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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"O Sonho", de Nicholas Sparks

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Quando pensava que Nicholas Sparks não me poderia mais surpreender, eis que ele me mostra que sim, consegue!

"O Sonho" é a prova disso.

Em alguns momentos, agradeci as pausas que foram feitas na narrativa, e aquelas que fui forçada a fazer (porque a vida não é só leitura), para que as lágrimas não começassem a cair.

E não, não é um livro sobre lamichices e os típicos romances a que já nos habituou.

 

É muito mais.

É sobre uma mulher que está no auge da sua carreira como fotógrafa, mas tem os dias contados, por conta de um cancro de pele, que descobriu quase por acaso.

Uma mulher que já viajou muito pelo mundo, mas dava tudo para voltar a um único sítio, onde foi feliz.

Uma mulher que nunca teve uma relação fácil com os pais e irmã, mas conseguiu amar, e ser amada, por uma tia que não conhecia, e de quem menos esperava amor.

 

É sobre uma adolescente que engravida, e cujos pais a mandam para longe, para ter a criança sem que ninguém saiba, dá-la para adopção, e voltar para junto deles, à sua vida normal, como se nada tivesse acontecido.

Uma adolescente que está perdida, mas se volta a encontrar onde menos esperava. 

Uma adolescente que vive o seu primeiro e único amor durante alguns meses, até que tudo muda.

 

É sobre abdicar, por uma causa maior.

Ainda que nos faça sofrer.

 

É sobre dar importância a pequenos gestos, a pequenos momentos, às coisas simples e bonitas da vida.

É sobre sonhos, e paixões.

Sobre o amor verdadeiro, e as escolhas que se fazem por ele.

É sobre o destino, o que ele nos reserva, e como nos troca as voltas.

 

"O Sonho" é sobre perseverança.

Uma última oportunidade, depois daquelas que não voltam mais.

Numa corrida contra o tempo.

Até que tudo acaba, onde tudo começou...

 

Maggie, uma fotógrafa de renome, tem poucos meses de vida.

Vai vivendo os seus dias à base de medicação para as dores, emagrecendo a olhos vistos.

Com a galeria numa época de maior movimento e trabalho, é necessário contratar alguém que ajude, e Mark, que em tempos tinha mostrado interesse e deixado lá o seu currículo, parece ser a pessoa certa.

Com o passar do tempo, Mark e Maggie começam a tornar-se mais íntimos, e Mark desafia a sua chefe a contar-lhe a sua história.

Assim, o livro vai alternando entre o presente, e o passado, com Maggie a explicar como surgiu a sua paixão por fotografia, e como conheceu o seu grande amor - Bryce.  

 

Nem sempre Maggie tem forças e disposição para seguir com a história mas nós, tal como Mark, ansiamos pelo que ainda está por vir, pelo que ainda falta saber, e como é que tudo aconteceu.

No fundo, à medida que Maggie vai avançando, a sua vida vai-se perdendo e, no entanto, os últimos dias da sua vida pareceram um reviver dos melhores momentos que viveu, como que para compensá-la, do que lhe estava a ser tirado.

 

Não é, como percebemos logo no início, uma história com final feliz.

Ainda assim, há uma surpresa guardada para os leitores, nas últimas páginas, que será também uma surpresa para a Maggie.

No fim, tudo valeu a pena!

Apesar de ter ficado tanto por viver, tanto por aproveitar, tanto por amar...

 

 

SINOPSE

 

"Em 1996, Maggie Dawes tem 16 anos e muito pouca vontade de ir viver com uma tia que mal conhece numa vila costeira remota e ventosa. Mas a ilha de Ocracoke, na Carolina do Norte, vai mesmo ser a sua nova casa.
Contrariada, Maggie encontra refúgio nas recordações da família e dos amigos que deixou para trás. Até ao dia em que a tia lhe apresenta Bryce Trickett, um dos poucos adolescentes da zona. Bonito e genuíno, o rapaz vai mostrar-lhe a beleza da ilha e despertar nela uma paixão pela fotografia que influenciará toda a sua vida daí para a frente.
Em 2019, Maggie é já uma fotógrafa de renome e divide o seu tempo entre viagens a locais remotos e uma galeria em Nova Iorque. Mas uma notícia inesperada obriga-a a permanecer na cidade durante o Natal. Com um fiel assistente por companhia, Maggie passa os últimos dias da quadra a recordar um Natal de outrora e a avassaladora paixão que mudou o rumo da sua vida.
Nesta história de descoberta, perda e redenção, Nicholas Sparks recorda-nos que o tempo que dedicamos às pessoas que amamos é uma dádiva preciosa."

 

Homenagem a Marie Fredriksson (e aos Roxette)...

... agora que ela "closed her eyes and faded to silver blue for all of us"

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"How Do You Do", perguntava Marie Fredriksson.

Diria que, neste momento, saudosa dos tempos em que ela e o seu companheiro da banda, Per, nos presenteavam com grandes temas.
 
"It Must Have Been Love" aquilo que senti logo na primeira vez que ouvi as músicas dos Roxette, muitas vezes quase "Sleeping In My Car", mas despertando logo com a energia que elas transmitiam, e que até se sentia nas nossas "Fingertips".
 
Era fácil seguir o mote "Listen to Your Heart", porque eram músicas que falavam directamente com o nosso coração, e era fácil dar-lhe ouvidos.
 
Desde então, foram muitos os anos "Spending My Time", a ouvir e gravar em CD's as músicas que mais gostava. 
 
Agora que a Marie nos deixou, não diria para sempre, porque "Never Is a Long Time", verdade seja dita, "Things Will never Be The Same" para os fãs da icónica banda dos anos 80.
 
Quando ouvi a notícia, foi quase aquela sensação de choque, de "Crash! Boom! Bang!". Sabia que, nos últimos anos, a Marie estava muito "Vulnerable", quase como que "Fading Like a Flower".
 
Mas pensamos sempre que os nossos ídolos nunca partem, que são eternos, e que a Marie, mesmo não sendo já aquele sol brilhante de outrora, ainda assim seria a nossa "Queen of Rain".
 
Que nos levaria, sempre que nos desse aquela vontade, de voltar à adolescência, num emocionante "Joyride" pelas nossas memórias, e pelos tempos em que fazíamos parvoíces divertidas, como andarmos "Knockin' on Every Door"!
 
Infelizmente, as coisas não funcionam assim. 
Por isso, Marie, agora que estás "So Far Away", pedir-te-ia apenas: 
 
"Come Back (Before You Leave)" e dá-nos um último sorriso, antes de te transformares em "Silver Blue".
 
Termino com estes versos, de uma música que me diz muito e que, também agora, não deixam de fazer sentido, como se fossem as próprias palavras da Marie, antes do derradeiro suspiro.
 
 
"Tender can you close my eyes and blind me
Oh give me just a smile
Before I fade to silver, silver blue for you..."
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Pesquisa obsessiva

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O filme começa, e digo ao meu marido: "olha, ia dizer que aquilo era a imagem do ambiente de trabalho do pc". Era mesmo! Parecia que estávamos no pc, mas na tv.

 

 

Uma família, contituída por pai, mãe e filha, aparenta ter tudo para ser uma família feliz.

A mãe, tira fotos e guarda vídeos das fases mais importantes da vida da filha, que guarda em pastas, no computador. Faz lembrar alguém?!

A filha vai crescendo. A mãe acaba por falecer de cancro. E a família feliz desfaz-se.

 

 

Num dia como outro qualquer, Margot avisa o pai que vai passar a noite a fazer um trabalho de biologia em casa das amigas, e que não espere por ela, porque será uma directa. Parece querer despachar o pai, não dar grandes explicações.

No entanto, a meio da noite, liga várias vezes ao pai, que não atende. Tenta através de ligação pelo facebook, sem sucesso.

E, no dia seguinte, o telemóvel dela está desligado, e ele não consegue falar com a filha que, fica a saber, faltou nesse dia às aulas, e há seis meses que não vai às aulas de piano, para as quais o pai lhe deixa dinheiro todos os meses.

 

 

É a partir desse momento que o pai de Margot dá início a uma pesquisa obsessiva através da internet, para descobrir onde ou com quem ela poderá estar, ou o que lhe poderá ter acontecido.

Ao longo do filme, tudo parece mostrar que David e Margot não têm uma boa relação, desde a morte da mãe, e que ele não conhece, de todo, a filha.

Com a ajuda de uma detective premiada, David terá que aceder a todas a redes sociais da filha, e até às pastas da falecida mulher, para conseguir contactos, pistas, informações.

 

 

E as descobertas que vai fazendo, podem-se revelar duras, surpreendentes, inesperadas, e até trágicas, prevendo-se aquele desfecho que ninguém quer, mas já todos esperam. 

A não ser que nada o que estamos a ver seja mesmo assim, tal como o estamos a ver!

 

 

Do refúgio nas redes sociais, à procura de alguém com quem se possam identificar, passando pelo roubo de identidade (bem a propósito d'A Rede), o filme mostra o mundo e a forma como as pessoas vivem a sua vida na actualidade, dando importância a coisas e situações muitas vezes superficiais, mas desvalorizando aquilo que mais importa.

No entanto, essas mesmas redes sociais acabam por ter um papel determinante na resolução deste mistério.

 

 

Achei fantásticos os programas que por ali tinha o pai da Margot, para encontrar números de telefone e até saber mais sobre alguém, com base numa simples imagem pesquisada no Google. Por aqui, não sei se já chegámos a esse nível.

 

 

A resposta à pergunta "O que aconteceu com Margot?" só a saberemos mesmo no final mas, se estivermos atentos, mas mesmo muito atentos, podemos descobrir quem está por detrás do que quer que seja que lhe tenha acontecido, antes desse momento. E garanto-vos que está muito bem pensado!

Sierra Burgess is a Loser

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O que retiro deste filme:

 

Por vezes, criticamos as pessoas por agirem de uma determinada forma, ou terem atitudes incorrectas. Mas temos que ter cuidado porque, sem nos apercebermos, podemo-nos vir a tornar iguais, ou ainda piores, que essas pessoas que criticámos.

 

Não existem vidas perfeitas, nem pessoas perfeitas. E é quando nos apercebemos de que, aquilo que imaginávmos sobre outra pessoa, está muito longe da realidade, que entendemos que, apesar de tudo, temos aquilo que precisamos.

 

É fácil incentivar os outros com mantras e pensamentos sobre como vencer a baixa autoestima e lidar com a rejeição e o bullying, quando nunca tivemos que passar por isso e sempre fomos aceites pelos padrões da sociedade. Quando já estivemos nessa situação, sabemos que, na prática, nem sempre é suficiente e resulta.

 

A aparência sempre foi, e ainda é, um factor importante no que toca a relações amorosas. A ideia é encontrar sempre as rosas mais bonitas. Mas existem muitas mais flores no mundo, e cada uma é bela à sua maneira. O que é preferível: uma rosa que apenas prima pela sua beleza, igual a tantas outras, e muitos espinhos prontos a serem cravados a qualquer instante, ou um girassol, com muito mais características que podem cativar?

 

Nem sempre as pessoas fúteis, são burras, e vice-versa. Por vezes, por baixo da futilidade, da malvadez, há alguém que só precisa de um verdadeiro amigo, de ajuda, de ver a vida de uma outra perspectiva.

 

 

Valeu a pena vê-lo!

 

 

Desaparecida - um filme que todos deviam ver

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A minha filha quis ver um filme ontem à noite.

Escolheu este.

Parecia-nos que seria um daqueles filmes habituais de adolescentes desaparecidas, em que estamos sempre à espera do pior: sequestro, violações, mortes...

 

Mas é muito mais do que isso. 

Desaparecida apresenta-nos duas mães, com atitudes totalmente opostas: a permissiva demais, e a repressiva de mais.

Cada uma tens as suas razões para agir dessa forma, sem que isso signifique que uma pouco se importa com o que a filha faz, e que a outra se preocupa sem necessidade.

A primeira dá total liberdade, sem qualquer limite ou travão. A segunda quer manter, o quanto puder, a filha numa bolha, livre de qualquer perigo.

De que forma é que o comportamento destas duas mães, em relação às respectivas filhas, as faz tomar as decisões que resultaram no seu desaparecimento?

 

 

 

Por outro lado, temos duas amigas. 

Uma que está habituada a fazer tudo o que lhe apetece, sem regras ou imposições, sem castigos, sem stress.

Que aparenta gostar da forma como a mãe lida com ela mas, no fundo, talvez a incomode tanta indiferença.

E outra que é responsável e tenta fazer as coisas certas, mas gostava que a mãe confiasse mais nela, e não a "sufocasse" tanto, como se ela fosse ainda uma criança.

Ambas têm 18 anos. 

 

Outra questão que o filme aborda é a amizade na adolescência, e a forma como essa amizade pode ajudar ou colocar em perigo. Até que ponto, em nome da amizade, devemos abrir excepções, quebrar as regras? Até que ponto devemos ficar junto aos nossos amigos, ou abandoná-los à sua sorte, quando não veem o perigo em que se estão a colocar?

Até que ponto os amigos nos podem influenciar negativamente?

 

 

 

E, no meio de tudo isto, onde andam os pais?

Ao que parecem, seja pelo trabalho que exercem, ou por mero descomprometimento, deixaram a educação e criação das filhas (e filhos) a cargo das mães, recaindo assim, sobre elas, a responsabilidade sobre o que lhes venha a acontecer.

Durante todo o filme, nunca apareceram.

 

 

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Mas, afinal, como é que tudo começa?

Kaitlin e Matty vão passar as férias da Páscoa num resort, juntamente com as respectivas mães e o irmão de Kaitlin.

Enquanto Lisa tenta que Rene descontraia e deixa a filha aproveitar as férias, Rene tenta controlar ao máximo a filha, com quem conversa, o que bebe, o que veste. As férias começam assim, com uma discussão entre rene e Kaitlin, que fica de castigo no quarto, sem permissão para sair.

No dia seguinte, tanto Kaitlin como Matty são dadas como desaparecidas, sem que ninguém saiba o que lhes aconteceu,ou para onde terão ido.

Depois de algumas buscas, as mães são informadas de que apenas uma adolescente foi encontrada. Qual delas terá sido? E o que aconteceu com a outra?

Terá sofrido às mãos daquele homem que tem aspecto de pervertido? Ou terá sido atacada pelo namorado, que entretanto tenta fugir do hotel?

 

 

A determinado momento, no filme, as mães trocam acusações entre si. Terá sido culpa de Lisa, por dar demasiada liberdade à filha que, por sua vez, leva a amiga para maus caminhos? Terá sido culpa de Rene, que por querer proteger tanto a filha, acabou por a empurrar para o perigo? Será culpa de Matty, que acha que está sempre tudo bem e nada lhes pode acontecer? Ou de Kaitlin, que sabia bem no que se estava a meter, e que a sua mãe não iria gostar e, ainda assim, não disse que não?

A haver alguma culpa, penso que terá que ser dividida por todos.

 

Mas haverá mesmo culpados? A verdade é que, como vimos, independentemente da liberdade e responsabilidade, ou falta dela, o que aconteceu poderia ter acontecido a qualquer um.

E no fundo, só se espera que todos saiam desta terrível experiência sãos e salvos, e unidos, como quando ali chegaram, seja nos momentos de dor e aflição, ou nos mais felizes.

 

 

Sinopse:

"Durante as férias, as amigas Kaitlin e Matty desaparecem num resort em San Diego. Determinada a descobrir o que aconteceu com a filha, a mãe de Kaitlin inicia sua própria investigação, ultrapassando todas as barreiras."

 

 

Vejam aqui o trailer