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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Desta vez, venceu uma mulher!

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Chegou ao fim o programa Achas que Sabes Dançar que elegeu, como grande vencedora e "bailarina preferida dos portugueses", a concorrente Liliana Garcia!

Parece que surtiu efeito o apelo lançado pela Rita Blanco, para os portugueses votarem, e para não terem medo de votar numa mulher, porque também podia ser, para variar, uma mulher a vencer.

Se foi uma vitória justa e merecida? Foi! A Liliana é uma excelente bailarina, entrega-se de corpo e alma à dança, é extremamente versátil, e uma pessoa muito simples e humilde, que se esforça ao máximo para dar o seu melhor e fazer aquilo que melhor sabe fazer!

Sem tirar o mérito a todos os outros concorrentes, a Liliana seria a melhor bailarina no programa. E, depois de tanta polémica e más decisões parece que, tal como afirmou Joaquin Cortés, os portugueses acabaram por escolher bem.

De qualquer forma, foi uma surpresa para mim. Não estava à espera que ganhasse uma mulher! E, confesso, estava a torcer pelo Vítor, que era o meu preferido! 

Fiquei feliz por ver os dois - Liliana e Vítor - a disputarem o primeiro e segundo lugar. Eram os que mais mereciam. E a minha filha ficou eufórica com esta vitória, porque desde o início torceu pela Liliana!

 

 

Entre jurados e público, venha o diabo e escolha!

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Sim, volto a falar do programa Achas que Sabes Dançar.

Os tempos são outros e os interesses também. Tivemos uma primeira edição há alguns anos atrás, muito mais credível, e justa.

Nesta segunda edição, semana após semana, as injustiças continuam!

Semana após semana, vamo-nos apercebendo da incoerência presente no discurso dos jurados, e nas decisões por eles tomadas. Do que realmente está em jogo neste tipo de programas. Do que pesa mais na balança na hora de salvar uns, e mandar para casa outros.

Marco da Silva perguntava na última gala, perante dois concorrentes, o que fazia mais falta ao programa - carisma sem técnica, ou técnica sem carisma? Nessa gala, venceu o carisma!

Estamos a assistir a um concurso em que muitos amadores foram deixados para trás, por falta de técnica, uma vez que era requisito básico para saber dançar. Uma das concorrentes saiu, na segunda gala, porque lhe faltava essa técnica, tendo mesmo sido aconselhada a ter aulas para melhorar esse aspecto.

Mas, ao mesmo tempo, vão eliminando alguns dos melhores bailarinos, e com mais técnica, que o programa tinha. Mudam de opinião, conforme lhes interessa!

E, assim, vão saindo concorrentes com técnica e que sabem dançar, e deixam-se os engraçados e carismáticos, pouco versáteis e que não trazem nada de novo. Dá-se tempo de antena ao músculo, a uma carinha laroca e as umas pernas bonitas, ao suposto "carisma" e ao estilo, em detrimento do que deveriam realmente avaliar.

Saem concorrentes a quem só lhes foi dada uma única oportunidade, e salvam concorrentes que já tiveram mais que uma e não a souberam aproveitar, nem com ela mostrar evolução.

Percebe-se, claramente, que há preferências, preferidos e protegidos.

Criticam os portugueses por não saberem votar, mas deixam o lado pessoal e as audiências ditarem a sua decisão final. Em que diferem, então, daqueles que todas as semanas tanto criticam?

Sobre o Achas que Sabes Dançar...

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...que também poderia ser, tendo em conta a selecção dos candidatos até aqui e a primeira gala, o Achas que Sabes Apresentar, o Achas que Sabes Avaliar ou o Achas que Sabes Escolher!

 

Gosto do programa. É bom termos programas destes que tentam descobrir os talentos escondidos e mal aproveitados de muitos portugueses embora, na prática, se contem pelos dedos os que sairam destes mesmos programas com várias portas abertas para a construção e consolidação de uma carreira.

 

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Parece-me que, em alguns momentos, os jurados foram um pouco injustos, pouco tolerantes com uns, e demasiado benevolentes com outros.

Não simpatizo muito com o Joaquín Cortez - pode ser um excelente bailarino e coreógrafo e, como tal, ter competências para avaliar, mas não estou a gostar muito de o ver.

A Rita Blanco não é especialista na matéria, mas até se safa nos comentários, e tem algum humor.

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Mas é com este senhor que eu me farto de rir todas as semanas! O Marco da Silva, além de bailarino e coreógrafo, é genuíno. Acho piada aos "ei", aos "uh", aos "wow", aos saltos e gestos que ele faz durante as actuações dos concorrentes, ao sotaque, à simplicidade, ao gosto que demonstra por aquilo que faz.

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A apresentadora, Diana Chaves, não sei se por ser a primeira gala em directo, não esteve mal, mas também não esteve bem. Esperemos que, com o tempo, melhore.

Quanto à polémica votação e eliminação da primeira gala, é verdade que, da forma como é feita a votação, os últimos a dançar são claramente prejudicados. Isto se as pessoas em casa, de facto, votarem pela actuação no programa. Porque apesar de as linhas abrirem ao ao mesmo tempo, sem mostrarem pelo menos, um excerto do ensaio geral, a única coisa em que podemos votar é na amizade, na família, na cara bonita ou no corpo trabalhado, ou seja, em nada do que é suposto avaliar. Minutos após o último par dançar, as votações encerram. Mas também é verdade que, por exemplo, a Joana e o Tiago foram dos primeiros a actuar e, ainda assim, dos menos votados. 

Houve concorrentes que dançaram menos bem e foram salvos, outros que tiveram uma melhor exibição e foram nomeados, as coreografias, por vezes, não dão espaço para mostrar muito, e outras vezes, mostra-se tudo e, ainda assim, o público não fica satisfeito.  

Apurados os seis menos votados, coube aos jurados decidirem quem salvavam e quem mandavam para casa, após uma última "dança pela vida". E é aqui que a incoerência, ou não, se faz sentir. Quanto à Cristina, não houve grandes dúvidas. Sempre a consideraram a mais fraca do grupo. Quanto ao Tiago, que tanto elogiaram ao longo da gala, que frisaram uma vez e outra que fazia falta no programa, e cuja nomeação gerou tanta indignação aos mesmos, perguntamo-nos porque razão, nesse caso, o mandaram embora?

As explicações coerentes que vejo são só duas: ou a produção deixou que repetentes participassem mas, em caso de nomeação, seriam os primeiros a sair (e aí os jurados não puderam fazer nada), ou os jurados consideraram que apesar de excelente bailarino, não mostrou aquilo que valia (ou não tem mais para mostrar) e, uma vez repetente, há que dar lugar a outros.

As explicações incoerentes poderão ter sido fazer a vontade ao público, como castigo "nomearam, agora aguentem com as consequências", ou acharem que, como profissional, não faz sentido estar ali a tirar a vez a outros. Mas, para isso, nem sequer o tinham levado tão longe. E profissionais, estão lá mais. Não é desculpa. 

Seja como for, o sonho da dança não termina com a eliminação do concurso. Prova disso é o Tiago, a Rita Spider, e outros concorrentes da primeira edição, que continuaram a fazer da dança a sua vida.

Covém não esquecer que isto é um concurso. Os concursos deste género, raramente são justos. E, como disse alguém, e muito bem, eles são 20, só um pode ganhar e os restantes 19 terão que sair! 

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Para uma pergunta frontal, uma resposta à altura!

Perguntou o jurado Marco da Silva, no programa Achas que Sabes Dançar, ao concorrente André Garcia, a propósito da sua deficiência física (nasceu sem mão):

Marco da Silva - "Como é que lidas, na tua vida, com essa limitação?"

André Garcia - "Da mesma forma que tu lidas com dois braços!"

É assim mesmo! Mais palavras para quê? Foi tudo dito! Para uma pergunta frontal, uma resposta à altura!