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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pagar mais, por menos compras (em tempo de pandemia)

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Notei isso no mês passado, quando fiz as compras do mês.

Por comparação, houve muitas coisas que não comprei da última vez e, ainda assim, gastei mais do que o habitual. É um facto.

Mas esta constatação não basta para afirmar, automaticamente, que isto aconteceu porque o hipermercado onde vou fazer compras aumentou os preços dos seus produtos, aproveitando-se da época de pandemia que vivemos.

Não quer dizer que não o tenha feito, mas é preciso verificar, com alguma certeza, a que se deve esse valor a mais no final da conta.

 

Na minha opinião, e experiência pessoal (cada um terá a sua), existem pelo menos cinco factores a ter em conta:

1 - A inexistência dos produtos habituais - imaginando que comprava um determinado produto por um preço mas, não havendo esse, sou obrigada a levar outro, que é mais caro e isso irá refletir-se no valor total

2 - A inexistência de promoções - o facto de, actualmente, não haver promoções faz com que tenhamos que pagar o valor normal, o que vai sempre aumentar a conta, ainda que não tenha havido, propriamente, um aumento do preço do produto porque, fora das promoções, o preço seria o mesmo

3 - O aumento efectivo dos preços - que também os há, e não se pode negar, ainda que tenhamos que perceber se esse aumento ocorreu apenas agora, ou já vinha de outros meses 

4 - Comprar mais quantidades - o facto de comprarmos uma maior quantidade de um mesmo produto, com receio de que viesse a escassear, algo que não faríamos numa situação normal

5 - Menor orçamento familiar - o menor rendimento disponível que, eventualmente, possa dar a impressão de que ficamos com menos dinheiro depois das compras feitas, ou que não podemos trazer tudo porque o dinheiro que temos não é suficiente, e precisamos dele para o resto do mês

 

Ainda assim, numa breve comparação, entre os meses de Novembro, Fevereiro e Abril, e entre uma lista de cerca de 20 produtos exactamente iguais, houve 3 que aumentaram em Abril, 1 que baixou, e os restantes mantiveram os valores habituais.

Convém salientar que esta comparação, a ser feita, tem que ser em produtos iguais, e no mesmo hipermercado porque, como é óbvio, cada hipermercado pratica valores diferentes, tal como produtos de marcas diferentes, têm preços diferentes, e volumes ou quantidades diferentes, obrigam a custos diferentes.

 

Certamente que os hipermercados que já eram mais baratos, continuam a sê-lo e, numa época em que os rendimentos tendem a ser menores, acabam por compensar e obrigar as pessoas a ir ao mais barato.

Tal como produtos de marca branca continuarão a ter preços mais em conta, que os produtos de outras marcas tornando-se, cada vez mais, a melhor opção.

E, da mesma forma, mesmo entre hipermercados da mesma cadeia, em diferentes localidades, os preços variam, tal como em diferentes postos de comércio local, em diferentes regiões. Como tal, não se pode aceitar a experiência de uma determinada pessoa, como sendo a regra geral. 

 

No próximo sábado vou novamente fazer compras do mês e, aí, conseguirei ter uma melhor noção das divergências que possam haver nos preços, em relação ao mês passado.

 

E por aí, têm notado esse "aumento"?

Costumam comparar os preços dos produtos?

 

Do aumento do salário mínimo nacional

e como esse pouco muda as condições de vida dos portugueses

Resultado de imagem para salário mínimo nacional 2020

 

O Governo aprovou ontem a subida do salário mínimo nacional para 635 euros, a partir de 1 de janeiro de 2020.

A subida do salário mínimo vai abranger 720 mil trabalhadores e dará, aos mesmos, mais 31,15 euros líquidos, por mês.

Parece, apesar de pequena, uma boa conquista. Mas não o é.

Esse mesmo aumento acabará por se ver nulo, ou quase, com todos os outros aumentos, em tudo aquilo que consumimos: água, luz, gás, alimentação e por aí fora. 

 

É certo que, a esse salário de 635 euros, ainda teremos que retirar os descontos para a segurança social mas, como depois acresce o subsídio de refeição, vamos admitir que esses mais de 700 mil trabalhadores ficarão, a partir de Janeiro de 2020, com um ordenado líquido de 700 euros.

 

 

Pergunta hoje o Sapo: Acha que conseguia viver com este valor?

Há uns anos atrás, seria um bom ordenado! Hoje em dia? Nem por isso. Ora vejamos:

 

Para uma pessoa só

Renda de casa - uma média de 350/400 euros, dependendo do local 

Água - uma média de 25 euros

Luz - uma média de 25 euros

Gás - uma média de 25 euros

Alimentação/ casa - uma média de 200 euros

Só nestas despesas, já lá vão cerca de 625/ 675 euros. E sobra muito pouco para qualquer despesa extra em saúde, vestuário, condomínios (se for o caso), telemóvel, televisão/net, desporto e outras que possam surgir.

É possível, mas não há grande margem de manobra, ou para poupanças.

E ainda temos o transporte - a maioria das pessoas precisa de se deslocar diariamente para o trabalho, seja em transportes públicos ou em carro próprio, pelo que ainda há mais essa despesa.

E fica esgotado ou mesmo negativo o saldo.

 

 

Agora, imaginemos um casal, com filhos, a viver com 2 salários mínimos.

Provavelmente, a renda da casa será maior, tendo em conta que precisam de mais espaço - uma média de 400/ 500 euros

Água - uma média de 50 euros

Luz - uma média de 50 euros

Gás - uma média de 40 euros

Alimentação/ casa - uma média de 400 euros

Transporte - vai depender muito do local, do número de viagens, de quem precisa do mesmo e se é feito em viatura própria ou transporte público

Despesas extras e despesas escolares, para os filhos.

Continua a não sobrar muito, seja para poupar, seja para alguma eventualidade que surja.

 

 

Ou seja, não é impossível viver com este valor. Resta saber é em que condições, com direito a quê, e o que terá de abdicar para o conseguir.

E isto, só por si, já indica que deveria ser mais elevado, para que todos pudessem satisfazer as necessidades mínimas, sem andarem sempre a fazer contas à vida.

Imagem: www.dnoticias.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

Será que os pais se preocupam mesmo com a obesidade dos filhos?

 

Li num post do blog http://paranoias-de-mae.blogs.sapo.pt que, entre as 10 maiores preocupações dos pais em relação aos filhos, de acordo com um estudo efectuado pelo Hospital Pediátrico C.S. Mott, no Michigan, Estados Unidos, relativamente a 2015, a que ocupa o primeiro lugar, pelo segundo ano consecutivo, é a Obesidade Infantil!

 

Ora, a mim parece-me um pouco contraditório que, sendo esta a maior preocupação dos pais, exista uma taxa cada vez maior de obesidade infantil.

Parece-me contraditório que pais preocupados se deixem aliciar e vencer pela comida fast food, que ganha cada vez mais terreno.

Parece-me contraditório que, sendo essa a maior preocupação dos pais, se vejam cada vez mais crianças e jovens obesos, como aqueles que agora concorrem a programas como o Peso Pesado Teen.

Parece-me contraditório que, sendo a obesidade infantil a principal preocupação dos pais, seja preciso chegarem a um programa de televisão, para perceber que andaram anos a cometer erros; que seja preciso os filhos chegarem ao fundo do poço, para mudarem de atitude em relação aos seus hábitos alimentares.

 

Na minha opinião, pais realmente preocupados com a possibilidade de os seus filhos se tornarem crianças e jovens obesos, apostam na prevenção, apostam em bons hábitos alimentares desde cedo, apostam em actividades físicas que os façam ocupar a mente (e o estômago), gastar energias e queimar calorias, em vez de permitir que eles se sentem horas a fio, em frente a uma televisão, a comer sem parar, tentam conversar com os filhos e perceber as possíveis causas que possam estar a desencadear um apetite fora do normal. 

 

E, acima de tudo, pais preocupados com a obesidade infantil devem dar o exemplo! De nada adianta querer que os seus filhos se alimentem saudavelmente, se eles próprios não o fazem. De nada adianta querer que os seus filhos sejam activos, se eles próprios são sedentários. Os pais são sempre o melhor exemplo que os filhos podem ter, tanto para o bem como para o mal. 

 

Sobre o aborto - a utopia da legalização

 

 

Não sei por que se pensou que, legalizando o aborto, este diminuiria. 
A legalização só veio permitir que as mulheres façam "às claras", com maior segurança e a custo zero, aquilo que já antes faziam, às escondidas, sem condições e com custos elevados.
E a tendência para o número de abortos aumentar justifica-se - se antes muitas mulheres hesitavam e preferiam não abortar por medo das consequências (tanto físicas como legais) ou por não ter condições financeiras, com a legalização, esses medos e obstáculos desapareceram.
Quanto às consultas de aconselhamento e planeamento familiar para evitar recorrer ao aborto, é compreensível que não sejam frequentadas: a informação já a temos toda, já a sabemos "de cor e salteado", e os contraceptivos estão disponíveis mesmo sem se ir fisicamente à consulta. 
No entanto, apesar de tudo isso, continua a haver gravidezes não planeadas e indesejadas. Principalmente em tempos de crise. E é muito mais prático e económico abortar que ter um filho. É a pura verdade. 
Partindo deste princípio, e tendo em conta que o aborto é, para muitas mulheres uma espécie de método contraceptivo em última instância é normal que, cada vez mais, se corra o risco de o aborto se tornar um procedimento corriqueiro. 

 

Eu sou uma defensora do aborto, mas não como algo que se faça por sistema. Mas, a minha opinião e experiência, podem lê-la AQUI