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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Estarão as escolas (realmente) preparadas para o regresso às aulas?

Início do ano letivo – Saiba com o que se preocupar - WPensar blog – Tudo  sobre Gestão Escolar

 

Na minha opinião, nem todas. Ou quase nenhumas.

Nem as escolas, nem os professores, nem os auxiliares, nem os pais, nem os alunos.

 

Penso que estamos todos com aquele pensamento optimista que é necessário, para transmitir que, apesar da pandemia, vai tudo correr bem. Que vai ser um ano em que, apesar de todas as regras e mudanças, se vai tentar levar as coisas com o mínimo de normalidade, para que não seja um ano perdido.

 

Mas, ao mesmo tempo, com muitas reservas e receios.

Com muitas dúvidas, se se conseguirá levar até ao fim este ano lectivo, nos moldes em que o pretendem.

 

Não existem funcionários suficientes.

É provável que não existam professores suficientes.

Em muitas escolas, os horários mantêm-se normais, e o número de alunos por turma, também. O que significa que pouco distanciamento vai haver.

As máscaras incomodam, desconcentram. A redução ou eliminação de intervalos, impede os estudantes de fazer uma pausa, para descontrair. O aumento do tempo de cada aula, satura. Juntem-se as três coisas, e parece-me que, em aula, vão prestar ainda menos atenção que num ano normal.

 

Em algumas escolas, querem proibir as idas à casa de banho nos intervalos, optando por fazê-lo durante o horário da aula. Portanto, interrupções constantes, enquanto se tenta ensinar a matéria, que não irão ajudar nem alunos, nem professores.

 

Em algumas escolas, querem que os alunos façam os seus lanches na sala de aula. Ou seja, nem aquele momento no bar podem ter. Nem privacidade para estar com quem querem, onde querem.

 

E em relação a Educação Física?

Como vai funcionar?

Já nem falo das aulas em si, mas até mesmo do funcionamento nos balneários, onde acabam por se juntar os alunos e, por vezes, mais do que uma turma.

 

Neste momento, é só isso que temos. Dúvidas, incertezas, receios. Não há muita informação e, a que há, vai chegando às prestações. Provavelmente, só se irá saber tudo no dia da apresentação.

E esperança é tudo o que podemos ter. Esperança de que não seja um ano perdido. Que se aprenda alguma coisa. Que compense. Que não seja apenas um capricho, uma teimosia desnecessária. Uma decisão tomada sem se pensar nas reais consequências e efeitos. Que não seja o "tapar o sol com a peneira", porque a isso foram obrigados.

Que, daqui a uns meses, não estejam todos a voltar a casa, e ao Ensino à Distância.

 

Só o tempo o dirá. 

E é já na próxima semana que terá início a "prova dos 9".

Que o resultado seja aquele que todos esperamos.

 

Boa sorte a todos, e um bom regresso às aulas!

 

Chegou Setembro

Setembro – O mês do regresso! – MaisOpinião

 

Chegou, num ápice, um daqueles meses que mais divide as pessoas: as que o adoram, e as que o detestam.

Chegou Setembro.

E, com ele, uma infinidade de dúvidas. De incertezas. De "ses".

 

Com a chegada de Setembro, chega também o outono.

O regresso ao trabalho da maioria de nós.

O regresso às aulas para os estudantes.

 

E tudo isso em cenário de pandemia, que está longe de nos deixar, e ameaça até voltar a trocar-nos as voltas.

Num país que não me parece disposto a recuar, face a um possível aumento de casos, parece-me que a solução será aprender a conviver com esse aumento, tentar fintar o vírus para que não nos bata à porta e esperar que a situação não descambe.

 

Há quem veja este mês como um recomeço.

Não me parece que vá ser um bom recomeço. Nem prevejo que as coisas se tornem mais fáceis daqui em diante.

Se, noutros anos, setembro já não me agradava, este ano, ainda menos me inspira.

Primeira semana de aulas: vamos a contas!

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Então, até agora, a primeira semana de aulas foi assim:

- Carregamento do cartão de aluno - €. 10,00 (já tiveram que comprar na papelaria folhas de teste)

- Aluguer do cacifo - €. 10,00

- Cadeado para o cacifo - €. 5,00

- Saco de desporto - €. 10,00 (só agora percebeu que não caberia tudo na mala)

- Máquina calculadora gráfica - a mais barata, sugerida pela professora - €. 80,00 (é só para o 2º período, mas é melhor ir já economizando)

 

 

Nem quero imaginar daqui para a frente!

Em contagem decrescente para o final do 9º ano...

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... e já a acusar o stress de tudo o que por aí vem!

 

  • Os testes finais, e o recuperar ou descambar, neste curtíssimo tempo de aulas que resta
  • Os exames, e as contas ao resultado necessário para não ter supresas no final do ano 
  • As aulas em tempo de férias
  • O baile de finalistas, e tudo o que ele implica: logística, tempo, ensaios de dança, organização
  • A escolha do curso, e as matrículas para a nova escola
  • A nova política dos manuais escolares
  • Uma nova escola, uma nova etapa

 

Sendo eu aversa a pressão e mudanças, já estou a sofrer por antecipação!

Greve pelo clima ou desculpa para faltar às aulas?

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Realiza-se hoje, a nível mundial, a greve estudantil pelo clima.

A intenção até pode ser boa, mas muitos dos estudantes estão mais interessados em servir-se dessa desculpa para faltar às aulas, e fazer um fim de semana prolongado!

Ainda que tenham sido já avisados que, quem não for às aulas, terá falta, e que esta será injustificada.

 

Há greves marcadas em meia centena de países. Todos se inspiram na adolescente sueca Greta Thunberg que, ao longo de várias sextas-feiras, fez greve às aulas para chamar a atenção para o problema das alterações climáticas.

 

Vi, numa reportagem, vários alunos a fazerem cartazes, a explicar os seus motivos para aderir a esta greve, a fundamentar a sua luta. Pelo menos, sabem argumentar, sabem o que estão a fazer.

Mas, outros tantos, se lhes perguntar porque fazem greve, nem sabem explicar bem, vão na onda, e aproveitam para não ter aulas.

Alguns colegas da minha filha, diziam que iam faltar para ir à praia. Ah e tal, vamos para a praia, e limpamos o lixo que lá houver. Será? Ou acabariam por fazer tudo menos isso?

 

Para mim, eu não lhe chamaria greve. Não faz sentido alunos fazerem greve às aulas, por algo que não tem nada a ver directamente com o ensino.

Acharia mais natural que optassem por um conjunto de iniciativas que, conjugadas com as próprias escolas e professores, poderiam alertar para a causa, e ajudar a proteger o ambiente.

Iniciativas organizadas, antecipadamente, e com objectivos bem definidos. Podemos, através de manifestações, exigir que o governo cumpra os acordos climáticos mas, antes disso, temos que começar nós, seres humanos, que tanto reclamamos daquilo que os outros não cumprem, a dar o exemplo, e a fazer a nossa ínfima parte.

É um tema que é dado em aula, e era uma boa oportunidade de o colocar em prática, em vez de ficar pela teoria.

 

Quantos destes alunos que hoje fazem greve, não são os mesmos que, amanhã, estão a deitar lixo ao chão, a poluir, a destruir o ambiente?

Estarão mesmo interessados em ajudar a causa, ou será mais uma boa desculpa para faltar às aulas?