Realidades inspiradoras (que não deveriam inspirar)
Hoje em dia, a ficção começa a perder o seu papel motivador de muitas das atrocidades cometidas por quem, supostamente, a ela está exposto e por ela se deixa influenciar.
Afinal, porquê tentar imitar algo que se leu num livro, ou viu num filme, quando existem cada vez mais casos reais que se podem recriar?
Não foi, precisamente, esse o caso do jovem que, tentando imitar os massacres ocorridos nos Estados Unidos (Columbine e Sandy Hook), tinha por objectivo matar, pelo menos, 60 pessoas?
Tinha um plano descrito em pormenor, onde constavam os materiais a utilizar, a estratégia e os objectivos, plano esse que terminava com fuga e suicídio.
Claro que, mais uma vez e apesar de, segundo consta, o seu comportamento até então indicar que algo que não estava bem, e tal poder ser interpretado como sinal de alerta, o agressor era alguém de quem a maioria das pessoas que o conheciam nunca iria suspeitar.
Temo que, infelizmente, muitos mais casos destes venham a acontecer, transformando-se numa praga viral que vai contagiando cada vez mais pessoas. Pessoas às quais são atribuídas perturbações mentais, ou algo do género para, de certa forma, justificar os seus actos.
Mas, que sofrem de perturbações mentais, disso não restam dúvidas, porque só alguém perturbado seria capaz de cometer crimes, seja de que espécie forem.
Resta saber se será esse o nosso futuro? Um mundo de alucinados que se matam uns aos outros para bater "recordes", por brincadeira ou, pior, sem nem saberem bem porquê...