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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Começar o ano sem "amarras"

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Os compromissos fazem parte da nossa vida.

Dão um propósito, um sentido, um objectivo.

Dão-nos uma certa responsabilidade.

Funcionam como guia orientador na nossa rotina.

Fazem-nos bem.

 

Mas também podem prender-nos.

Roubar a nossa liberdade.

Atropelar-nos.

Ter um efeito desgastante, e contraproducente.

 

Foi por isso que decidi começar este ano sem "amarras", em relação a projectos com os quais me comprometi há alguns anos, relacionados com a escrita.

E foi uma sensação libertadora.

Não porque não estivesse a gostar do projecto, mas porque sentia que não estava a ter tempo suficiente, e o entusiasmo necessário, presente nos primeiros tempos, para continuar comprometida da forma como estava.

 

Fiz uma pausa, ao fim de quatro anos.

Não é uma despedida definitiva, para já.

É um "passarei por aí, de vez em quando, se, e quando puder".

Mas está-me a saber bem, esta ausência de compromisso e obrigatoriadade!

 

 

Outra vez?!

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Sempre que chegamos a esta altura do ano, começo a sentir um cansaço fora do habitual.

Nem sequer é aquele cansaço de "estou a precisar de férias".

É mesmo fadiga, aquela sensação que as pernas pesam chumbo e não se querem mexer, que andei um bocadinho e parece que corri a maratona.

 

A ficar sem bateria...

Resultado de imagem para bateria fraca

 

Como um telemóvel viciado, com algum tempo de uso, acho que já não consigo alcançar a bateria completa, representada pela cor verde. 

Mas há-de ser no laranja que ando desde o regresso das férias do ano anterior, até ao início do ano seguinte, altura pela qual passo a andar ali pelos dois tracinhos de bateria, com tendência a reduzir, à medida que o ano vai avançando.

Quando chega à vespera de ir de férias, ao invés de a energia aumentar, sinto ela a escapulir-se por entre os dedos pelo que, hoje, estou apenas com um traço de bateria, e já a começar a apitar, a avisar que é preciso recarregar brevemente, correndo o risco de chegar amanhã, último dia de trabalho, e desligar-me completamente, logo agora que a primeira semana de férias está à porta.

 

Depois, é tentar que na semana de férias (muito pouco para tantos meses de trabalho) consiga voltar ali à meia carga, para sobreviver a mais um mês de trabalho, até voltar a ter férias, e conseguir a proeza de subir para o estado laranja, e repetir todo o ciclo!

Já estamos em 2017. E agora?

Resultado de imagem para mudar de ano

 

 

Toda a gente se despede do ano que está prestes a acabar, uns com mais entusiasmo pelo fim, outros já com saudade do que viveram no último ano.

Mas, digam lá, sentiram alguma coisa de diferente na passagem do último minuto de 2016, para o primeiro minuto de 2017? Será que muda mesmo alguma coisa, com a chegada de um novo ano?

Ano novo é sinónimo de vida nova, de esperança num ano melhor que o anterior, ou pelo menos tão bom como esse, ou ainda que, pelo menos, não seja pior. Penso que se poderiam aplicar à passagem de ano várias palavras: mudança, esperança, fé, confiança, motivação, ânimo, disposição, determinação e tantas outras. 

E ainda bem que assim é! Ainda bem que ainda temos esses momentos, em que enchemos o nosso coração de força de vontade e acreditamos que tudo será diferente e melhor. Que ainda planeamos metas e objetivos para cumprir.

O que é pena, é que esses mesmos momentos e resoluções se vão desvanecendo, e ficando esquecidos, à medida que os meses vão passando. No início do ano, pensamos "é desta". Uns tempos depois "ainda temos tempo, o ano mal começou". A meio do ano "não deu para isto, mas ainda vamos conseguir aquilo". Chegamos ao final do novo ano e "ups, que acabe depressa, e que venha o novo ano, para o ano é que é".

O que é pena, é que todas essas resoluções e determinação que crescem, de repente, dentro de nós, não surjam mais vezes na nossa vida. Que seja preciso um ano terminar, e outro começar, para nos lembrarmos disso. E muitas vezes para nem sequer pôr em prática ou concretizar.

O que muda realmente com o ano novo? Talvez muito pouco... E nada que não se possa mudar em qualquer outra altura do ano, no que depende de cada um de nós.

É certo que temos tendência a nos servirmos de determinados "marcos" para tentar mudar a nossa vida, e acreditar num mundo melhor. Mas, cada vez mais, percebemos que não podemos ficar sentados à espera que o relógio dê as 12 badaladas no último dia do ano, para isso.

Cada vez mais percebemos que temos que viver o dia-a-dia, um dia de cada vez, mas pensando a um mais curto prazo, porque, de repente, podemos não estar mais aqui... 

Afinal, para quê deixar para amanhã o que podemos fazer hoje? Para quê prometer para amanhã, o que acabaremos por nunca fazer?

Não é o ano novo que traz as mudanças que tanto almejamos. Somos nós, em qualquer momento da nossa vida!