Consulta de otorrino: a sala da tortura
Há cerca de um ano fui referenciada para consulta de otorrinolaringologia, na sequência das minhas queixas de dificuldade em respirar, e por conta do meu desvio do septo nasal.
Penso que a minha médica de família o fez com o propósito de eventual cirurgia.
No início deste ano, tive consulta telefónica (à falta de vaga para presencial) de 5 minutos, e ficaram de agendar consulta presencial, que tive na passada sexta-feira.
E digo-vos, se depender de mim, e se não houver algo que me faça morder a língua, nunca mais lá volto!
Depois de explicar/ realçar que eu não tenho necessariamente dificuldade em respirar pelo nariz, mas sim dificuldade geral, sempre acompanhada de cansaço, dor nas costas e muito sono, a médica acha que a causa do meu problema não é o desvio do septo.
Portanto, é ir vigiando para ver se os meus sintomas, a nível nasal, não se agravam, caso em que terei que lá voltar.
Também viu a garganta, mas pelos vistos está tudo bem.
Assim, a consulta centrou-se, basicamente, nos ouvidos.
Ora eu, já em tempos, fiz limpezas aos ouvidos, mas estou habituada ao método do jacto de água morna, usado pelo médido no hospital.
Nunca me tinha visto numa espécie de sala da tortura, com o ouvido a ser furado, e escarafunchado, a sangue frio.
É que nem umas gotas, para ajudar.
Entrei lá bem. Saí de lá com uma dor de ouvidos que não aguentava. Como se estivesse com otite.
E se calhar... A verdade é que a médica receitou umas gotas que, fui ver depois, era um antibiótico.
É que até poderia ver o lado positivo: ouvido limpo, melhor audição.
Nada disso. Continuo a ouvir como antes.
E um ou dois dias depois até parecia estar a querer entupir.
O que uma pessoa sofre.