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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Da falta de consideração por quem dorme e descansa

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O largo, onde moro, tem um pequeno parque de estacionamento.

Que não é suficiente.

Há cada vez mais pessoas a morar ali e, por cada família ou habitante, mais do que um carro.

Por isso, os carros ficam estacionados onde dá, onde cabem. 

Porque ninguém quer ir estacionar longe.

Como já aconteceu ao meu marido que, à falta de lugar perto de casa, teve que ir deixá-lo a umas centenas de metros.

 

No largo onde moro passam, como seria de esperar, os camiões do lixo, que fazem a recolha do lixo dos contentores, que ficam mais abaixo. 

E acredito que, com os carros todos ali (mal) estacionados, seja difícil conseguirem passar.

Os proprietários dos veículos nem sempre têm consideração pelos demais.

Mas não se pode combater uma falta de consideração, usando outra, contra quem não tem culpa nenhuma no sucedido.

 

Ao condutor do camião que hoje, às 6 horas, se lembrou de dar duas buzinadelas, alto e bom som, e acordar a vizinhança toda, porque não conseguia passar mas que, afinal, depois, com jeitinho, até passou, só lhe peço: para a próxima vez, chame a GNR.

 

É que buzinar àquela hora, em que há pessoas a dormir e a descansar, à espera que os donos dos carros se levantem, é uma tremenda falta de consideração e de respeito, e totalmente inútil.

Sai pior a emenda, que o soneto!

 

Acordar com a chuva a cair lá fora

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Foi assim hoje de manhã...

Acordei, ainda não eram 7 horas, e ouvi a chuva a cair lá fora.

A primeira chuva de outono!

 

Não apetecia levantar da cama, mas tinha que ser.

Ainda era de noite. As luzes acesas permitiam ver as pingas a cair no chão.

As gatas, que já não estavam habituadas ao som das gotas a bater nos telhados e beirais, estavam assustadas.

 

As luzes desligaram. Ficou escuro mas, aos poucos, começou a clarear. 

O céu estava todo cinzento, e a chuva continuava.

Não apetecia sair de casa. Era tão melhor ficar no nosso abrigo!

 

Mas é preciso ir trabalhar. É preciso ir para a escola.

Casaco da chuva e sapatos a substituir as sandálias que ainda ontem calçava, saí de casa já com sol, e um cheirinho bom no ar, deixado pela chuva que entretanto parou.

 

Temporariamente...

O sol é enganador, e já se veem mais nuvens negras no céu, a prometer mais chuva ao longo do dia.

Parece que, agora sim, stá oficialmente aberta a época do outono!

 

 

Velha rotina, novos hábitos

 

Manhã do primeiro dia de aulas:

O despertador toca às às 06.20h. Levanto-me, com pouca vontade. O meu marido continua na cama. A Tica, continua na cama. 

Está frio. Tenho que vestir um casaco, e abotoá-lo até ao pescoço, porque a Tica ficou em cima do roupão.

Puxo as persianas da janela da sala para cima, Abro as cortinas da janela da cozinha. Ainda é de noite! A Tica, que entretanto já se levantou, põe-se em cima da máquina de secar para que eu a leve à rua.

Estranha estar tão escuro lá fora. Não é costume. Vai ter que esperar que clareie, e não acha muita piada à ideia. Até porque o vaso da ervas também está no quintal e está na hora do pequeno almoço.

Pequeno almoço que, quanto a mim, parece que, a estas horas, nem cai bem. 

Tenho roupa para estender, mas não me apetece nada ir lá para fora quando ainda nem sequer amanheceu.

Às 7h, chamo a minha filha. Diz-me que parece que o tempo está cinzento. Está habituada a acordar depois de o sol nascer!

Vestimo-nos a pensar que o dia vai estar quente como ontem. Pura ilusão! Está nevoeiro e um ar gélido. Esperamos que o sol venha depressa, ou arriscamo-nos a piorar da constipação.

A caminho da escola, deparamo-nos com a fila de carros em hora de ponte! Que saudades que eu tinha destas confusões (claro que não)! O que vale é que vamos a pé. E até encontramos conhecidos pelo caminho.

A escola está cheia de crianças no átrio. A minha filha entra. Agora, com o novo sistema de cartões.

Vai para dentro e eu, com tempo de sobra, dirijo-me para o trabalho, onde devo chegar meia hora mais cedo. Mas também não valia a pena voltar a casa.

E assim regressámos à velha rotina, com alguns hábitos novos aos quais ainda nos estamos a tentar adaptar! 

Coisas que só me acontecem a mim IV

 

Num dia, acordar com o despertador a tocar às 6 horas, e perguntar-me por que raio está a tocar tão cedo? Depois lá me lembrei que tinha razão, sim senhor. Estava a tocar a essa hora porque está programado para isso nesses dias em que a minha filha entra mais cedo na escola e, por isso, também eu tenho que me levantar mais cedo.

No dia seguinte, desligar o despertador, adormecer, acordar e ficar à espera que ele toque a segunda vez. Como estranhei nunca mais tocar e parecer ter passado tanto tempo, decido olhar para o telemóvel para ver as horas. E levantei-me mais depressa que um foguete! Tinha que me ter levantado quase uma hora antes! O que vale é que, a correr, consegui despachar-nos a tempo e horas!

Contradições

 

Haverá algo melhor do que acordar, sair para a rua, e vislumbrar um lindo céu azul onde o sol brilha, tentando aquecer-nos com os seus raios?!

Haverá forma melhor de passar um dia luminoso e cheio de boas vibrações, com a natureza como fundo, observando lá ao longe o mar e, aqui mais perto, as árvores, os campos de trevos, e os passarinhos a cantar?!

Eu sempre me dei melhor com este tempo, que me dá energia, boa disposição e humor, do que com aqueles dias cinzentos e de chuva que me fazem ficar com a neura!

Mas, curiosamente, depois de ter sido presenteada todos estes dias e meses com esta espécie de terapia natural, em que se notou a diferença na minha forma de estar e encarar a vida, com muito mais alegria e entusiasmo, relativamente a outros invernos, a minha disposição sofreu repentinamente, e sem motivo, uma quebra. 

E dou por mim a desejar que, pelo menos por instantes, o céu fique cinzento, e venha a chuva! É que, com este maravilhoso tempo a anunciar a chegada da primavera, torna-se difícil estar convenientemente desanimada! O que é um perfeito absurdo, porque ninguém gosta de estar desanimado, muito menos eu!

É quase como desejar que seja sempre dia, porque não gostamos de dormir, e queremos aproveitar ao máximo o que os dias nos proporcionam, mas, ao fim de tanto tempo, estar com uma enorme vontade de fechar os olhos, e desejar que volte a ser noite, para o conseguirmos fazer!