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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pelas furnas da Ericeira

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No sábado fomos até à Ericeira.

O tempo ameno em Mafra fez-nos ir até lá dar uma volta mas, claro, como já seria de esperar, na Ericeira não estava tão ameno. Estava um ventinho fresco típico de Janeiro.

E também o mar estava a combinar.

Sou daquelas pessoas que tanto adora um mar calmo no verão, para entrar nele, como agitado no inverno, para apreciar.

Ainda por cima, com maré cheia.

 

 

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Já tinha saudades de ver as ondas rebentarem nas furnas, proporcionando um bonito espectáculo natural.

Havia muita gente por ali, não só a passear, mas também a fotografar, ou filmar este show.

As ondas iam alternando: ora quatro ou cinco fortes, ora um período de calmaria.

E, claro, elas não esperam nem posam para a câmara.

Ou se tem a sorte de as captar, ou se aprecia directamente.

Com muita "sorte" até somos brindados com os salpicos resultantes da rebentação.

Aliás, devia ser por isso que a atmosfera parecia meio nublada, esbranquiçada, apesar de não haver nevoeiro explícito.

 

 

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Fotografar ou apreciar?

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Documentar, ou viver?

Exibir, ou sentir?

Turistar, ou experienciar?

Será possível fazer ambas ao mesmo tempo? Ou uma implica, sempre, negligenciar a outra?

 

Eu sou daquelas pessoas que gosta de registar todos os momentos e, por isso, costumo ser a "fotógrafa de serviço".

Mas noto que, em algumas ocasiões, estou tão embrenhada em captar a imagem, que acabo por não viver o momento em si. E dou por mim a pensar que mais valia ter deixado a máquina de lado, e apreciar o que estava a acontecer à minha frente.

Não é que não o faça, mas não é a mesma coisa.

 

Mas será assim tão difícil juntar as duas coisas?

Depende...

Penso que, se tivermos realmente interesse, podemos consegui-lo.

Mas existirão momentos em que talvez tenhamos que optar porque, senão, algo se perderá pelo caminho, e a experiência não será a mesma. 

 

 

Constatações

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Nem toda a gente tem jeito para monólogos, nem para cativar os outros com eles.

Eu não sou apreciadora de monólogos, e isso ficou provado neste domingo, quando fomos ao teatro!

 

Há excepções, claro! De entre uma dezena de artistas, poderá haver (e houve) um que teve piada, que nos fez rir (afinal era uma comédia), e que poderia, bem feitas as coisas, ter interpretado todas as personagens da peça, com muito mais sucesso do que teve.

 

Mas, voltando um pouco atrás, num domingo em que o meu marido não queria ficar fechado em casa, o tempo não convidava a praia ou grandes passeios, e em que o nosso corpo, e a minha cabeça, pediam descanso, entre ficar uma eternidade na fila para assistir a uma recriação histórica no Convento de Mafra, ou ir ao teatro, onde podíamos estar sentadinhos, ver uma comédia, optámos pela segunda opção.

 

Só quando lá chegámos, percebemos que a comédia consistia em vários monólogos, das várias personagens. Tudo à volta de uma noiva que nunca aparece. Na primeira parte, há duas personagens que ainda nos fazem esboçar um sorriso, mas houve uma que quase nos fez dormir! Valeu a tal excepção, que fez jus à classificação da peça - comédia!

 

A segunda parte foi melhor, com mais momentos engraçados mas, claro, sem ninguém conseguir bater o tal artista que, desta vez, fez mais uma personagem, para animar o público. A destoar, só mesmo um senhor que foi ao palco, literalmente, debitar, o texto conforme o tinha decorado, a tentar não enganar-se numa única palavra, para não fazer má figura. Saiu-lhe o tiro pela culatra. Fez péssima figura.

Antes um engano, numa cena natural, que tanta perfeição, sem alma.

 

Como comédia, deixou muito a desejar, embora na parte crítica tenha cumprido o seu propósito. Teria ganho muito mais se houvesse interação entre as diversas personagens, ao invés de estarem a falar com pessoas imaginárias, ainda mais porque algumas das personagens tinham artista para as interpretar.

Mas, também, não se pode pedir muito, tendo em conta que o bilhete custou apenas 3 euros.