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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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The Good Doctor: 7ª e última temporada

(the farewell season)

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Estreou, na passada quarta-feira, no AXN, a sétima e última temporada da série "The Good Doctor".

Não via a hora desse dia chegar mas, como sempre, é uma sensação agridoce porque, quando esta temporada acabar, não haverá mais.

Será a despedida de todas as personagens que deram vida a esta história, e que acompanhámos ao longo dos anos.

 

O primeiro episódio trouxe logo um dilema daqueles dificeis.

Dois bebés precisam de um coração. Só há um coração disponível. Qual dos bebés é mais elegível para receber o transplante? E como tomar uma decisão isenta e imparcial, quando um dos bebés é filho de um médico daquele hospital?

Depois, ainda que ultrapassada essa decisão médica, e achada uma solução razoável que favoreça ambos os bebés, cabe aos pais uma outra decisão: colocar o seu filho em relativo risco, para que ambos os bebés tenham uma hipótese de sobrevivência, ou não correr esse risco, salvando com segurança o seu filho, condenando o filho do outro casal.

 

Dilemas à parte, é também abordada a maternidade/ paternidade, por pais de "primeira viagem", com diferentes perspectivas e ideias concebidas sobre o que é melhor para o bebé e, por arrasto, para os pais.

Shaun, como seria de esperar, tem tudo planeado e controlado ao minuto, devendo Lea seguir o esquema à risca. Só que, para Lea, as coisas não funcionam assim, e o que ajuda um, acaba por prejudicar o outro. A Shaun, porque não consegue descansar de noite, e tem que ir trabalhar no dia seguinte. E a Lea que, estando em casa com o bebé em tempo integral, está exausta e a enlouquecer, sem poder respeitar os tempos ditados pelo próprio filho.

Conseguirão eles encontrar um meio termo? 

 

E, enquanto isso, estará Aaron disposto a esquecer o que aconteceu, e fazer as pazes com Shaun?

O bebé parece ser o "empurrão" perfeito para voltarem a ser uma família, apesar de Aaron ainda estar muito magoado, e insistir em manter a distância.

No entanto, os minutos finais deste primeiro episódio dão alguma esperança. 

 

Já Jordan, continua a ter que lidar com as consequências da decisão que tomou quando tentou salvar Daniel, indo contra a sua vontade de que não lhe fosse administrada qualquer droga.

Com Daniel longe, Lea a cuidar do bebé, Asher ocupado com o namorado, e Jared a condená-la e a não querer grande conversa com ela, Jordan sente que está a pagar um preço demasiado alto, pela sua atitude, e sozinha, mas de consciência tranquila, por ter salvado Daniel.

 

Hoje, chega o segundo episódio, dos 10 que nos reserva a última temporada.

E, à semelhança do que já aconteceu em temporadas anteriores, os criadores decidiram, mais uma vez, nesta temporada final, matar uma personagem muito importante da trama.

 

Quem por aí costuma ver a série?

Estreou a 6ª temporada de The Good Doctor

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Comecei a ver a terceira temporada da série The Good Doctor, que nem sabia que já tinha começado!

E começou bem, disso não há dúvidas.

O grande dilema da temporada vai ser Audrey lidar com alguém que, para todos os efeitos, lhe salvou a vida, mas a deixou paraplégica - Shaun.

A amizade parece não ter volta. Audrey está revoltada. 

Tudo parece ter sido uma decisão impulsiva, obstinada, de pura desobediência pelo que o Dr. Glassman tinha decidido, antes de deixar a cirurgia a cargo de Shaun, para salvar outra vida.

A questão é: o que teria acontecido se tivessem seguido o plano inicial? 

Pois... Não se sabe.

Mas, quem se vê inutilizado por mãos alheias, sente revolta, tende a ver as coisas pela perspectiva do que poderia ter sido, e culpar quem a deixou assim, e quem deixou que isso acontecesse, sem questionar essas decisões. Sem entender o seu lado.

 

Outra das novidades é a separação (de novo), de Morgan e Alex, que vão voltar às quezílias mas agora, em vez de em jeito competitivo, num modo, ressentido.

 

E, enquanto Shaun e Alex são promovidos, o hospital recebe novos médicos residentes, que ambos irão supervisionar.

No entanto, se um parece fazer as delícias de todos, a outra parece desafiar a "linha de comando" e arrisca-se a ser despedida no primeiro dia.

 

Vamos ver como se vai desenvolver esta temporada mas, para já, os três primeiros episódios estão aprovados!

 

 

The Good Doctor: a quinta temporada não me está a convencer

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O que é pena porque, até à quarta temporada, a série tinha vindo sempre a crescer.

Para variar, só descobri que esta quinta temporada já tinha estreado dois meses depois quando, por acaso, andava o meu marido a ver as gravações, me apareceu lá a série em primeiro plano.

Já tinha 5 episódios gravados, prontos a ver!

 

Nesta quinta temporada assistimos aos preparativos para o casamento de Lea e Shaun.

A primeira, à beira de um ataque de nervos para que tudo seja perfeito, mas a tentar disfarçar. O segundo, até entusiasmado, e a querer ajudar, mas sem stress. 

 

O Dr. Glassman talvez tenha percebido que já não precisa de proteger Shaun e, agora que voltou a ser um homem livre, talvez parta para outras paragens. Até porque o hospital foi vendido, e ele não está muito interessado nas novas políticas adoptadas.

 

Aliás, esse é um dos pontos focados nesta temporada: a compra do hospital e uma nova dona, com métodos e políticas algo peculiares, e nem sempre acertadas ou bem recebidas, já que se centram muito no lucro, e nos clientes que podem pagar por aqueles serviços.

Ao mesmo tempo que parece criar amizades com uns, e inimizades com outros, Salen mostra, por um lado, ser flexível em determinadas questões e, por outro, interesseira e oportunista, não deixando, no entanto, de ter razão em uma ou duas.

 

Uma dessas políticas é a implementação de máquinas onde os clientes e familiares podem clicar e deixar a sua opinião sobre os profissionais do hospital.

E a importância de obter uma boa ou má classificação nesses moldes.

Se, para uns, é indiferente, para outros, há que tentar sempre ser ter nota máxima. E há quem até interfira nas classificações.

 

Quanto a romances, temos a continuidade de Morgan e Park, e a de Audrey e Mateo que, agora, também está a trabalhar temporariamente no hospital.

No entanto, tanto o romance como o trabalho podem ser sol de pouca dura.

 

E, até agora, é basicamente isto.

Vistos os 5 episódios, a série parece ter feito uma pausa, sem data prevista para os próximos.

Vamos lá ver se o que ainda está por vir será melhor.

 

For Life - 2ª temporada, no AXN

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Mais uma série em que a nova temporada estreou há algum tempo, e só dei por isso há dias!

No final da temporada anterior, Aaron tinha ficado num impasse na sua vida. Mais um dilema para o qual não havia soluções perfeitas, nem satisfatórias.

Conseguiu dar a volta! E está livre. Apto para exercer advocacia. De volta à família, que desde sempre foi a sua força para lutar.

Mas...

 

Como se segue em frente?

Como segue em frente, um homem que viu a sua mulher trocá-lo pelo seu melhor amigo, quando achava que ele não sairia mais da cadeia e que, agora, o recebe de volta à casa que partilhou com o outro?

Como segue em frente, um homem que foi traído, de diversas formas, por aqueles que julgava serem os seus melhores amigos?

Como segue em frente, um homem que perdeu o crescimento da filha, o nascimento do neto?

Como segue em frente, um homem que vê tantos inocentes ficarem para trás, presos nas teias de uma justiça inexistente?

 

Como se supera?

Como se supera a desconfiança, o instinto de sobrevivência na cadeia?

Como se superam os sons, o espaço?

Como se superam os hábitos adquiridos dentro de um estabelecimento prisional?

Como se supera o receio de ser preso novamente, de uma nova acusação falsa?

 

Como se reintegra alguém que passou nove anos numa prisão?

Como se reintregra alguém, que parece ter deixado de ter lugar na sociedade, por conta da sua ausência prolongada?

Como se reintegra alguém, que tem os seus movimentos limitados, as suas acções condicionadas?

Como se reintegra alguém que, ainda que inocente, será sempre rotulado como ex-presidiário?

 

Como se recupera o tempo perdido?

Como se recupera a confiança?

Como se recomeça uma relação?

 

É nesses obstáculos e desafios que se vai centrar a segunda temporada que, num dos episódios, aborda a pandemia do ponto de vista das prisões, dos prisioneiros, dos guardas e chefias. Ocultação de casos, silêncio, seres humanos deixados para morrer como animais. Falta de guardas, excesso de lotação, libertação de detidos por crimes não violentos.

 

Será que, ao contrário do que Aaron Wallace esperaria, a verdadeira luta ainda está agora a começar?

 

 

 

 

 

Estreou a 4ª temporada de The Good Doctor

e os dois primeiros episódios foram dedicados à Covid-19

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Sim, ando alguns meses atrasada!

A verdade é que a 4ª temporada da série The Good Doctor já estreou em Novembro, no AXN.

Mas só este fim de semana, e por mero acaso, enquanto me preparava para ver uma outra série (também ela descoberta com atraso), é que me apercebi que já tinha cerca de 8 episódios desta nova temporada gravados! 

 

E não poderia ter começado da melhor forma, com os dois primeiros episódios a abordar a pandemia que vivemos na vida real - a Covid-19.

Sim, já estamos fartos da pandemia. A nossa vida já está toda virada do avesso por conta dela. Já temos o suficiente, para ainda termos que levar com ela na ficção.

Mas, talvez através da ficção, algumas pessoas tomem outra consciência do que a pandemia provoca, não só a quem está deste lado, mas também através dos médicos e enfermeiros que estão do lado de lá.

 

Esta foi a primeira produção de ficção que vejo a abordar o tema. Não sei se já existem outras.

Na série, a pandemia parece ultrapassada (ou pelo menos controlada), ao fim de menos de 20 semanas.  Infelizmente, a realidade é muito diferente, e já devemos ter passado as 52 semanas, sem previsões de melhorias.

Apesar das várias medidas implementadas naquele hospital, pareceu-me que, ainda assim, andava tudo ainda relativamente descontraído, até mesmo em questões simples como o uso da máscara que, em vários momentos, tiravam para falar com os familiares dos doentes. Não me parece que a realidade seja assim.

 

Foram apenas dois episódios. Que bastaram para passar a mensagem, e deixar o apoio e apelo ao respeito por todos os profissionais de saúde, e outros que se mantêm a zelar para que os restantes possam ficar protegidos.

Vemos a facilidade com que um simples gesto, do dia a dia, pode contribuir para disseminar o vírus. O desconhecimento sobre a doença, ao início, e a facilidade com que se fazem falsos diagnósticos e triagem, podendo colocar outras pessoas em perigo.

Vemos o receio, a impotência. O stress pela distância dos que amamos, para sua protecção. O stress pela proximidade forçada a que as pessoas não estavam habituadas, e os estragos que podem fazer nas relações.

Vemos pacientes ligados a ventiladores. Quase sempre, precedidos da morte. A despedida das famílias por telemóvel.

Pessoas que, aliadas à Covid-19, têm outras doenças que complicam todo o quadro, e a recuperação.

Mas também vemos doentes que recuperam, que se salvam, que saem do hospital, sob aplausos que celebram a vitória sobre o vírus.

Vemos esperança!

 

A série questiona "How do you heal a world turned upside down?", ou seja, como curamos um mundo virado do avesso?

Fazendo a nossa parte. E deixando os outros fazerem a sua parte. Penso que ainda estamos a aprender, a cada dia, como fazê-lo. 

E, tal como um médico não desiste de tentar tudo o que for possível para curar um paciente, ainda que o resultado, no fim, seja a sua morte, também nós não podemos desistir de tentar "curar" este nosso mundo, que neste momento está de pernas para o ar, a piorar em vez de melhorar, mas que sem a nossa luta, provavelmente, nunca se restabelecerá.

 

Voltando à série, e ultrapassando a pandemia, vamos continuar a ter tudo aquilo a que mesma já nos habitou: ultrapassar o passado, lidar com o presente, manter a pensamento positivo, e fazer a vida valer a pena.

Com decisões difíceis de tomar, novos membros na equipa para ajudar, e para ser ajudados, e as mesmas "disputas" de sempre entre os mais antigos.

Com inseguranças, com aceitação, com escolhas.

 

E, para quem, como eu, ficou chateada com a morte de Neil Melendez, ele vai aparecer no início desta temporada, em modo "fantasma", para uma despedida a sério, de todos nós, e de Claire!