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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Uma visita à Quinta do Pisão

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O passeio do passado fim de semana acabou por ser uma escolha de última hora depois de, pela terceira vez, nos ter sido cancelada a visita que tínhamos programada arruinando, mais uma vez, os planos.

 

 

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Mas, como se costuma dizer, há males que vêm por bem e, por isso, optámos por visitar a Quinta do Pisão, que está inserida no Parque Natural Sintra-Cascais, no sopé da Serra de Sintra.

 

 

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Logo ao início, é possível ver os burros, em liberdade, no pasto. Achei uma piada ao mais pequenote, e um outro que se rebolava de um lado para o outro na terra, deitado, e ficámos com pena de não nos podermos aproximar mais deles.

 

 

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Mais à frente, encontrámos o estábulo, onde é possível ver cavalos, burros e cabras.

É também possível fazer algumas actividades com estes animais, mas tem que ser por marcação, e com antecedência, por isso, não tivemos sorte.

 

 

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Podemos observar diferentes espécies de árvores, plantas e flores, bem como toda uma diversidade de fauna, conforme nos vai sendo indicado ao longo do percurso.

 

 

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Por toda a quinta, vamos encontrando espaços para descansar, e de piquenique, como este, até porque o espaço ainda é grande, e anda-se muito.

 

 

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Pelo caminho, é possível ver estas casinhas, e postes, bem como um poço, e uma gruta, que está vedada.

A quinta tem ainda uma horta biológica, onde é possível apanhar os produtos e pagar, depois, na loja.

As lagoas não fazem parte do percurso delineado. Tínhamos esperança de as ver mas, não conhecendo bem, e havendo algumas zonas vedadas, não deu para tal.

O mesmo com as ovelhas, que só conseguimos ver ao longe.

 

A entrada é gratuita.

Tem dois parques de estacionamento.

Há uma loja onde pode pedir informações, ver os mapas do percurso, e comprar merchandising.

"Uma Combinação Perfeita", na Netflix

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Ontem vi este filme na Netflix.

Uma comédia romântica que tem, como pano de fundo, as paisagens australianas.

Decididamente, eu não seria a melhor pessoa para viver na Austrália, já que sou incompatível com toda aquela bicharada que eles lá têm e que, para quem lá vive, já é habitual, como tarântulas, cobras, e afins.

 

Por falar em cobras, há umas que são mesmo humanas e que, aqui, se disfarçam de chefe, e de amiga, que de amiga não tem muito, porque é a primeira a dar uma facada, quando ela própria está em apuros, para ficar bem vista.

Continuando numa de animais, também há os cães que ladram muito, mas não mordem, e são inofensivos.

É o caso de Hazel, com quem Lola vai tentar fazer uma parceria, apesar de parecer impossível. E das suas novas colegas de trabalho, que lhe dificultam a vida nos primeiros dias, mas até são boa gente, e acabam por aceitá-la e integrá-la.

 

Quem fica esponsável por lhe explicar o trabalho é Max que, no início, não se percebe bem que relação tem com Hazel, mas acaba por se apaixonar por Lola.

É caso para dizer que os opostos se atraem, já que Lola é uma mulher que arrisca tudo, sem medo, e Max é um homem que prefere jogar pelo seguro.

 

O que é que destaco deste filme? Os animais! Ora pois :)

Digam lá que não são tão fofos?!

 

 

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A ovelha Baaarbra, com quem Lola trava amizade, e que impede que a mesma se transforme no almoço de domingo, transformando-a na mascote da quinta e da companhia de vinhos.

 

 

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O cão Arlo, fiel companheiro de Max!

 

 

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E um simpático e fotogénico canguru, ou não se passasse a acção na terra dos cangurus!

 

Mystère: Uma Amizade Especial, na Netflix

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Inspirado numa história real, este filme mostra uma criança traumatizada pela perda da mãe tendo, inclusive, deixado de falar, que vai mudar a partir do momento em que conhece, e passa a cuidar de uma cria de lobo - o Mystère - que lhe é oferecida por um senhor da montanha.

 

É uma história que apela à lágrima, pela ligação entre Victoria e Mystère, pela amizade e amor incondicional que, a determinado momento, podem colocar a vida da menina em risco.

Mas Victoria vai lutar pelo seu amigo até às últimas consequências.

E, verdade seja dita, quem consegue resistir àquele lobito tão fofo, que depressa cresce e se torna igualmente lindo?!

 

Em Cantal, uma região de montanha onde os residentes criam os rebanhos que, no fundo, são a sua vida e o seu sustento, os lobos são uma ameaça, e um alvo a abater.

A revolta dos moradores que, volta e meia, perdem animais, atacados pelos lobos, é tal, que não olham a meios, para atingir os fins.

Por outro lado, há uma certa política de preservação dos lobos que os permite andar por ali e, como tal, sujeitos aos perigos de pessoas dispostas a aniquilá-los.

Uma coisa é certa, parece não haver um entendimento quanto a uma coexistência pacífica entre uns e outros.

E não se trata apenas de ter prejuízo. É mesmo obcessão, teimosia, atrevo-me até a dizer que, em algumas pessoas, mau carácter.

 

Mas ainda há pessoas que se preocupam com os lobos. Que os tentam proteger.

Uma dessa pessoas, é Anna, que tentará encontrar uma reserva natural para Mystère, onde ele possa viver tranquilamente.

O único problema, é separá-lo de Victoria, e o sofrimento que essa separação causará em ambos.

Logo agora que ela estava a recuperar de uma perda. E que ele tinha encontrado uma família.

 

Conseguirão eles ficar juntos?

Conseguirão eles sobreviver à distância que os separa?

Que destino lhes estará reservado?

 

"Mystère: Uma Amizade Especial" é um filme pequeno, que se vê bem, ideal para quem gosta de animais.

A título de curiosidade, as cenas do filme foram filmadas com uma alcateia verdadeira de 7 lobos, e a actriz que interpreta Victoria teve um treino especial, para aprender a conviver e lidar com as crias e com os lobos adultos, de forma a que as cenas fossem o mais verdadeiras possível.

 

Eram felizes, e não sabiam...

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Eram miúdos.

Brincavam na rua. 

Corriam pelos montes.

Aventuravam-se...

 

Caíam, e levantavam-se.

Mesmo com um joelho esfarrapado, ou um braço arranhado.

Não tinha importância.

 

Mergulhavam no tanque.

Tomavam banho à mangueirada.

Que importava?! Queriam era refrescar-se!

 

Madrugavam. Com o nascer do sol.

Acordavam ao som dos animais. 

Aqueles com quem conviviam, até irem parar ao prato. 

 

Alimentavam as galinhas.

Passeavam as cabrinhas.

Bebiam leite das vacas.

 

Corriam atrás das borboletas.

Fingiam caçar os pássaros.

Sonhavam ao ver os pirilampos.

E chegavam, ao fim do dia, cansados.

A olhar o céu estrelado, antes de fechar os olhos.

 

Ali, eram como uma grande família.

Uma família onde passavam os verões. As férias. Ou o ano inteiro.

Uma família com a qual cresceram.

Os pais, os tios, os avós, os vizinhos.

 

Os mimos.

A comida especial.

O aconchego.

 

Mas, um dia, quiseram partir.

Ou tiveram que partir.

E tudo mudou.

 

Os anos passaram.

Os avós, partiram. 

Os tios, partiram.

Os pais, partiram.

Alguns vizinhos, partiram.

 

Alguns miúdos, agora adultos, tentaram manter a ligação. A tradição. As memórias. 

Tentaram diminuir o efeito do tempo. Honrar a família.

E preservar aquele que será, sempre, o seu verdadeiro lar.

Onde podem reencontrar a felicidade, a paz, a tranquilidade.

A sua essência. As suas raízes. 

 

Outros, afastaram-se de vez.

Quebraram a ligação.

Abandonaram o passado, e não fazem ideia de lá voltar.

E, com esse abandono, com esse esquecimento, tudo o que lhe dizia respeito se foi degradando. aos poucos.

Tudo se foi perdendo.

 

No seu lugar, restam as lembranças de quem ainda por lá anda. As saudades de quem ainda por lá vai passando.

Quem sabe, um dia, a vida não volta àquelas casas, àquelas terras, àquelas gentes?

Quem sabe, os filhos pródigos não voltam, ao lugar onde eram felizes, e não sabiam, na esperança de agora, sabendo-o, voltar a ser...

 

 

Imagem de Nellya Brito

Este texto surgiu na sequência da imagem da Nellya. Mal a vi, vieram-me várias reflexões à mente.

A Nellya desafiou-me a escrever uma delas. E aqui está!