Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

No fim-de-semana fomos conhecer o "Zé"

No passado sábado fomos assistir à peça "Zé - Desventuras de um Homem Mediano" e gostámos muito!

Destaco o actor Gonçalo Lello, no papel de Zé, e as actrizes Rita Figueiredo e Patrícia Adão Marques, pelas excelentes interpretações.

A peça está muito bem conseguida, mostrando uma situação cada vez mais frequente no nosso país, na actualidade - um homem que, de um momento para o outro, se vê desempregado e sem saber o que fazer à sua vida, que parece piorar de dia para dia.

Uma realidade que afecta tantos portugueses, e que pode um dia calhar à nossa porta, sempre num sentido crítico e com humor, mas passando, ainda assim, a mensagem.

No final, de facto, ficamos com mais dúvidas que certezas.

"Há sempre alguém que pode estar pior do que nós" - pode ser, e esse pode ser um bom motivo para sentir que ainda somos alguém, que ainda podemos ajudar alguém, que nem tudo está perdido e não tem que ser o fim.

Mas será que um gesto de bondade para com alguém que de nós precisa, ou uma acção podem, de facto, mudar-nos a sorte?

Por vezes sim, por vezes não. Se não tentarmos, nunca saberemos. Mas nem sempre existem finais felizes.

Qual terá sido o destino do Zé?! Ficará por conta da nossa imaginação!

 

 

Fiquei admirada por não podermos tirar fotografias. Afinal já assistimos a outras peças, de outros grupos de teatro, e nunca se opuseram. Não sei se será para não levantarmos a ponta do véu a quem ainda não assistiu à peça, ou por outro motivo qualquer. Ou se será um direito exclusivo para a imprensa, já que, após a estreia, apareceram fotografias tiradas por um jornal local. Ou se era uma questão de pedir uma prévia autorização, mas não estou a imaginar dezenas de pessoas a fazê-lo.

 

 

 

Também tive pena de, no final da peça, os actores e o encenador não terem vindo até cá fora falar com o público que os aplaudiu de pé, para os podermos felicitar pessoalmente.

É certo que a maioria saiu logo que a peça terminou, mas havia ainda alguns espectadores no auditório. Eu, inclusive, perguntei se, no final, os actores viriam cá fora e foi-me dito que, se pedissemos, à partida não haveria problema. 

No final, um deles ficou de ir chamar os restantes. Mas um dos actores saiu cheio de pressa, o outro muito discretamente, e os restantes nem os vimos. 

A única pessoa com quem conseguimos falar foi com a actriz Patrícia Adão Marques, e foi a ela que transmitimos o nosso agrado por esta peça que nos fez passar um serão diferente e divertido.

 

IMG_2597.JPG

IMG_2598.JPG

IMG_2599.JPG

IMG_2600.JPG

IMG_2601.JPG

IMG_2602.JPG

IMG_2603.JPG

IMG_2604.JPG

IMG_2605.JPG

 

 

Zé - Desventuras de Um Homem Mediano

 

 

Estreia já na próxima sexta-feira, em Mafra, a peça "Zé - Desventuras de Um Homem Mediano".

Uma comédia focada, precisamente, num homem que se habituou a viver na mediania até ser obrigado a não o fazer.

Neste novo espectáculo, o Grupo TEMA volta a focar-se em alguns conflitos quotidianos, mas de um ponto de vista radicalemente diferente da sua anterior peça "Procura-se Felicidade".

Não percam, este fim-de-semana, e no primeiro fim-de-semana de Junho!

 

O Grupo de Teatro TEMA apresenta

 

Estreia já no próximo dia 11 de Março, no Auditório Municipal Beatriz Costa, em Mafra, a peça Procura-se Delicidade, com o apoio da Câmara Municipal de Mafra.

Com actuações de Rui Santos e Rita Figueiredo, e texto e encenação de Lourenço Henriques, o grupo TEMA inicia assim o ano 2016 com a exibição desta peça.

Não percam!

O Segredo do Diamante

 

Se ainda não sabem o que vão fazer hoje à noite, aqui fica uma proposta para quem gosta de teatro e de umas boas risadas. Um programa diferente do habitual, em que podem juntar toda a família e vir divertir-se com esta comédia que nos traz hoje o grupo Van Bach, na sua estreia em Mafra!


"Olga, uma centenária surda, revela seu maior segredo antes de morrer. Um diamante que poderá salvar o futuro da família. A partir do momento em que é revelado o segredo, muitas confusões irão também começar...Os familiares que querem muito essa herança, um mordomo gay, e até uma jovem pateta que passa o tempo a trocadilhar, prometem animar a noite dos espectadores. " 

Com duração de 60 minutos, texto e encenação de Fernando Terra, e um elenco constituído por Cesaltina Pinto, Beto Fonseca, Edgar Silva, Sónia Cerveira, Silvina Anjos e Joana Azeiteiro, esta peça estreia hoje, em Mafra, no Auditório Beatriz Costa, e vai estar em cartaz este fim-de-semana - 19 e 20 de fevereiro, e no próximo - 26 e 27 de fevereiro, às 21 horas.

Indicação: Maiores de 12 anos
Bilhetes: 5 euros

 

Não percam a oportunidade, e venham assistir à peça!

 

À Conversa com o grupo VanBach - Arte e Teatro

 

Afirmam-se um grupo de jovens e adultos que se juntaram com o objetivo de dinamizar a cultura local através do teatro.

Em 2015, apresentaram a peça Oh! E Agora!?. Este mês, e depois de terem estado em várias localidades do concelho, estreiam em Mafra “O Segredo do Diamante”.

 

 

São os VanBach – Arte e Teatro, que aceitaram o convite, a quem agradeço desde já pela disponibilidade em participar na rubrica “À Conversa com…”, e que vêm hoje falar um pouco mais sobre este projecto.

 

 

Quem são os Van Bach?

O Van Bach é um grupo que, de facto, pretende dinamizar a cultura local através do teatro. Julgamos que, através deste, podemos não só mostrar publicamente uma das coisas que mais gostamos de fazer, como mostrar também que não são só os grandes artistas com anos de experiência e curso na área que podem “brincar” no mundo artístico. Este projeto é uma junção de muito amor à arte e de vontade de dinamização cultural no concelho (e não só dentro deste). Trabalhamos todos o mais arduamente que conseguimos para transportar o nosso público para um universo onde não há preocupações, só gargalhadas e boa disposição, nem que seja apenas por uma hora. E, tal como o nosso público, também nós nos divertimos imenso a montar todo este trabalho. É com muito orgulho que apresentamos um elenco com uma grande diversidade no que toca a idades que sempre se integrou muito bem. Somos uma família, uma família muito forte que rema toda na mesma direção!

 

 

Como é que nasceu este projeto?

Este projeto nasceu com a Academia de Atores, onde todos nós nos encontrávamos a ter aulas de teatro. Nada a nível de seguir com a peça da maneira que seguimos, era algo mais focado na oficina, que é igualmente (ou até mais) importante que a apresentação ao público. Com o fim da Academia, o fim da nossa união como turma seria de esperar - mas como nenhum de nós queria que tal acontecesse, procurámos novas opções e explorámos novos caminhos de modo a que conseguíssemos não só continuar a apresentar a nossa peça (na altura, Oh! E agora?!), como preparar novos trabalhos e, claro, continuar sempre a aprofundar a nossa técnica teatral. Com isto, surgiu a busca de locais onde pudéssemos expor o nosso trabalho ao público, e com esta busca surgiram novas oportunidades de espalhar a nossa mensagem ao maior número de pessoas possível. Se nos dissessem no início que a peça seria apresentada cerca de 15 vezes, nós não acreditávamos. Tudo se deve ao nosso trabalho e a todas as pessoas que nos ajudam “por detrás” das cortinas, às quais agradecemos eternamente todo o apoio prestado.

 

 

Consideram que o concelho de Mafra deveria investir mais na cultura, nomeadamente no teatro?

Não só Mafra mas como o país inteiro, deva-se dizer. Mas falando particularmente no caso de Mafra, é importante sublinhar uma situação: com a apresentação dos nossos espetáculos para breve num espaço cedido pela Câmara Municipal de Mafra, não podíamos estar mais gratos por toda a simpatia por estes prestada. A responsável pelos auditórios, Lídia Baptista, tem sido impecável no que toca a apoio e a tentar resolver todos os problemas e dúvidas que têm surgido. Sente-se uma tentativa por parte da Câmara de promover a arte no concelho. Por vezes o mais “complicado” é o público: uma grande percentagem do público que tentamos persuadir de modo a assistirem às apresentações acham que “o teatro não é para eles”, e tornam-se de tal modo inalcançáveis que nem nos dão uma oportunidade de lhes mostrar que, pelo menos as nossas peças, são feitas de maneira a que toda a gente se divirta.

 

 

Onde é que a associação está sediada? Onde decorrem normalmente os ensaios?

 

Para além da disponibilização por parte da Casa do Povo de Mafra para os nossos ensaios uma vez por semana, sentimos que, para bem da peça, revisões regulares são de grande importância. Com isto, tornam-se regulares as visitas ao armazéns do Beto ou a casa da Tina, dois dos sete atores antes referidos que disponibilizam o seu espaço pessoal para trabalhar mais intensivamente a peça, de modo a que, na apresentação, esteja tudo no lugar. É com esforço de todos os membros que estes encontros extraordinários se tornam regulares, uma vez que o objetivo comum é apresentar um trabalho digno que represente toda a nossa adoração pelo teatro.

 

 

Como foi a vossa estreia em palco? Podem-nos contar um pouco sobre essa experiência?

Como devem calcular, a estreia é sempre a maior mistura entre nervos, ansiedade e insegurança que um ator pode ter. Será que o público vai aderir? Será que vai perceber? Será que vai gostar? Todas essas questões vão sendo respondidas de diferente maneira de espetáculo para espetáculo, claro, todos os públicos são diferentes entre si, mas a estreia é sempre aquela coisa. Mas tecnicamente tivemos duas estreias: a estreia como turma em palco e a estreia como VanBach. Foram coisas totalmente diferentes, uma vez que a estreia de turma foi com um espetáculo de improviso, uma área na qual nos divertimos muito a trabalhar e esperamos aprofundar em futuros projetos, e a estreia do VanBach foi já com uma peça trabalhada e ensaiada. É muito complicado comparar as duas situações, porque, para além de ter sido com um espaço temporal ainda relativamente significativo, são dois tipos de espetáculo distintos. Mas em ambos foi notório o espírito de equipa e a paixão pelos palcos, que foi crescendo de dia para dia, de apresentação para apresentação. Deixámos o “medo” inicial e o receio de pisar o palco e passámos para o “nunca mais chega o dia da nossa próxima apresentação!”.

 

As vossas peças têm algum público específico?

Nas nossas peças pretendemos agradar a todos, como é óbvio, portanto a resposta será não. Todos se divertem nos nossos espetáculos, pelo menos é essa a ideia com que temos ficado: até as crianças, que por vezes não percebem o conteúdo de algumas piadas feitas, riem da maneira com que são ditas/trabalhadas. Tanto a nível humorístico como a nível de trabalho de ator, o feedback tem sido bastante bom.

 

 

Preferem peças mais viradas para a comédia ou para o drama?

Como é de se notar, temos trabalhado mais a comédia, devido à maior abrangência de público que envolve, mas pretendemos desenvolver trabalhos com influências mais dramáticas em próximos projetos. Enriquece o nosso conhecimento e estende a variedade de trabalhos que podemos apresentar publicamente.

 

A peça “O Segredo do Diamante” tem tido uma boa aderência por parte do público? Qual tem sido o feedback que têm recebido?

Até agora, e modéstia à parte, não podíamos estar mais felizes com o feedback recebido. Não só a nível de entretenimento, como já foi referido acima, mas também a nível profissional e de oficina, temos recebido feedback muito bom. O público que procura um momento de descontração diz que “superou o que estava à espera vindo de um grupo sem formação profissional”, os profissionais que vêm ver o espetáculo com um olho mais “crítico” (no sentido em que se focam mais nos aspetos formais da apresentação em palco, não tanto na diversão da peça em si), dizem que se surpreendem pelo nível de profissionalismo e coerência em palco que procuramos atingir. Esperamos que este feedback se mantenha e melhore se possível nas nossas futuras apresentações. O céu é o limite! J

 

Que ajuda mais precisam para poder dar continuidade a este projeto e levá-lo cada vez mais longe?

Precisamos de tudo um pouco: de manter e melhorar o trabalho atual, de explorar mais localidades para apresentar a nossa peça, de entidades que, por muito que venham a aumentar de projeto para projeto, nos apoiem das mais determinadas maneiras dentro das suas possibilidades e das suas áreas. Precisamos de, claro, público: de pessoas que acreditem no nosso trabalho, que venham ter connosco naquela horinha de espetáculo que nos levou dezenas de horas a preparar para que o dito público venha e sinta que valeu a pena sair do sofá e perder a novela do costume. Precisamos que a dinamização da cultura seja feita e bem recebida por entidades superiores, que nos apoiem na disponibilidade de salas, facilidades de calendarização, etc..

 

Depois de “O Segredo do Diamante”, que vai estrear em Mafra este mês, têm mais algumas peças agendadas para 2016?

Sim. Para além das apresentações em Mafra (dias 19, 20, 26 e 27 de fevereiro), ainda vamos ter duas apresentações na Malveira, dias 11 e 12 de Março. A partir daqui, continuará a busca por sítios que acolham o nosso projeto e que nos deixem espalhar a nossa mensagem. Sentimos que esta peça ainda agora começou, portanto queremos levá-la a muitos mais sítios e até tentar ultrapassar o número de apresentações da peça anterior. Para o futuro, esperamos certamente começar um novo projeto, e esperamos que na altura o nosso nome já seja reconhecido como “aqueles que vieram cá há uns tempos e que apresentaram uma coisa giríssima”!

 

 

Muito obrigada pela vossa disponibilidade e muito sucesso para a estreia! Sexta-feira, lá estaremos!

 

Podem saber mais em: 

https://www.facebook.com/vanbachteatro/