A estreia de mais um The Voice Portugal
"A edição de todas as surpresas", como lhe chamam começou com a não tão grande surpresa que é a estreia de dois novos mentores: Diogo Piçarra e António Zambujo.
E é já por eles que vou começar.
Diogo Piçarra - não sei se foi por lhe ter calhado a cadeira do Mickael, ou se foi uma transmissão de vícios do tempo em que trabalharam juntos, numa outra edição, mas lá estava o já habitual carregar no botão com o pé, à Mickael!
António Zambujo - foi impressão minha, ou parecia que era um educador no Jardim de Infância? Ele era "Joana come a papa...", ele era "Sebastião come tudo...", e até mesmo a forma de falar com os concorrentes, como se fossem criancinhas. Não gostei. Volta, Anselmo Ralph! Por outro lado, pareceu-me que ele está a procurar alguém com um estilo muito semelhante ao seu, o que nem sempre será fácil.
Aurea e Marisa, são aquilo a que já nos habituaram, tal como a Catarina e o Vasco, sem novidades (à excepção do corte de cabelo radical da Aurea que, palpita-me, outra etapa do programa já estará maior)!
Poupem-me certos comentários
Não é que não estejamos já habituados à conversa da treta mas, que t6al começarem a ser honestos, para variar?
É que vem um concorrente e não vira cadeiras porque "ah e tal, os nervos atrapalharam, desafinaste, não estavas no teu melhor...". A seguir vem outro e vira cadeiras, com os mentores a dizerem "desafinaste um pouco, é dos nervos, é normal, mas vem para a minha equipa...".
A participação de bandas
Em outras edições, tivemos duetos e trios a concorrer. Desta vez, a supresa é a participação de bandas.
E estou curiosa para ver como é que os mentores vão fazer a escolha entre um concorrente sozinho, e uma banda, por exemplo, nas batalhas.
Será um duelo justo?
Sendo o programa "A Voz de Portugal", o que/ quem vão avaliar na banda? Apenas o vocalista?
Prova cega cheia de talento e muita interacção com os mentores
Esta foi a primeira prova cega, e não podia ter começado da melhor forma, com a maior parte dos concorrentes a mostrarem grande talento.
A Marisa, que é sempre tão selectiva, já tem 5 concorrentes na sua equipa, só nesta prova cega.
Houve ainda tempo para alguns candidatos mostrarem originais seus.
Para além disso, foram vários os momentos em que os mentores subiram ao palco para cantar com os concorrentes.
Deolinda Kinzimba só há uma
Mas confesso que, quando vi as imagens a primeira vez, achei que era uma segunda Deolinda que ia participar!
A mim, pareceu-me que tem que se controlar um pouco, mas compreendo que aquela música e mensagem lhe digam muito, e que ela tivesse que explodir e mandar tudo cá para fora, sabendo aquilo por que passou.
Menos é mais
A Vânia deu tudo o que tinha, e o que não tinha!
E, para mim, deu até demais. Para quê tudo aquilo? Pareceu-me exagerado, muitas vezes a incomodar com tanto grito e malabarismos, como se o mundo fosse acabar e ela tivesse que mostrar tudo aquilo que sabe fazer, numa única música.
E daqui em diante, terá algo de novo para mostrar? Ou já esgotou o stock?
O "Rei dos Anjos"
O Wesley conseguiu fazer-me gostar de ouvir uma música que, ouvindo noutro sítio qualquer, teria desligado de imediato.
A grande surpresa para mim
A Joana tem um talento natural, toca e canta, tem personalidade, boa voz, e mostra confiança. E só tem 15 anos!
A "cunha" que era escusada
Canta bem, chegou e convenceu, embora também não tenha achado que seja o "fenómeno" que apregoaram.
Ainda assim, tem mérito que chegue para se valer por si próprio. Era escusado estar a mencionar o irmão Enoque.
Destaque ainda para o Sebastião que, lá está, provou que menos é mais, de uma forma que ele nem teve noção!
E para o Vasco que, mesmo não tendo passado, me emocionou!
Imagens: The Voice Portugal