com a marcação de colonoscopias que isto acontece. Cheguei a ter que ir para a porta do meu centro de saúde, às quatro da madrugada, para conseguir uma das 10 vagas do dia para consulta com a minha médica de família!

Quem tivesse carro, ainda pode esperar dentro dele. Mas também se viam por lá muitos idosos e outras pessoas sem qualquer protecção, nem local onde se abrigar, naquelas horas de espera, até o centro de saúde abrir. Apesar de a situação se ter alastrado durante anos, ninguém foi capaz de, ao menos, colocar ali um telheiro, um banco para sentar, nada! Felizmente, hoje em dia, já não acontece isso. 

Mas, de uma forma geral, a saúde em Portugal deixa muito a desejar, no que ao seu acesso, direitos e gratuitidade diz respeito.

Enquanto estamos vivos ela é bastante inacessível. Depois de mortos, já não precisamos dela!