A SORRIDENTE PRODUÇÕES é uma organização amadora que pretende trazer a cultura ao povo.
E porque para desgraças já temos as do dia-a-dia, a Sorridente Produções quer fazer a sua estreia, neste novo ano, com uma comédia para animar o público e fazê-lo soltar muitas gargalhadas!
Para já, enquanto não estreia a primeira peça desta organização, deixo-vos com a entrevista:
Como, e quando, é que surgiu a Sorridente Produções?
A Sorridente Produções surgiu há cerca de dois meses. Ainda estamos na fase inicial, onde tudo é novo para nós. Cada passo é um processo de aprendizagem e temos que lidar com situações que são verdadeiros desafios para nós. Esta companhia nasceu da vontade do nosso diretor apresentar peças escritas por si. Todos os nossos trabalhos serão originais.
Quem são os principais fundadores e impulsionadores deste projeto?
A companhia nasceu pelo ator Tiago Dias, que trouxe ao projeto dois antigos colegas e amigos, os nossos produtores, Gonçalo Barbosa e Luís Neves. A parte burocrática, financeira e encenação está nas mãos do diretor Tiago Dias. A produção está a cargo do Luís Neves e do Gonçalo Barbosa.
Sorridente Produções, porque querem pôr o público português a sorrir com as vossas produções?
Infelizmente o povo português anda triste…seja com a situação económica, politica ou a vida em geral. Achamos que apresentando esta peça, sendo ela uma comédia familiar, podemos fazer rir toda a gente, desde as crianças, que se vão relacionar com os netos, até aos mais velhos, que se vão ver na personagem do avô.
A primeira peça a ser apresentada pela Sorridente Produções, a estrear em março deste ano, intitula-se “Agregado Nada Familiar”. Sobre o que nos fala a mesma?
“Agregado nada familiar”, será uma peça que nos vai levar numa viagem alucinante e superdivertida, num dia desta família. A peça relata um dia na família Rodrigues, iremos acompanhar todas as confusões criadas pelo avô “Armindo”, que com a sua surdez, troca as conversas a toda a gente e cria inúmeras confusões. Desde achar que o filho fugiu de casa ou até mesmo acreditar que ele faleceu. Acompanhamos também as dúvidas sexuais de um neto confuso e uma saída mal sucedida de “Inês”, a neta santinha. No meio disto tudo teremos um faz tudo que não faz nada e uma empregada do Norte que acredita que ela é que é a patroa de casa.
Quais estão a ser as principais dificuldades na produção da mesma?
Sendo uma companhia nova, temos que lutar contra o facto d ninguém nos conhecer, e até, o facto de ninguém acreditar em nós. Desde o início que dissemos que íamos entrar com um Bam. Queríamos mostrar que há talento… não só na escrita como na representação. Estamos com dificuldades em encontrar espaços que nos acolham assim como apoiantes que nos ajudem na parte monetária.
Para conseguir verbas que permitam levar adiante a apresentação da peça, a Sorridente Produções iniciou uma campanha de crownfunding. Está a ser uma campanha bem-sucedida?
Infelizmente não. Talvez por ser altura natalícia, e as pessoas estarem a comprar os presentes de Natal, não estamos a ter as contribuições necessárias para suportarmos o projeto. O que não nos irá desmotivar. Como diz o nosso encenador “Nem que vá para a porta da Igreja pedir esmolas”. O projeto vai avançar, e o Teatro não vai morrer.
Como correram os castings para o elenco desta peça, realizados em novembro passado? Ainda há neste país muito talento escondido e mal aproveitado?
O nosso casting foi um sucesso, notamos uma grande fome de palco nos nossos atores. Em 2 dias tivemos mais de 100 inscritos. Desde profissionais do Teatro, ate inúmeros estudantes acabados de sair da Faculdade. Tivemos imensas dificuldades em escolher, pois passou nos mesmo muito talento pelas mãos. Sentimo-nos lisonjeados pela vontade destas pessoas em entrar no nosso projeto e teremos a certeza nos iremos encontrar futuramente com todos aqueles que não podemos selecionar.
Que apoios mais precisam neste momento, para levar o projeto mais além?
Temos que admitir que o apoio monetário é aquilo que nos iria aliviar bastante, pois poderíamos apostar em grande na publicidade. Sendo uma companhia nova com novos atores, temos que mostrar a cara, dizer ao mundo que estamos aqui. Procuramos também locais para ter a peça em cena como todos os apoios necessários para as deslocações, cenário e roupas. Tudo aquilo que é imprescindível para conseguirmos montar um grande espetáculo a atingir as metas que impomos a nós mesmos.
Quais são os vossos objetivos para 2017?
Sonhar… sonhar alto. É aquilo que fazemos. Queremos ter esta peça em cena durante os primeiros meses de 2017. Se tudo nos correr da forma para que estamos a trabalhar, contamos começar a montar uma outra peça antes do fim desse mesmo ano. Desta vez num registo diferente, mas também, um original do nosso encenador.
Muito obrigada! E votos de muito sucesso!