Quando realidade e sonho se misturam
Quem me manda a mim meter-me com quem não devo!
Parece que, afinal, a aranha dona daquelas teias não estava assim tão longe, e não gostou que eu andasse a tirar fotos à sua casa. Por isso, decidiu vingar-se.
Na sexta à noite, com uma enorme dor de cabeça, fui-me deitar. O meu marido estava na cama também, mas apenas com a luz do telemóvel.
Ao fim de algum tempo, abro os olhos, mexo um bocadinho o cobertor e começo a ver sair de lá de dentro uma aranha enorme, preta, quase tipo tarântula. Dou um salto na cama, a gritar que estava ali uma aranha e a chegar-me para o lado do meu marido, com o coração a mil à hora.
Mas, afinal, não havia aranha nenhuma! Tinha sido apenas um pesadelo!
O que não foi pesadelo foi a cobra que, no sábado de manhã, encontrámos no meio da estrada, perto da casa dos meus pais. Felizmente, era pequenina, e já estava morta (deve ter passado algum carro por cima).
Ficámos eu e a minha filha a olhar para ela, e um casal vizinho que estava no quintal. Dizia a mulher para o marido "Vai lá, João!". E o senhor lá foi, com a enxada que estava a utilizar na horta, confirmar o óbito, e chegá-la para a berma, colocando-a no meio das ervas.
O que me incomoda é que, de onde veio aquela, poderão vir mais, e anda por aí uma mãe cobra, essa sim, maior e mais perigosa.