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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Sempre Tu", de Colleen Hoover

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O filme, baseado neste romance, irá estrear nos cinemas a 23 de Outubro mas, antes, tinha de ler o livro!

Mais do que uma mera história de amor romântico, que também o é, esta história aborda o amor e as relações que se establecem entre pais e filhos (e avós e netos), sobretudo, entre uma mãe e uma filha, com personalidades tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidas.

O livro é dividido em capítulos alternados, com a história a ser contada do ponto de vista de Morgan, a mãe, e de Clara, a filha.

 

Por um lado, Morgan perde o marido e a irmã num acidente de viação o que, já por si, é trágico. No entanto, a perda acaba por ser maior, ao descobrir que os dois tinham um caso, e a andavam a trair há muito tempo.

Pior: o filho de Jenny, a sua irmã, é filho do seu marido, e não de Jonah, como ela fez acreditar.

Agora, não sabe como enfrentar o luto, e todas estas revelações, mantendo o segredo para que a filha não perca a boa imagem e as boas recordações que tinha do pai e da tia.

 

Já Clara, sem saber de nada, não compreende as atitudes e o comportamento da mãe. 

Também ela a passar por um momento complicado, com a vida virada do avesso, é-lhe difícil que a mãe não perceba que cada uma faz o luto de forma diferente, e que não a está a ajudar a ultrapassá-lo, ao descarregar nela tudo o que sente. 

E, mantendo firme a intenção de não contar a verdade a Clara, esta acaba por ver a situação de modo totalmente oposto, acreditando que a mãe é a grande vilã.

Afinal, acabou de ver a mãe a beijar o noivo da tia. E sabe que os dois estiveram juntos, dias antes, num hotel.

 

O limite entre desculpar algumas coisas devido à morte recente da família, e impôr o devido respeito que deve haver entre mãe e filha é muito ténue.

Nenhuma está em condições de discernir o melhor a fazer, para que se entendam, pelo que a relação entre ambas está presa por um fio.

Também na sua vida pessoal, tudo está confuso.

Por um lado, Morgan não quer assumir que sempre gostou de Jonah, desde o tempo em que eram adolescentes.

Por outro, Clara acaba por usar Miller como arma, numa batalha em que ele não quer estar, o que faz tremer o recente namoro deles.

 

E Jonah, o que mais perdeu. O que sempre se sacrificou pela felicidade dos outros.

Há dezassete anos, perdeu Morgan para Chris, o seu melhor amigo.

Agora, acaba de perder a noiva. Descobre que ela tinha um caso com o melhor amigo. E percebe que o seu filho não é, na verdade, seu filho.

Ele foi apenas o meio usado para esconder a traição, e o resultado da mesma.

Conseguirá ele cuidar de um bebé que não é seu, e que o lembrará constantemente do que aconteceu?

Conseguirá Jonah ter, finalmente, a sua oportunidade com Morgan?

 

 

Sinopse:

"Morgan e a sua filha adolescente, Clara, parecem não ter nada em comum. Depois de ter engravidado e casado quando era muito jovem, Morgan viu-se obrigada a adiar os seus sonhos, e está determinada a não deixar que a filha cometa os mesmos erros. Clara não quer seguir os passos da mãe, que considera demasiado previsível, e é na sua tia Jenny que encontra uma confidente.
Quando Chris, marido de Morgan e pai de Clara, sofre um trágico e inexplicável acidente, o equilíbrio precário entre mãe e filha é quebrado e as consequências parecem alastrar-se às pessoas que as rodeiam.
Enquanto tentam reconstruir as suas vidas, Morgan encontra conforto num amigo do passado e Clara aproxima-se de Miller, uma companhia que a sua família não aprova. À medida que novos segredos e mal-entendidos surgem entre mãe e filha, ambas terão de lutar por uma reconciliação, antes que as suas diferenças e ressentimentos consigam afastá-las de modo irremediável."

Porque afastamos as pessoas que nos querem bem?

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Porque afastamos de nós (ou nos afastamos de) as pessoas que nos querem bem?

Porque as tentamos manter à distância, mal se aproximam quando, momentos antes, sem elas, só desejávamos tê-las por perto?

Porque retribuímos carinho, com frieza ou desprendimento, quando não é isso que sentimos?

Porque é que, em vez de aceitar e guardar os gestos de atenção, cuidado e amor (seja de que tipo for) que têm para connosco, pegamos neles, amachucamos e arremessamos de volta, como se não os quiséssemos?

Como se não precisássemos deles?

Quando, no fundo, é tudo o que desejamos?

"Jardim de Inverno", de Kristin Hannah

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"Jardim de Inverno" é a história de três mulheres, totalmente diferentes mas, sem o perceberem, mais parecidas do que poderiam imaginar.

É daquelas histórias que nos faz reflectir sobre as pessoas: aquilo que as molda, o que as move, o que guardam ou carregam dentro de si. 

O que as transformou naquilo que são. O que está por detrás das suas atitudes.

 

É uma história de pessoas sonhadoras, que se atreveram a viver numa época em que os sonhos tinham de ser escondidos. De medos, que as acompanhavam dia e noite.

De coragem. Resiliência. Amor.

De luta. Mesmo quando já pouco restava, pelo que lutar. Ou quando as forças, para tal, começavam a esvair-se.

De sobrevivência. Resignação, e esperança. 

 

É a história de uma mãe, e duas filhas, que nunca sentiram o amor dessa mãe dirigido, unicamente, ao marido, pai de ambas.

Até ao momento em que o pai morre. Não sem antes pedir a Anya, sua mulher, que o conto de fadas da infância das meninas seja contado, uma última vez, às suas filhas mas, desta vez, até ao fim. 

 

Meredith, a filha que ficou a tomar conta dos negócios do pai, é casada e tem, também ela, duas filhas.

A determinado momento, ela percebe que passou os últimos anos a dedicar-se a todos à sua volta, a satisfazer a vontade dos outros e, com isso, perdeu-se a si mesma. 

Agora, tem de lidar com a morte do pai, com a mãe, que não consegue compreender, e com um casamento à beira da ruptura.

 

Nina, a filha que partiu, é solteira, aventureira, e nunca fica muito tempo no mesmo sítio.

É o tipo de filha com quem não se pode contar, a cem por cento.

Responsabilidade não é com ela. Tão pouco prender-se a alguém.

Mas o que tem de inconsequente, de destemida, de desligada tem, também, de obstinada.

 

Com ideias e intenções que, muitas vezes, chocam com as da irmã, cada uma com a sua razão, e a tentar fazer o melhor que sabem, e que prometeram ao pai, será Nina a insistir, e a conseguir convencer a mãe a contar, finalmente, o conto de fadas que, de fadas, tem muito pouco.

É a história de vida da mãe, de há décadas. Quase uma outra vida, marcada pelo terror, pela guerra, por perdas irreparáveis, e por uma culpa e punição que infligiu a si mesma durante demasiado tempo.

 

Há pessoas que apenas são como são, sem qualquer justificação.

E outras, que são o que a vida, e o passado, fez delas.

Mas nunca é tarde para mudar as coisas. 

Não quando ainda há amor no coração.

 

"Jardim de Inverno" é a história de uma "outra" mãe, que tudo fez para salvar os seus filhos. Para os proteger. E não conseguiu. E que, depois disso, só desejou morrer. Mas não morreu. Ao contrário do seu filho, naquele hospital. Ao contrário da sua filha e do seu marido, naquela estação.

E, por isso, viveu uma nova vida, ainda que pela metade.

 

Toda a história é comovente, mas o final é surpreendente, e avassalador.

Um livro de leitura obrigatória, sem dúvida.

 

Sinopse:

"Jardim de Inverno é um romance de uma beleza rara, que navega na paisagem complexa, mas sempre envolta pelo amor mais puro, dos corações de uma mãe e das suas filhas.

Meredith e Nina são tão diferentes quanto duas irmãs podem ser. Uma ficou na terra para gerir os pomares da família e criar os filhos; a outra viajou pelo mundo e tornou-se uma fotojornalista de renome mundial.
Quando Evan, o pai amado de ambas, adoece, Meredith e Nina reencontram-se junto à sua cabeceira sob o olhar duro da mãe, Anya, uma mulher de temperamento frio e autoritário.
Da infância, recordam as duas o conto de fadas eslavo que a mãe lhes recitava em voz baixa à noite, sempre às escuras.
No leito de morte, o pai pedirá uma promessa às três mulheres da sua vida: o conto de fadas será contado uma última vez, mas agora até ao fim.
Só assim as filhas poderão ficar a conhecer o passado trágico da mãe.
Será então através da voz vacilante e insegura de Anya que terá início uma viagem inesperada à verdade sobre a sua vida - e o conto de fadas revelar-se-á afinal uma grande história de amor, sofrimento e renascimento que abrange mais de sessenta anos, entre a devastação da Segunda Guerra Mundial e a esperança dos dias de hoje.
Por vezes, podemos ler as páginas do nosso futuro no passado da nossa família.
Neste livro, esse será o segredo que as duas irmãs terão de enfrentar, e que mudará para sempre a imagem da sua mãe e de quem elas próprias pensavam ser.
Numa escrita inigualável, Kristin Hannah, como em toda a sua obra, volta a colocar aqui o foco no que representa ser uma mulher em tempos de grandes desafios."

"Um Mais Um - A Fórmula da Felicidade", de Jojo Moyes

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Percebemos que é amor quando todo o ruído, bagunça, confusão e desordem, de que sempre nos afastámos, agora nos fazem falta.

Quando percebemos que aqueles momentos em que a nossa vida estava, de certa forma, virada do avesso foram, apesar disso (ou talvez por isso), momentos felizes.

 

"Um Mais Um" mostra-nos, de forma dura e crua, que nem sempre adianta ser positivo, ou pensar positivo.

Que nem sempre os problemas se resolvem por si só. Nem, muitas vezes, com esforço. 

Há momentos em que, quando parece que as coisas não podiam ser piores, o universo arranja forma de provar que sim, ainda podem piorar mais.

Que a vida não é fácil. E, tão pouco, justa. 

 

Mas também nos mostra que tudo fica menos difícil, quando não estamos sós.

Quando partilhamos a nossa história. Quando aceitamos ajuda. 

Quando dividimos o peso do fardo que carregamos.

Quando temos alguém, verdadeiramente, ao nosso lado.

Alguém que seja, por uma vez, positivo quando, do outro lado, a esperança foge por entre os dedos. Só para equilibrar a balança.

Alguém que nos dê paz. Que faça os nossos filhos sentirem-se seguros e tranquilos.

Alguém que nos faça rir.

Alguém que dê um novo sentido à nossa vida. E faça sentido, na nossa vida.

 

Jess trabalha duplamente, para poder cuidar dos seus filhos, Tanzie e Nicky.

Embora Nicky não seja seu filho biológico, ela assumiu essa responsabilidade já que o pai do rapaz, seu ex-marido, não quis saber dele.

Nicky é vítima de bullying e agressões físicas, por se atrever a ser diferente. Os agressores, saem sempre impunes, porque não há como provar nada.

Tanzie tem a oportunidade de participar numa Olimpíada de Matemática, algo que ela adora, e ganhar uma bolsa para uma boa escola, que a impediria de vir a ser uma vítima, tal como o irmão, na escola onde este estuda.

Para isso, Jess tem de a levar até à Escócia, ainda que não tenha qualquer dinheiro para essa viagem.

 

Ed é um nerd que, juntamente com um amigo, criaram uma empresa de sucesso, prestes a fazer um novo lançamento.

No entanto, Ed deita tudo a perder quando se envolve com uma mulher do seu passado, que o engana para obter lucro, à custa de informações privilegiadas que ele, sem pensar, lhe dá. 

Agora, Ed perdeu tudo aquilo pelo qual sempre trabalhou, e arrisca-se a ir para a prisão.

Mas não é isso que o incomoda. É o facto de ter "traído" o amigo, e de desiludir o seu pai, que está a morrer de cancro.

 

Quiseram, as circunstâncias, que as vidas de Ed e Jess se cruzassem, nos piores momentos de ambos.

E quis, o destino, ou o que quer que seja, que esses piores momentos fossem, para todos, os seus melhores momentos.

Claro que, como tudo na vida, não duram para sempre.

E o pior, ainda está por vir.

 

O que esperar quando já não se espera nada?

Em quem, ou no quê, confiar ou acreditar, quando toda a confiança, em todos os sentidos, foi quebrada?

Como dar a volta sem escorregar, ainda mais, na lama, da qual ainda não se conseguiram levantar?

 

"Um Mais Um" é uma bonita história, que nos faz ter alguma fé na humanidade, acreditar que ainda existe bondade e justiça no mundo.

Que não podemos julgar todos da mesma forma, pelos erros que cometem. 

E que nunca é tarde para se ser feliz.

 

SINOPSE:

"Uma mãe por conta própria

Jess Thomas faz o seu melhor, dia após dia. É difícil lutar sozinha.

E, por vezes, assume riscos que não devia. Apenas porque tem de ser…
Uma família caótica
Tanzie, a filha de Jess, é uma criança dotada e brilhante a lidar com números, mas sem apoio nunca terá oportunidade de se revelar.
Nicky, enteado de Jess, é um adolescente reservado, que não consegue sozinho fazer frente às perseguições de que é alvo na escola.
Por vezes, Jess sente que os filhos se estão a afundar…
Um desconhecido atraente
Ed Nicholls entra nas suas vidas. Ele é um homem com um passado complicado que foge desesperado de um futuro incerto. Ed sabe o que é a solidão. E quer ajudá-los…
Uma história de amor inesperada
Um mais um - A fórmula da felicidade é um romance cativante e original sobre duas pessoas que se encontram em circunstâncias difíceis."

"Tinhas De Ser Tu", de Rebecca Yarros

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Nate e Izzy connheceram-se em circunstâncias pouco recomendáveis.

Mas talvez tenha sido essa a chave para o que, desde então, os manteve unidos, sem nunca conseguirem estar juntos.

Por um lado, Nate sempre se convenceu de que não era o suficiente para Izzy e, por isso, refugiou-se na sua carreira militar, deixando sempre Izzy livre para viver a sua vida sem estar presa a ele.

Já Izzy, sempre se foi contentando com os escassos encontros ao longo dos anos, sem compromisso, e sempre com uma despedida dolorosa no final de cada um.

 

Ela sempre quis assumir uma relação com ele. Ele não. Não por não a amar, mas por considerar que ela merecia melhor.

E, quando finalmente, ele a pede em casamento, ela recusa. Não por não ser o que mais desejava, mas porque o pedido estava a surgir com Nate fora de si, devido à morte do seu melhor amigo.

 

Por isso, mais uma vez, cada um seguiu a sua vida, até ao momento em que se reencontram, no Afeganistão, cada um na sua missão mas, ironicamente, juntos, novamente, pelo destino.

Num país em guerra, em que se arriscam a não sair de lá com vida, será desta que se rendem ao amor que sempre sentiram um pelo outro?

Ou terão deixado escapar a oportunidade, e é tarde demais?

 

 

Sinopse:

"Izzy Astor não tem grandes expectativas ao embarcar num avião de regresso a casa para o Dia de Ação de Graças: há muita gente, muita confusão e muito stresse.
Então, vê um homem sentado ao seu lado, que está bem acima das expectativas. Nate Phelan tem cabelo escuro, olhos azuis e uma beleza a que Izzy não consegue resistir. A ligação entre eles é inegável. Izzy nunca foi de acreditar no destino, mas agora acredita.
Apenas noventa segundos após a descolagem, o avião cai no rio Missouri.
A vida deles muda. Eles mudam. Nate segue uma carreira militar enquanto Izzy descobre o seu caminho na política. Apesar de alguns encontros improváveis ao longo dos anos, o momento nunca parece certo para que tentem de facto um relacionamento.
No entanto, uma reunião de alto risco junta-os no Afeganistão, onde Nate está encarregado de proteger a vida de Izzy.
Ele fará qualquer coisa para mantê-la segura. E tudo para conquistar o seu coração."