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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando os filhos deixam de querer sair com os pais

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Não é que sintam, propriamente, vergonha.

Ou que gostem menos dos pais.

 

É só que preferem estar com os seus pares, fazer os seus próprios planos, e programas, e divertir-se à sua maneira. 

Aconteceu com as gerações anteriores.

Agora, acontece com as actuais.

 

Não percebo como é que há pais que insistem em manter os filhos debaixo das suas asas, não os deixando fazer pequenos voos.

Não é uma questão de deixá-los à toa, mas de dar-lhes espaço.

Parecendo que não, os filhos crescem.

 

Este verão, a minha filha pediu-me para lhe fazer o passe para poder ir à praia com as amigas.

Sempre que quis, foi.

Vai almoçar com elas também. Passear em sítios que conhece.

 

Nestas férias, tentámos sempre incluir as amigas delas nos nossos programas.

Porque era o que fazia sentido para mim.

E se não foram mais, e mais vezes, foi porque não quiseram. Ou os pais não deixaram.

 

No caso de filhos de pais separados, também chega a um ponto em que os filhos podem querer estar com os amigos, naquele dia, semana ou fim de semana que era suposto estarem com um dos progenitores.

Há que ser flexível também nesses casos.

 

Porque é óbvio que um filho prefere estar com alguém da sua idade, num ambiente mais adequado à sua faixa etária, do que a fazer um programa de "cotas".

Ou, então, cabe aos pais adaptar os seus programas, de forma a que os filhos os acompanhem e se consigam divertir.

 

Das pessoas a quem nos juntamos...

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Nem sempre as pessoas a quem nos juntamos, são as melhores para o fazermos.

Mas são, em determinadas circunstâncias, aquelas que de precisamos.

Aquelas que, naquele momento, nos fazem sentir bem.

 

Por vezes, é difícil compreender porque é que determinada pessoa se junta, ou se dá bem com outra.

Porque é que não percebe que aqueles, de quem está próxima, não são a melhor escolha para amizade.

Que são diferentes de si, com valores que nada têm a ver com os seus. 

Que pode haver ali interesse, segundas intenções.

Que seria melhor afastar-se.

 

A verdade é que essa pessoa até pode vir, mais cedo ou mais tarde, a percebê-lo.

Mas, em determinado momento, aqueles que os outros julgam ser nocivos para si, o "grupo dos maus", são aqueles que estão lá. 

São um apoio.

Ainda que falso.

Ainda que temporário.  

Mas que mais ninguém ofereceu. 

A primeira mão que foi estendida e que a pessoa, com receio de cair, agarrou.

 

Sou uma eterna antissocial

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"100% Antissocial

Você é uma pessoa muito reservada, um pouco tímida e que prefere ficar só do que ter que interagir com pessoas que não são tão próximas."

 

Confirmo!

Sempre fui, e acho que não há nada a fazer.

Quando era pequena, a minha timidez fazia-me querer ficar em casa, sempre que os meus pais iam a casa de alguém.

Eu bem insistia para ficar em casa. Mas não tinha sorte. E lá ia eu para o "inferno".

Não me sentia bem. Não me enquadrava. Queria sempre ter a minha mãe por perto.

Na escola, evitava participar, dar nas vistas, trabalhos de grupo, apresentações orais.

 

Depois de adulta, não mudei muito.

Não sou muito de festas, de noitadas, de grandes convívios.

Não sou de gostar de socializar com toda a gente e mais alguma, só porque sim.

 

E, hoje em dia, evito tudo aquilo que me deixa desconfortável, porque não tenho paciência para fazer "fretes". 

Não tenho paciência para conversa de circustância. Para tentar perceber se há alguma coisa em comum.

Não tenho jeito para disfarçar ou fingir que estou bem e perfeitamente integrada, quando a minha vontade é sair dali para fora, para o meu canto.

Os amigos dos outros não têm que, obrigatoriamente, ser meus amigos, nem eu tenho que ser amiga deles, só porque quem me rodeia é.

Gosto que as coisas surjam naturalmente, sem serem forçadas.

Claro que não descarto que, ao longo da vida, não surjam novas amizades, se assim tiver de ser.

 

Claro que gosto de conviver, sair, divertir-me, estar com as pessoas com as quais tenho afinidades, interesses comuns, com quem é fácil e natural conversar.

Mas mais do que isso já é querer esticar uma corda, que eu nem sequer tenho vontade de agarrar. 

Lamento, mas sou uma eterna antissocial!

 

 

 

Colegas de turma que vão e vêm

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A minha filha tem uma pontaria para ficar em turmas de estranhos que é impressionante.

No derradeiro ano do ensino obrigatório, ela fez as suas próprias escolhas, sem se deixar influenciar por ninguém, nem mesmo pelas amigas que, eventualmente, pudessem ter outras opções de disciplinas em mente.

 

Resultado: à excepção de uma amiga que vem desde o 10º ano, assim à primeira vista, todos os restantes colegas são estranhos, ou pessoas com quem não tem ligação.

 

Depois, um olhar mais atento leva-nos a perceber que uma ou duas colegas já foram, em tempos, da turma dela, uma até ao 6º ano, e a outra no 9º ano. 

É curioso como escolhas diferentes, noutros anos, as separaram e, agora, escolhas iguais, as voltaram a juntar. Ainda que sejam daquelas com quem pouco convivia.

 

Já no 10º ano não conhecia ninguém.

Agora, tem apenas, para já, uma amiga por companheira.

Todas as outras ficaram distribuídas pelas restantes turmas do mesmo curso.

Mas há que ver o lado positivo.

Foi de entre algumas dessas estranhas que saíram as amizades de hoje.

Por isso, quem sabe este não é mais um ano para isso acontecer!

 

 

Quão importante é ter uma "vida social" activa?

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Dizia o meu marido que, na zona onde morava antes, era-lhe extremamente fácil comunicar com as pessoas e fazer amizades, com as quais acabava por sair, conviver entre jantaradas ou, simplesmente, um café, por exemplo.

E que aqui, onde moramos, é mais difícil porque não há essa abertura por parte das pessoas que cá vivem, ou com quem trabalha. Que são mais desconfiadas, fechadas e não criam muita empatia pelos outros.

Ou seja, antes tinha uma vida social activa. Agora nem por isso. E sente falta. Acha que é bom, que nos faz bem.

Já eu, tenho uma opinião um pouco diferente.

 

 

 

Não sou de amizades relâmpago, como se vê muito por aí. Para mim, as amizades costumam-se ir cimentando, com o tempo e, como tal, desconfio logo quando as coisas acontecem demasiado rapidamente, e quando pessoas que se conhecem há dois dias já se consideram amigas, e já querem combinar saídas e programas em conjunto.

Não é que não goste desses momentos, de sair, de conviver.

Quando era mais nova, também tinha um grupo de amigos, com o qual saía, ia ao cinema, à discoteca, fazíamos jantares de aniversário e passagens de ano, ou nos encontrávamos para um café. Mas, depois, cada um foi à sua vida, uns casaram, outros partiram, outros tiveram filhos, uns separaram-se, e o grupo acabou.

Hoje em dia, não sinto tanto essa falta, como o meu marido. E fico sempre renitente quando ele quer que nos juntemos para um programa qualquer com colegas de trabalho que vai conhecendo, achando que podem vir a formar um grupinho, porque sei que provavelmente, não vai sair dali nenhuma amizade, e que, muitas vezes, ao fim de uns tempos a febre passa, mudam de trabalho e deixam de se falar. 

Ou até mesmo com antigos amigos dele, ou conhecidos, que ao fim de uns anos se lembram de aparecer, ou ele de os procurar, mas dali a uns tempos, com sorte, voltam ao esquecimento.

 

 

 

O meu marido gosta de conhecer pessoas novas, de travar amizades, de falar com toda a gente.

Eu não procuro amizades, nem me faz diferença que, em último caso, para a maioria das saídas, sejamos só os 2, ou os 3. Não me incomoda que a minha vida social seja escassa ou quase nula. Prefiro isso do que estar a ali só por estar, e perder tempo a apostar em algo que sei, à partida, que não levará a lado nenhum. Claro que, se houver oportunidade e as coisas se proporcionarem, gosto. 

 

 

 

Assim, a questão que coloco é: quão importante é para o ser humano ter uma "vida social" activa?

Quão importante é, para vocês aí desse lado? É algo de que precisam, sentem falta, ou não estão preocupados com isso?

É algo que sentem que melhora a vossa vida e a vossa saude, quer física, quer mental? Ou é indiferente?