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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Meter o bedelho onde não se é chamado

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Acontece muito.

E na minha zona não é excepção.

 

Há uns tempos, alguém tinha deixado um carro mal estacionado, a estorvar o caminho de um vizinho que precisava de passar.

O dito vizinho buzinou. Uma, duas, várias vezes, e ninguém apareceu.

Saiu do carro, foi bater a uma ou outra porta para ver se era de alguém dali, ou que estivesse ali de visita. Sem sorte.

Uma vizinha, que mora em frente a mim, logo saiu de casa e ficou ali, solidária, como se a presença dela ajudasse a resolver a questão e o dono do carro, miraculosamente, aparecesse.

Quando já o vizinho pensava em chamar a GNR, ao fim de uns 10/15 minutos, lá apareceu a condutora. 

Ainda houve ali uma troca de palavras, com a vizinha prestável a assistir a tudo e a dar um ar da sua graça.

 

Esta semana, o meu marido veio a casa e, não havendo lugar para estacionar, parou à nossa porta.

Era óbvio que estava a impedir a passagem mas, pensou ele, era uma coisa temporária e se, nesse meio tempo, alguém precisasse passar, era só apitar que ele tirava.

Bem dito, bem feito.

Estava ele na casa de banho, buzinam.

Avisei-o, para que se despachasse.

Fui à rua, entretanto, e avisei a condutora que era só um bocadinho, que no meu marido já tirava o carro.

Não sei se ela percebeu, fez apenas uma expressão com a cara, e continuou no mesmo sítio mas não voltou a buzinar.

O meu marido nunca mais se desenrolava e, às tantas, batem à porta.

Pensei: deve ser a senhora que já está farta de esperar e veio aqui ver se o meu marido se despachava, que ela tem mais que fazer do que passar ali o resto da noite à espera.

E tinha toda a legitimidade para o fazer. Era a única que a tinha.

 

Mas não.

Pelo que percebi, foi a minha vizinha da frente, que mora ali há anos e nos conhece há outros tantos, que ali foi bater à porta.

E com que intenção?

Não, não foi avisar que havia alguém que queria passar.

Foi para "meter o bedelho onde não era chamada".

Para recriminar, porque a senhora tinha duas crianças pequenas dentro do carro, e que o meu marido não tinha consideração.

Para acusar o meu marido de ter parado ali o carro de propósito, por maldade.

Porque já não era a primeira vez.

E ainda falou em chamar a GNR.

 

A maior prejudicada, que era a senhora que queria passar, ao que parece, esperou, o meu marido pediu desculpa, tirou o carro, e ela foi à sua vida.

Mas esta nossa vizinha, não sei se recebe à comissão, por solidariedade, intrometeu-se e ainda fez acusações infundadas.

Quando, numa outra ocasião, em que era ela que queria passar, e apesar de o meu marido estar bem estacionado, foi ele que a desenrascou.

 

Enfim...

Não tenho nada contra a vizinha. Fala-me bem.

Mas sempre disse ao meu marido que me soava a pessoa falsa.

E, pelos vistos, metediça.

Segredos, guerrinhas e mexericos

Ecos das Lutas: Sobre futricas e mexericos...

 

Gosto cada vez menos de conversas que começam com um "vou-te contar isto mas é para ficar entre nós".

Algumas pessoas, dizem-no sem essa real intenção, mas com o objectivo oposto, de ver a informação ser espalhada.

E as que realmente querem guardar segredo, não devem andar a falar com esta e aquela pessoa, com a desculpa de que confiam que essa pessoa vai guardar esse segredo. Pode guardar, é verdade. Mas também pode não o fazer. 

 

Pior ainda quando, essa pessoa que pediu para guardar segredo não foi capaz, ela própria, de o fazer, e depois exige isso das outras a quem "passou a bola".

O que é que resulta daqui?

Mexericos. Acusações. Intrigas.

Muitas vezes, são informações postas a circular, para criar guerrinhas e, no fim, é apanhado no meio quem não tem nada a ver com isso.

 

Por isso, o melhor a fazer, quando vêm com esse tipo de conversa, é cortar. Não deixar nem a pessoa começar. Se é segredo, que o guarde consigo.

 

 

"Team Strada" - quantas mais haverá por aí?

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Algo alheia a estas modernices da actualidade, foi com total surpresa que ouvi falar, no sábado, na "Team Strada" e de Hugo Strada.

Não fazia a mínima ideia de quem eram, ou do que faziam, até a minha filha me explicar, e falar da polémica em que estavam envolvidos.

Fiquei curiosa, e estivemos as duas a ver as notícias sobre o caso, e as acusações contra este senhor, que já colocaram em acção a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção de Crianças e Jovens.

 

 

Ao que parece, Hugo Strada, um Youtuber português, de 36 anos, que se diz gestor de artistas e influencers, e mentor do grupo de Youtubers "Team Strada",  recrutou/ contratou jovens, menores de idade, para formarem a "Team Strada", e participarem no canal do Youtube, agora encerrado por violação das regras da comunidade e também pelo facto do caso estar já a ser investigado pelo Ministério Público (embora se pense que, entretanto, criaram um novo), bem como torná-los famosos youtubers.

 

O projeto destacou-se, no YouTube, através de vídeos publicados quase diariamente no canal “Team Strada”, no qual eram mostradas partidas, desafios e atividades radicais realizadas pelo grupo.

 

A "Team Strada", desde o seu lançamento, tem sido presença em diversos programas de televisão, festas e eventos públicos, incluindo colaborações com algumas marcas, como a JD Sports e McDonald's, e artistas, como Mastiksoul, David Carreira e outros. Estas participações constituíam a grande fonte de receita da "Team Strada".

Prometendo oferecer-lhes 80% dos lucros que obtivessem, segundo afirmam os jovens que, agora, denunciam o seu mentor, nunca lhes foi pago um único cêntimo, acusando-o também de prometer coisas que nunca se chegaram a concretizar.

 

 

 

(Minuto 4.21)

 

Mas a grande polémica começou no passado dia 19 de julho, quando o grupo foi ao programa Curto Circuito, da SIC Radical.  Com o objetivo de promover uma escola para influenciadores digitais, durante a emissão, Douglas Dias jovem de 17 anos mais conhecido por "Dumbástico", aluno da "Team Strada", apareceu no programa e beijou na boca o seu mentor.

Num outro vídeo, surgem imagens de Hugo Strada, em interação com os jovens que fazem parte do projeto, alguns deles menores de idade, incluindo um momento em que o mentor entra numa casa de banho onde se encontra uma jovem do grupo.

Em algumas imagens, divulgadas pela comunicação social, é possível ver-se Hugo Strada com comportamentos impróprios para com estes jovens.

 

 

Após a polémica, vários youtuberes, que já tinham saído do projecto, como João Sousa, Luana Santos e Melanie Vicente, utilizaram também as redes sociais para denunciar o ex-agente e partilhar a sua história.

Ao que parece, há, inclusive, ameaças aos jovens caso denunciassem o seu mentor ou o acusassem de alguma coisa. É o que se ouve num audio, gravado por um dos jovens, em que ele diz que pega no carro, e passa por cima da pessoa/ pessoas que mancharem o seu nome.

Terão sido estas ameaças que levaram os jovens a recear o que Hugo lhes pudesse fazer, a optar por permanecerem calados, e a ocultar o que se passava.

 

 

 

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De acordo com as noticias, Hugo Strada está, assim, a ser acusado pelos menores de burla, ameaças e assédio sexual. 

Hugo afirma que as imagens dos vídeos foram manipuladas. Até poderia ser... Mas não acredito!

Mas o beijo dado em pleno programa não terá, por certo, sido manipulado e, por mais que o jovem em questão e Hugo tentem desvalorizar, afirmando que é uma espécie de relação de pai/ filho, não há como negar que algo está mal, e que poderá, eventualmente, haver muito mais por detrás.

 

 

No meio de toda esta polémica, à qual eu estava totalmente alheia, até este fim de semana, houve algo que me chocou.

Num relato de um dos jovens, quando a jornalista lhe pergunta se os pais deles sabiam o que se estava a passar, e como reagiram ou estavam a encarar esta situação, foi esta a resposta: "Alguns sabiam, outros não, e outros provavelmente sabiam, mas não se importavam, porque queriam que os filhos fossem bem sucedidos!".

 

 

Bem sucedidos?

O que é ter um filho "bem sucedido"?

Um filho que ganhe dinheiro à custa de abusos físicos e psicológicos?

Um filho que se submeta a tudo isso, ainda que não receba nada, mas que tem muitas visualizações, seguidores e aparece ao lado de artistas conhecidos?

Um filho a quem lhes seja incutido que vale tudo em nome de 5 minutos de fama?

Isso não é um filho bem sucedido! Isso será um filho, mais cedo ou mais tarde, fracassado e destruído. E que, um dia, se revoltarão contra os pais que não só não os souberam defender, como ainda os encorajaram a ser vítimas de um abusador.

Mais preocupante do que quantas mais "Team Strada" haverá por aí, é quantos pais como estes, haverá a serem coniventes com os abusos. 

 

 

Por isso, pais, não "vendam" os vossos filhos. Não "prostituam" os vossos filhos. 

Nada vale mais do que a sua integridade.

E para aqueles que até não sabem, acham que é tudo muito inocente e profissional, dêem abertura aos vossos filhos para que confiem e possam contar o que se passa, desconfiem, sejam cautelosos, meçam os riscos e perigos e, acima de tudo, expliquem e passem aos vossos filhos que eles não precisam de ser famosos youtuberes ou influencers, de fazer cenas maradas e radicais, e ser conhecido, para fazer deles jovens e futuros adultos bem sucedidos, e melhores pessoas do que aqueles que vivem longe da ribalta e das redes sociais.

 

Sobre a "telenovela" Bárbara/ Carrilho...

 

Não sei quem fala a verdade e quem mente...

Não sei quem é o bom e quem é o mau...

Mas há uma coisa que eu sei: até agora, Bárbara pouco ou nada falou, comentou ou declarou, remetendo-se antes ao silêncio para, segundo ela, proteger os filhos. A grande maioria das notícias que gira à volta da separação do casal, são insultos, revelações duvidosas e acusações de Carrilho à mãe dos seus filhos e, até então, sua mulher.

E isto pode não significar nada, ou pode ser apenas uma questão de educação (ou falta dela). Mas, para mim, estas opções podem ser muito reveladoras do carácter de cada um deles.

Alguém que está de consciência tranquila e sabe qual é a verdade, não precisa de apregoá-la aos quatro ventos, não precisa de dizer ou provar nada a ninguém que não seja quem de direito. Já quem tenta justificar o injustificável, denegrir a imagem de outro para salvar a sua própria, e "lavar a roupa suja em praça pública" parece querer tapar o sol com a peneira.

Como diz o velho ditado "quanto menos se fala, menos se erra, e se a palavra é de prata, o silêncio vale ouro"! 

Nuvens negras

 

Como é que duas pessoas que se amam chegam a este ponto? Não sei...mas a verdade é que chegámos. Pior que dois estranhos, vejo-nos, de repente, quase como dois inimigos em plena batalha. Batalha que nenhum de nós alguma vez quis lutar.

É um facto que cada vez temos menos tempo, e esse pouco tempo que temos, não o temos ao mesmo tempo. Parece que a falta de tempo e a rotina são mesmo os piores vírus de uma relação.

Vão-se sucedendo situações atrás de situações e, quando damos por isso, juntamente com o tempo que nos escapou, parece ter ido também a amizade e a cumplicidade. E isso não é um bom sinal. Nenhum de nós está feliz assim.

Se continuamos a amar-nos? Continuamos. E nenhum de nós tem culpa que o dia tenha apenas 24 horas, e que nem uma consigamos estar juntos sem coisas para fazer pelo meio. Não tivemos um dia de anos de namoro romântico, não tivemos um dia dos namorados romântico, e não há nada de romântico numa gripe, mal estar, cansaço e enjoos permanentes, em tarefas domésticas sem fim, em jogos de futebol ou playstation, em trabalhos de casa da filha, em compras e tudo o mais que surge pelo caminho. E mais uma vez repito, nenhum de nós tem culpa. No entanto, parece ir-se acumulando de ambos os lados uma espécie de ressentimento em relação ao outro, e daí a surgirem acusações é um instante. Quando começam, parecem uma espiral sem fim à vista, e a visão daquilo que já vivemos de tão bom surge bem distante, sem promessas de algum dia voltar a acontecer.

De repente, damos por nós a conversar. Afinal a amizade parece voltar a surgir, a cumplicidade reaparece de mansinho e tudo se parece resolver. Mas as ameaças permanecem - a rotina continua, e a falta de tempo também. Vamos ver como conseguiremos lidar com elas daqui em diante...