O Salto
E se, de repente, eu me atirasse ali para baixo, caísse na água, e me deixasse ir ao fundo?
Não, não estou com tendências suicidas!
Até porque tenho vertigens e, muito dificilmente, me conseguiria aproximar deste cenário!
Mas a verdade é que, por vezes, vivemos tão intensamente a nossa vida, sempre com uma imensidade de assuntos para gerir (e digerir), coisas inadiáveis para fazer, decisões para tomar...
Vivemos em modo de aceleração, e estamos tão habituados a esse ritmo que quase parecemos programados para ele.
Acontece que, em certos momentos, o cansaço surge de tal forma, que damos por nós a desejar um travão, um botão stop para carregar, um apagão momentâneo que nos permita desligar do mundo real, nem que seja por meros segundos.
E se realmente déssemos o salto? Se realmente nos desligássemos e estivéssemos a ir ao fundo?
Haveria alguém que nos puxasse para cima?...