Como passar de bestial a besta num passe de mágica!
É impressionante como, durante anos, os/as ex companheiros/as foram excelentes maridos/ mulheres, pais/ mães excepcionais, pessoas dedicadas, amorosas, carinhosas, enfim, o sonho de qualquer mulher/ homem.
E de repente, de um dia para o outro, as mesmas pessoas que antes teceram rasgados elogios, proferem agora duras críticas contra os/ as seus/ suas parceiros/ as.
Não digo que as pessoas não mudem com o tempo ou que, pelo contrário, sempre tenham sido assim. Mas, em primeiro lugar, não há necessidade de informar toda a sociedade de algo que só diz respeito aos envolvidos. Mais ainda quando existem filhos. Em segundo lugar, se alguém mudou e, com isso, originou a separação, o problema foi resolvido com a separação. Se, pelo contrário, a pessoa sempre foi assim, porque é que só ao fim de vários anos, quando se separam, falam nisso? E porque é que, a ser assim, estiveram tanto tempo juntos?
Isto tudo vem a propósito das novas declarações (ainda duram) de Manuel Maria Carrilho sobre Bárbara, depois do divórcio:
“A Bárbara (Guimarães) não sabe o que é educar. Para ela, educar é não haver limites. Tudo deve ser permitido, porque o que interessa é que eles gritem, se exprimam, saltem, berrem. Tudo deve ser natural. É aquilo a que chamo ‘o culto estúpido da espontaneidade’. Eu acho que não, que as crianças devem ser educadas no culto inteligente dos valores, e aprender a respeitar. A Bárbara não faz a mais pequena ideia do que é a educação, nunca fez”.
Será que só agora é que ele se preocupou com a educação dos filhos?! Talvez!
É típico de alguns pais, depois da separação, armarem-se em pais presentes, preocupados, zelosos, amigos e companheiros. Para "ficar bem na fotografia", tentar "ganhar" mais amor dos filhos ou, simplesmente, colocá-los contra o outro progenitor.
Por isso, não é de admirar que Carrilho se tenha até "deixado convencer a ir ao McDonald’s, que é uma coisa que o filho só tinha conseguido fazer uma vez, no Dia do Pai”!
Mas, no final de contas, quem fica a ganhar são as crianças! Ou talvez não...
E, entretanto, enquanto vão reduzindo pessoas bestiais em bestas, transformam-se as bestas em pessoas bestiais, assim...num passe de mágica!