88 minutos
Vi este filme no fim de semana. Já é antigo (2007), mas o actor Al Pacino está espectacular no papel de psicólogo forense. Que por acaso até é uma área que me agrada!
A psicologia usada na análise e interpretação do comportamento criminal levou ao nascimento e crescimento da psicologia forense, fundamental no apoio aos tribunais e à decisão jurídica.
Claro que, uma coisa é um pequeno curso ou workshop teórico, ou com situações simuladas. Outra, é estudar a fundo e ter que entrar na mente dos criminosos, e dar o seu contributo para a condenação daqueles, sem medo.
É isso que a personagem de Al Pacino faz neste filme, perante um assassino, basicamente condenado apenas devido a provas circunstanciais, uma testemunha confusa e, em grande parte, ao seu credível testemunho enquanto psicanalista ao serviço do FBI.
Naquela altura, ele não teve dúvidas de que aquele homem era o assassino.
Nove anos mais tarde, com o suposto assassino preso e a poucas horas de ser executado, voltam a acontecer crimes, seguindo o mesmo padrão dos anteriores, o que levanta a dúvida sobre a credibilidade do testemunho outrora dado, e a possibilidade de o condenado estar inocente.
Ao mesmo tempo, Jack Graam, professor de psicologia forense e psicanalista, é ameaçado de morte, tendo 88 minutos para descobrir quem está por trás desta ameaça, sobreviver, e garantir que Jon Forster pague pelos seus crimes.
A partir daí, é vê-lo analisar cada um dos seus alunos, cada uma das pessoas que o rodeia e com que se vai envolvendo, à lupa de um psicólogo, antecipando os seus passos e movimentos. É vê-lo confiar, desconfiando.
É vê-lo lutar por aquilo que acredita, mesmo quando os seus próprios superiores e colegas começam a acreditar que ele possa estar envolvido.
As cenas do crime chocam um bocadinho pessoas mais sensíveis, como eu. E não faço ideia de qual será a sensação de estar perante alguém que comete tais actos.
Por isso, se por um lado me atrai este lado da psicologia, por outro, acho que nunca seria capaz de exercer!