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Tomar decisões ou agir pelos motivos, e/ou com objectivos errados nem sempre leva ao resultado que esperamos.
Fazêmo-lo, achando que é uma porta aberta para a felicidade, para a realização pessoal ou profissional, para preencher o vazio que se instalou em nós mas, por vezes, essa felicidade é passageira. E depressa lhe sucede uma tristeza, uma sensação de vazio ainda maior, mal passamos a porta.
Muitas vezes, gera mesmo frustração.
Há quem faça as coisas em busca de reconhecimento. E se ele não vem? Ou não vem na medida em que se imaginou?
Há quem faça as coisas à espera de um retorno, que pode tardar, ou nunca chegar.
Há quem aja para afogar as mágoas, para fintar a tristeza. Mas, e se as nossas acções tiverem um efeito inverso, e ainda pior?
Há quem tome decisões no calor do momento, por impulso, baseadas na raiva, na dor. Mas, serão as mais correctas? Não nos iremos arrepender depois, quando a "poeira" assentar?
Fazemos as coisas porque realmente queremos? Ou para agradar alguém?
Porque nos satisfaz, ou porque queremos daí tirar vantagens?
Porque é algo que nos dá prazer, ou porque é aquilo que se espera de nós?
Quantas vezes não nos enganamos com a ilusão de que são honestos os motivos e objectivos pelos quais agimos mas, ainda que inconscientemente, não são os certos, e podem não resultar da forma como imaginámos.
E, ainda que resultem, deveriam ter outra base, que não aquela em que nos apoiámos.
Aquela do dia, que eles têm na panela (agora já embalam nas caixas de plástico e colocam à venda já etiquetadas, para quem não quiser estar a perder tempo na fila), têm todas a mesma base, só mudando o ingrediente extra, que dará o nome à sopa!
Chego à conclusão que, ou quem cozinha estas sopas não percebe nada de culinária, ou então é uma forma inovadora de apresentar as tradicionais sopas.
Por exemplo:
Sopa de feijão verde - base de creme de cenoura, com feijão verde
Creme de cenoura - base de creme de cenoura com quadradinhos de cenoura e batata
Caldo verde, Sopa de agrião, Sopa de espinafres, Sopa de nabiças - base de creme de cenoura com as respectivas hortaliças
Sopa de feijão encarnado - base de creme de cenoura com feijão encarnado
Perceberam a ideia?
Será só aqui na zona, ou será geral?
Já agora, uma sopa bem recheada não significa que tenham que colocar os legumes quase inteiros para ocupar espaço, mais fazendo parecer "ração para porcos" (sem ofensa aos ditos animais) do que para humanos.
Mas desenganem-se se isto só acontece nestas superfícies comerciais.
Num dos restaurantes mais procurados da zona, para capitalistas, também há algumas pérolas, neste caso, à base de tomate.
Comprei lá algumas vezes canja para a minha filha, e foi a primeira vez que encontrei na mesma pedaços de tomate e cenoura.
Já o meu marido, num dia em que comprou sopa de peixe, encontrou uma sopa de tomate com peixe lá dentro.
Como é que faço somas e subtracções de potências (de números fraccionários) diferentes, e expoentes diferentes, sendo que os expoentes são maiores que 100?
É que já andei a ver as regras todas, e todos os livros dizem o mesmo - nas adições e subtracções de potências, não há regras, resolve-se as potências, e depois somam-se os resultados.
Mas como é que ou vou somar, por exemplo, 1/3 elevado a 600 + 3/1 elevado a 602? É suposto multiplicar 600 vezes 1/3 x 1/3 x1/3... e somar esse resultado, com o resultante da outra potência? Deve haver algum truque, que me está a escapar.
Todos sabemos que a confiança é a base de tudo. Um dos pilares que sustenta a nossa vida, as nossas relações, que torna possível e mais fácil a nossa convivência em sociedade.
Se nos tiram esse pilar, perdemos o equilíbrio, não temos onde nos apoiar e ficamos sem rumo, desnorteados, sem saber como construir um novo pilar e recuperar a base que nos sustenta.
Por isso, é importante confiar, sim! Mas em quem?
Como vamos confiar na nossa justiça, se a nossa justiça defende e solta criminosos, e acusa e prende inocentes?
Como vamos confiar no nosso governo e nos nossos políticos, se aqueles que criam as leis, os impostos e as obrigações, são os primeiros a não cumpri-las, a fugir, a fazer-se de desentendidos ou desconhecedores, a não serem punidos por isso?
Como vamos confiar na nossa polícia quando, muitas vezes, são os próprios polícias os criminosos? Como vamos confiar nos inspectores para desvendarem crimes quando são eles próprios cabecilhas de esquemas de rapto, extorsão e sabe-se lá mais o quê?
Como vamos confiar nas entidades patronais se "quando o barco afunda" são os primeiros a saltar fora e a nos deixar entregues aos tubarões?
Como confiar nos bancos e naqueles que os gerem, se até os bancos mais seguros caem, e as pessoas correm o risco de ficar sem o seu dinheiro?
Como acreditar na seriedade das pessoas, se cada vez mais percebemos que muitas delas são corruptas?
Como vamos confiar nos amigos se, à primeira oportunidade, nos atraiçoam?
E poderia dar muitos mais exemplos.
Há quem diga que não podemos julgar o todo pela parte. É verdade. Mas não me venham dizer essas transgressões, em que apenas uma minoria envolvida em polémica, não afectam a credibilidade da restante parte.
É certo que não podemos viver eternamente com desconfiança. Mas parece-me que é assim que a maioria de nós, portugueses (e provavelmente por esse mundo fora também), nos sentimos actualmente. Sem confiança naqueles que deveriam tê-la, e fazer por merecê-la. Porque já um dia confiámos, e pagámos bem caro por isso.
Será um trabalho árduo para todos recuperar essa confiança perdida, acabar com a "desesperança" que parece ter vindo para ficar. Neste momento, as pessoas quase só confiam em si próprias, e mesmo assim...