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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Sinais da idade

Vetores Desenhos animados casal idoso ativo: Desenho vetorial, imagens  vetoriais Desenhos animados casal idoso ativo| Depositphotos

 

"Todas as asneiras que fizermos em novos havemos, mais tarde, de pagar por elas."

 

E o meu pai que o diga!

 

Acho que, por mais anos que passem, temos tendência a ver os nossos pais sempre da mesma forma, como se esses anos não passassem por eles, ou passassem, mas eles continuassem iguais, sem se notar a passagem do tempo.

Sempre vi o meu pai como uma pessoa activa. Alguém que não consegue estar quieto ou parado muito tempo no mesmo sítio. Alguém que gostava de fazer longas caminhadas.

Mas o tempo, as asneiras, os vários acidentes que foi tendo desde novo, não perdoam.

E, hoje, aliadas a alguns problemas já existentes, condicionam-lhe os movimentos e a vida, provocam-lhe dores, dificultam-lhe as tarefas mais básicas e, ainda assim, volta e meia, lá insiste em fazer mais alguma "asneira" para a qual o seu corpo já não está preparado. 

Depois, os ossos, os músculos, os tendões, tudo se ressente.

E a memória começa a pregar partidas.

Afinal, são quase 80 anos.

 

E a minha mãe?

Mulher activa, também. Ultimamente, não tanto.

Fingimos não perceber, mas é um pisco a comer. 

Está magríssima, embora as calças disfarcem.

Mas levá-la ao médico? Só quase arrastada.

Diz que se sente bem. Que não precisa de fazer exames, nem ir ao médico.

As únicas consultas a que vai, são as de oftalmologia, em que é seguida por causa das cirurgias que fez à vista.

Não é mulher de se queixar, de mostrar dores, de fazer fitas. Guarda para ela.

Mas uma pessoa vai-se, aos poucos, apercebendo dos sinais da idade.

Um degrau que ela já tem dificuldade em subir ou descer sem ajuda. Algo que ela já demora a agarrar, não sei se por não ver bem, ou se por outro motivo.

Um dente ou outro que falta, e que lhe dificulta a fala.

Afinal, são 79 anos.

 

Que bom seria que os nossos pais estivessem sempre novos, apesar do tempo passar. 

Que tivessem sempre saúde, enquanto vivessem.

Mas se nem nós, muitas vezes, a temos, e andamos piores que eles, como podemos esperar que eles sejam mais valentes?

 

É assim a vida.

Sempre a dar sinais.

Sinais das parvoíces que achávamos que não iam ter consequências.

Sinais de que o nosso corpo não é de ferro.

Sinais de que o tempo não pára.

Sinais da idade, que avança a cada ano que passa, para todos nós, e para eles também.

 

 

 

 

O facebook e a descoberta de coincidências curiosas

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Diz-se tanto mal do facebook, mas ainda há coisas curiosas que ele ainda nos vai dando.

Uma delas, são as coincidências.

Através de uma partilha de memórias, de publicações nossas, noutros anos, é curioso perceber como certas coisas tendem a repetir-se, nos mesmos dias, nos anos seguintes.

 

Por exemplo, num determinado dia, de um ano anterior, tinha feito uma publicação sobre o frio extremo aqui na vila. Anos depois, no mesmo dia, o frio repete-se.

Também já me aconteceu com a chuva.

Há 3 anos, andava a chupar Halls de mel e limão para a garganta. Hoje, cá estou eu de novo com eles.

 

Pena é que algumas coisas boas não se repitam também.

Era sinal que hoje, em vez de vir trabalhar, estaria a assistir a um qualquer concerto, na Altice Arena!

Curiosidades matemáticas sobre a idade

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Na brincadeira com a minha filha, sobre a idade que cada um de nós iria fazer, e como, trocando os números na idade, eu acabava por ficar mais nova que ela, apercebi-me desta curiosidade - por cada ano que somamos na idade correcta, aumentam dez anos, na idade trocada.

 

 

Por exemplo:

15 anos - 16 anos - 17 anos - 1 ano de diferença entre cada um

Trocando:

51 anos - 61 anos - 71 anos - 10 anos de diferença entre cada um

 

No meu caso:

40 - 41 - 42 - 43

4 - 14 - 24 - 34

 

 

E pronto, foi esta a grande descoberta de hoje.

Provavelmemente, isto já terá sido constatado por muitos, e até terá uma qualquer designação matemática, mas não deixou de ser engraçado!

O grande dilema de todos os anos

 

 

 

Imagem relacionada

 

Todos os anos espero ansiosamente pelas férias, para poder descansar da rotina e stress do trabalho, acordar mais tarde, ir à praia, à piscina, passear, estar com a minha filha e com as bichanas, e com o meu marido, quando estamos de férias na mesma altura.

 

Todos os anos chegamos a esta altura, a perceber que precisamos de lavar paredes, pintar, limpar a casa, o que implica ter tempo livre e, de preferência, estarmos os dois em casa, para ser mais fácil e não incomodar um ao outro. Esse tempo livre, e essa disponibilidade, só acontecem em tempo de férias.

 

Mas as férias são intercaladas, uma semana num mês, duas semanas no outro. Se não aproveitarmos ao máximo o verão nessa altura, no resto do tempo é complicado.

Por outro lado, é a altura ideal para limprezas e, de outra forma, não nos conseguimos conciliar ou ter tempo para as limpezas e pinturas.

 

Posto isto, eis que surge o grande dilema:

 

Aproveitar as merecidas e desejadas férias, deixando a casa conforme está, até ver, ou deixar a casa apresentável, sem ter realmente gozado férias, e voltar ao trabalho mais cansada ainda, e com a sensação de não ter estado de férias?

Como tudo se desmorona em segundos

 

 

Resultado de imagem para refletir

 

Quase tudo na nossa vida demora tempo a ser construído.

E apenas escassos segundos para desmoronar...

Um castelo de cartas ou uma torre de dominós, por exemplo, que tanta perícia e cuidado exigem para se completar, podem cair ao mínimo toque. Por vezes, basta mesmo tocar apenas em uma das peças, para que caia tudo.

No outro dia, a caminho de casa, passei por uma moradia que conhecia há anos. Estavam a deitá-la abaixo. Ficou apenas um quadrado de terreno no seu lugar. Uma casa que deve ter levado meses a erguer, desmoronou em pouco mais de meia hora. E daqui a uns dias ninguém se lembrará do que ali estava.

Até mesmo a natureza pode destruir numa fracção de minutos, aquilo que o homem levou anos e décadas a construir.

Uma relação leva meses e até anos para se consolidar. De um momento para o outro, pode ocorrer algo que deita por terra todas as bases e alicerces sob os quais a relação foi construída.

Uma vida leva cerca de nove meses a formar-se, e mais o tempo que lhe for permitido aproveitar cá fora. Em escassos segundos, a morte pode acabar com ela...