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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Começamos mal, assim...

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No ano passado, pela primeira vez, pus a minha filha nas explicações de matemática.

Depois de alguma pesquisa e informações sobre localização, preços e modalidades, escolhemos um centro que ficava relativamente perto da escola.

Ela gostava do professor, e da proprietária do espaço.

 

Ficou decidido que, este ano, começaria com as explicações de matemática no início do ano. Liguei para o número de telemóvel do centro, e fiquei a saber que, este ano, o mesmo já não estaria em funcionamento. Que azar.

Ainda nos disseram que, ao lado daquele centro, iria abrir algo do género mas, quando lá passei, estava a porta fechada, e não tinha qualquer contacto ou informação do que irá ser. Ninguém atendeu quando tocámos, e não posso estar à espera para saber se, de facto vai abrir ou não, e o que será.

 

Tinha falado com um outro centro, que ficou de confirmar com o professor a disponibilidade para o dia que eu pretendia. No sábado, para a minha filha ficar a saber onde era, e para ver se a inscrevia, fomos lá. Estava fechado, mas ao ligar para a proprietária, ela disponibilizou-se para ir até lá e fazer a inscrição.

Primeiro veio com a conversa de que o dia que eu pretendia era o que tinha mais procura. Pensei "vai dizer que já não tem vagas", mas não. Depoios daquela conversa disse então que estivesse descansada que, se não conseguisse para um professor, ficaria para outro professor. Não percebi então para quê aquilo tudo, mas enfim...

 

Como pretendo aulas individuais, esclareceu-me que o valor é de 15 euros à hora. Era o que eu já pagava antes.

Deu-me o formulário de inscrição para preencher, e o regulamento do centro.

E foi aqui que começou a minha relutância.

Onde a minha filha estava antes, eu marcava as horas que queria, em cada mês sendo que, nos meses em que apanhasse as férias de natal, páscoa e última quinzena de junho, poupava algum dinheiro, já que não seria preciso explicação.

Aqui, independentemente das férias, o valor a pagar é sempre o mesmo, quer eles apareçam ou não. Não agrada muito à minha carteira esta modalidade, mas para já era o que tínhamos...

Estava a comentar sobre isto com o meu marido quando a senhora, que estava a ouvir a conversa, achou que deveria explicar o porquê de funcionarem assim.

 

Ah e tal, nós e, acredito, a maioria dos centros funcionam desta forma porque é sempre útil continuar a trabalhar na matéria durantes as férias, para não esquecer. E o centro está aberto à disposição para eles virem. Ainda mais, tendo a sua filha exames no final do ano, é sempre uma mais valia. Até aqui, estava a ir muito bem... Mas tinha que estragar!

 

Os pais querem sempre que os filhos venham à explicação nessas alturas, e até agradecem. É a primeira mãe que não está satisfeita!

Pois, eu sou uma mãe diferente!

Para mim, férias é férias. Já estudam vários meses a fio, já têm pressão e stress suficiente nesses meses. Por isso, as férias são para descansar a cabeça, e abstrair-se dos estudos.

 

E podia ter ficado por aqui, cada uma com a sua opinião. O centro funciona assim e eu, ou quero e pago, ou vou a outro lado.

 

Mas o que disse a seguir ficou-lhe mesmo mal. Vir com chantagem não é a melhor forma de conseguir angariar clientes!

Ah e tal, o centro funciona assim, os pais pagam o valor total mas, se for preciso estar mais do que a hora contratada, ou precisar de mais uma ou outra hora em altura de testes ou exames, também não cobramos mais por isso.

Se preferir pagar só as horas que quer, podemos fazer isso, mas se a sua filha ficar mais meia hora em alguns desses dias, facturamos a mais esse valor!

Mas tem que ficar decidido agora o que é que pretende!

 

Depois disto, a primeira coisa que lhe pedi foi uma cópia do regulamento, para me lembrar que tenho que rescindir o contrato com um mês de antecedência. 

Porque a minha filha é mais importante que a antipatia que ficou logo ali estabelecida entre eu e a proprietária do centro, avancei com a inscrição de acordo com o regulamento do centro. Mas é só encontrar outro local que fique mais perto e em que não me venham com este tipo de ameaça, que rescindo na hora!

Comecámos mal...

 

 

 

Mister simpatia do Lidl de Mafra

 

Se há coisa que detesto são funcionários que se não sabem lidar com os clientes. E no Lidl de Mafra temos um que se acha superior só porque o devem ter promovido à categoria seguinte e já não é apenas um mero funcionário. E que deve ter uma vida terrível, porque este a que já apelidei de "mister simpatia", estava sempre com umas trombas que parece que todos lhe devem, e ninguém lhe paga!

Não é raro vê-lo por ali nos corredores a verificar o que é preciso repôr ou não, a arrumar caixas e ajeitar outras, para mostrar serviço, como se fosse um funcionário extremamente eficiente. Mas quando chega à parte da fala com os clientes, a eficiência evapora-se, e os bons modos e a simpatia ficam no bolso.

Nem de propósito, e por já saber como é que ele é, não esperava outra coisa mas, como era o único que ali estava, fui perguntar-lhe na mesma se tinham croissants de brioche em armazém, porque os que estavam à venda tinham acabado.

Respondeu-me logo com ar de poucos amigos que devia haver mas tinha que esperar porque a colega devia ter posto agora a descongelar. Perguntei se sabia mais ou menos quanto tempo demoraria. Não sabia, disse-me para perguntar à colega que estava encarregue disso, que deveria sair (sabe-se lá quando) pela porta do armazém.

Agradeci-lhe, e fiquei por ali a fazer o resto das compras, até que avistei a dita funcionária. Uma diferença da noite para o dia. Informou-me que ainda estavam congelados mas que, se quisesse, os poderia levar assim. Como lhe disse que não havia problema, perguntou quantos queria, foi buscar o saco, colocou-os lá dentro e foi entregar-me.

E ainda me surpreendi na caixa quando uma cliente que estava à minha frente com um carrinho enorme de compras, me perguntou se eu queria passar à frente, apesar de eu não ter apenas duas ou três coisas.

Isto só prova que andam por aí algumas almas perdidas, mas o mundo ainda não o está completamente!

Os pecados no atendimento ao público

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Já não são só 7!

Sim, há funcionários que estão no atendimento ao público mas que não sabem, minimamente, lidar com as pessoas.

Estamos fartos de ver pessoas à espera para serem atendidas, enquanto os funcionários conversam sobre as notícias do dia, a vizinha, o cão e a cliente que acabou de sair.

Estamos cansados de ver funcionários "pedirem licença a um pé para mexer o outro", ignorarem os clientes que estão à espera e fingir que estão ocupados com outros assuntos.

Já todos nós fomos atendidos por pessoas que não conhecem a simpatia, que atendem de mau humor, que levam problemas pessoais para o trabalho, que são rudes, com cara de que "todos lhes devem e ninguém lhes paga".

Já aconteceu, provavelmente, a muitos de nós, vir do mesmo serviço com informações diferentes e contraditórias. Ou, simplesmente, sem informação, porque nem sempre quem está no atendimento sabe informar sobre o que queremos saber.

Há clientes chatos, é verdade. Mas há funcionários que não mostram um mínimo de paciência com pessoas mais idosas, que têm mais dificuldade em perceber. Ou com pessoas que, ao contrário delas, não estão por dentro dos assuntos e têm que ser melhor esclarecidas.

Mas agora, o ordem do dia é, descaradamente, para "despachar"! Despachar o trabalho e as pessoas, de volta para casa, para o trabalho ou para outros serviços.

Um contribuinte estava num serviço, com uma notificação, à qual lhe foi dito que tinha que responder. Como? Por email. Atendido. Próxima senha. Mas este senhor não se conformou e, depois de muito insistir, lá a funcionária lhe entregou o requerimento para ele preencher e entregar ali na hora.

Outro contribuinte foi recambiado de um Serviço de Finanças para outro, com a desculpa de que o assunto não podia ser lá tratado. Mais um despachado! No entanto, o assunto podia ser tratado em qualquer Serviço de Finanças.

Há os mais directos e persuasores: "ah e tal, não quer ir antes a "x" serviço?"

E há os que complicam e que, mal pegam em alguma coisa, dizem logo que não podem fazer. Um cliente levou uns documentos para apresentar. A funcionária disse que faltavam elementos e não podia receber. Cliente despachado. O mesmo cliente vai ao mesmo serviço noutra altura, e é atendido pelo chefe dessa funcionária, que analisa os mesmos documentos e recebe, sem qualquer obstáculo.

Se há coisa que me irrita é esta gente querer "ser mais papista que o Papa"! Se o chefe que é chefe, não levantou problemas, porque teve a funcionária que levantar? E fazer o cliente perder tempo duas vezes?

Será que a lista de pecados ainda irá aumentar mais? 

 

Quem fui...

 

...e quem sou.

 

Do meu pai herdei uma certa calma e condescendência para lidar com algumas pessoas e situações. Já da minha mãe, e por contraditório que possa parecer, herdei a qualidade de não ficar calada e não deixar que me façam de parva. Não sou capaz de fingir, e nem sempre sou capaz de perdoar.

A Marta de há muitos anos atrás não é muito diferente da que é hoje, salvo pela maturidade adquirida ao longo da vida. 

Continuo a ser uma pessoa extrememente tímida, que prefere manter-se na sua "zona de conforto", sozinha ou com quem pertence à sua vida. Nunca fui muito boa a conversar com quem pouco ou nada conheço, preferindo ficar afastada, fechada na minha concha. Algumas pessoas, não me conhecendo, confundem essa minha faceta com antipatia, arrogância ou mania da superioridade. Foi assim, inclusivé, que durante muitos anos fui classificada na zona onde moro. O que a mim pouco me importa. Sou como sou e quem quiser aceita, quem não quiser, paciência. Os que os outros pensam de mim não me afecta. Pelo menos aqueles que não me dizem nada. Até porque não fui posta neste mundo para agradar aos vizinhos.

No entanto, apesar de esse aspecto da minha personalidade não ter mudado, trabalhar todos estes anos a atender ao público, e a lidar constantemente com outros funcionários públicos, fez aparecer uma outra parte da Marta. A Marta que é simpática e educada, que brinca, que conhece muito mais pessoas e a todas fala bem. 

Quando vejo agora as adolescentes, e a forma por vezes ridícula como se comportam, penso logo: "meu deus, será que eu naquela idade também era assim?". Claro que era! Ou talvez pior. Durante uns tempos tive até fama de "provocadora", porque gostava muito de andar de calções ou mini-saias! Éramos três amigas nessa altura. Nunca nos metemos em problemas nem tivemos comportamentos menos próprios para a nossa idade, afinal, os tempos eram outros (embora houvesse raparigas que o fizessem), simplesmente comportávamo-nos como três tontinhas. Mas divertíamo-nos muito. Foram bons tempos!

Hoje, tudo isso me é estranho. Tenho mais 15 anos. Sou uma mulher, sou mãe, sou adulta. Tenho outras responsabilidades e outra maturidade.

Mas, no fundo, continuo a ser eu...a mesma de sempre!