A final da Eurovisão e a precisão das casas de apostas
É verdade que, no sábado, as atenções estavam, quase totalmente, viradas para a final do campeonato de futebol, e já com tudo a jeito para rumar ao Marquês, para celebrar a vitória do Benfica. Mas sábado foi, também, noite de final do Festival Eurovisão da Canção. E eu fui, certamente, das poucas que preferiu este concerto gratuito, no conforto da sua cama, a andar por aí a buzinar com cachecóis vermelhos, e enfiar-se na confusão/ multidão lisboeta.
Perguntava o meu marido: "mas quem é que se lembra de emitir o Festival da Canção no mesmo dia da final do campeonato?". Esquece-se de que esta final foi marcada muito antes.
E, além disso, não aconteceu precisamente o mesmo no ano em que Salvador Sobral venceu?! Era eu em casa, eufórica por a vitória ter calhado a Portugal, e o meu marido, no trabalho, a vibrar com a vitória do Benfica!
Este ano, era ele na sala a ver a festa benfiquista na TV, e eu, no quarto, com uma enorme dificuldade em manter os olhos abertos até ao final, a ver o desfile das canções, e em espera pelo resultado das votações.
Por falar em votações, foi impressão minha ou, desta vez, a distribuição dos pontos do televoto ocorreu de forma diferente? Tenho a ideia de que, nos anos anteriores, começavam pelo país que levou menos pontuação, e iam aumentando.
Este ano, foi dada aleatoriamente, o que levou a nervos a dobrar, com o rumo que a pontuação estava a levar!
E, engano-me, ou foi a primeira vez que, no televoto, houve uma canção com 0 pontos?
Enfim...
As casas de apostas davam, este ano, como vencedora, a canção holandesa.
Pois que vi a coisa muito mal parada, e pensei mesmo que as casas de apostas valem o que valem, e também falham. Pela votação dos júris de cada país, não chegava lá.
Se a Macedónia do Norte estava a ser uma surpresa, em termos de votação, a Holanda estava a ficar muiti aquém das expectativas.
E aquele pódio a ser disputado pela Itália e pela Suécia... sem comentários.
Felizmente, o público conseguiu dar a volta à pontuação, e repôr a normalidade, confirmando que as casas de apostas são precisas, e acertam quase sempre!
Mas, falando das músicas finalistas, as minhas favoritas eram:
Holanda
Suiça
Noruega
Espanha
Reino Unido
Rússia
As que menos gostei
Islândia
Israel
Itália
Alemanha
San Marino
Dinamarca
Azerbeijão
República Checa
As que têm mais gritos
Macedónia do Norte
Sérvia
As que ainda me andam no ouvido, ainda que não sendo favoritas
Malta
Bielorrússia
Estónia
Chipre
Em termos de actuações extra concurso, não gostei muito nem da Madonna, nem dos concorrentes das edições anteriores. Esperava mais.
E o que dizer de "Nana Banana", o novo tema da Netta?! Acho que é mesmo como ela diz "I do what I wanna...", sem se preocupar com mais nada.
Para mim, Netta só faz sentido com "Toy".
E apesar desta edição em Telavive, a música que continua a permancer na memória é o "Fuego", da Eleni Foureira!
Se bem que, no final da noite, estava eu com a minha filha a cantar:
"Ooh, ooh
All I know, all I know
Loving you is a losing game"
Continuar a ver o festival eurovisão da canção pode ser um jogo perdido, onde nem sempre vencem os melhores, ou aqueles que mais queríamos mas, ainda assim, parabéns Duncan Laurence!