O Bom Samaritano, na Netflix
Foi um filme escolhido ao acaso.
Tinha dito ao meu marido que queria um filme pequeno, leve, e ele escolheu este.
Uma jornalista habituada a fazer reportagens sobre incidentes arriscados é destacada para o caso da figura misteriosa que anda a deixar sacos de dinheiro à porta de alguns residentes.
Kate é boa a investigar mistérios, e tem um óptimo sexto sentido, que será essencial para ela descobrir a verdade, quando parece haver alguém disposto a ficar com a fama de "bom samaritano", e a tirar proveito dela, para fins menos altruístas.
Ficamos a saber, logo no início, quem é o "Good Sam".
Ou, pelo menos, a pessoa que deu início à história.
O que não sabemos, são os seus motivos para ter doado tanto dinheiro, como o conseguiu, de que forma seleccionou os contemplados, e porque, contra aquilo que seria de esperar, ele não desmascara quem, agora, está a ficar com os louros por afirmar ser essa pessoa.
Na vida, há pessoas que gostam de fazer as coisas e ficar no anonimato. É cada vez menos frequente, mas existem.
Eric é uma delas. Bombeiro de profissão, disposto a correr riscos todos os dias, para salvar vidas, não dá entrevistas, porque considera que apenas faz o seu trabalho.
Por outro lado, há pessoas que gostam de se mostrar, de dar nas vistas, de se exibir. Que consideram que dinheiro, posição e luxo compram tudo. Como o Jack.
E que são verdadeiros oportunistas.
Mas Kate fará aquilo que sabe, da melhor forma que sabe, para repôr a verdade, deixando a mensagem inspiradora, embora nem sempre real, de que altruísmo gera altruísmo.
E que, ao fazermos o bem a alguém, estamos a inspirar essa pessoa a fazê-lo também, gerando uma corrente solidária, que pode mudar a sociedade e o mundo.
Pena que essa corrente, ainda que hipoteticamente real, seja quebrada tantas vezes...