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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Por vezes, conversar é como caminhar sobre um campo minado

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“Ela queria discutir com todas as forças, mas isso roubar-lhe-ia ainda mais energia.

Para o caso de não te teres apercebido, estou cansada. Teria gastado mais tempo a discutir contigo, do que a que tenho para gastar.”, do romance “Não É Bem Meu”.

 

 

Por vezes, estamos tão cansados que se torna difícil manter uma conversa com alguém, sobretudo quando meras conversas banais, tendem a tornar-se verdadeiras batalhas pela defesa de cada um dos pontos de vista.

Nem sempre é preciso levar uma conversa ao limite, espremê-la até se conseguir tirar o sumo todo, debater o assunto como se a nossa vida dependesse disso. Há conversas que, pelo contrário, devem ser leves, descontraídas.

E nem sempre uma opinião diferente significa contrariar o que o outro diz ou pensa. São apenas opiniões, cada um é livre de ter a sua. Não precisamos de enveredar por um "braço de ferro", em que só pode haver um vencedor, e um vencido.

 

Quando se começa a dissecar cada conversa que se tem, perdemos a vontade de conversar, porque isso exige-nos uma energia que não temos para gastar, um esforço que não temos vontade de empreender, em algo que não faz sentido.

Assim, deixamos de conversar, de nos manifestar, de dar opiniões, optando pelo silêncio, ou pela concordância com o que a outra parte diz. 

 

Por outro lado, quando se entra por esse caminho, o que acontece é que nos sentimos a caminhar sobre um campo minado. Sabemos que temos que ter cuidado onde pisamos, que a caminhada até pode decorrer sem incidentes mas que, qualquer passo em falso, pode fazer explodir uma mina e atingir-nos. Qualquer frase ou palavra pode tornar-se uma armadilha a ser usada contra nós. 

Como tal, deixamos de querer entrar em qualquer campo que seja, preferindo ficar quietos, para não correr perigo de activar o explosivo.

 

 

 

 

 

A verdade compensa sempre?

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No outro dia estivemos a ver um filme "A Força da Verdade", em que um neuropatologista forense descobre o que está por detrás da morte dos jogadores de futebol americano - uma doença cerebral degenerativa provocada por constantes lesões na cabeça, em campo.

O problema é que essa é uma verdade que não convém a ninguém ser descoberta, e muito menos exposta, colocando em causa o desporto mais amado pelos americanos, e que move milhões.

Ainda assim, o Dr. Bennet Omalu está disposto a ir até ao fim, e às últimas consequências, para evitar que mais mortes venham a acontecer. Só que isso implica chocar de frente com os maiores interessados, e com gente poderosa capaz de tudo, para o silenciar.

Assim como este caso, existem muitas outras verdades que convém a determinados grupos, pessoas e entidades manter escondidas a todo o custo.

No caso do Dr. Bennet, ele perdeu o trabalho, perdeu o filho, e foi obrigado a mudar de cidade, sob pena de ser expatriado de novo para a Nigéria. Para outros, a verdade tem um preço mais elevado.

 

E foi aí que surgiu a minha questão: até que ponto vale a pena, até que ponto compensa trazer à luz a verdade? 

Até que ponto estamos dispostos a ir, em nome da verdade?

Até que ponto a verdade vale mais que a própria vida, ou a daqueles que nos são próximos?

Até que ponto conseguirão os mais fracos, ganhar uma batalha contra os poderosos?

 

Penso que, por vezes, é preferível ficar com a verdade só para nós. Por vezes, há batalhas nas quais não valerá a pena entrar. Que faremos nós com uma verdade que não interessa a mais ninguém, que dali a dois dias será esquecida, que nos tira tudo aquilo que temos?

O que faremos com essa verdade, quando não nos sobrar mais nada?  

Estratégias para andar de carro

 

Nunca pensei que, algum dia, teria que encontrar algumas estratégias para conseguir andar de carro de forma minimamente descontraída.

Mas é isso que eu tenho feito.

Desde que comecei a andar de carro (sempre ao lado do condutor ou atrás) e até agora, nunca me preocupei com nada. Era algo perfeitamente normal e natural.

Depois do acidente, cada vez que vamos a algum lado de carro, sinto que vou entrar num campo de batalha - a estrada - da qual não sei se sairei ilesa ou não.

Estou sempre atenta, a olhar para todos os lados, a ver se alguma bala é disparada, e de que lado virá. E o pior é que, mesmo que não venha, às vezes parece que isso vai acontecer. Pura ilusão de óptica mas, ainda assim, assusta.

Por isso, uma das minhas estratégias é levar o GPS na mão - enquanto estou entretida a ver a rota, onde temos que virar e quantos quilómetros faltam, não olho para a estrada.  A outra é, sempre que um carro vai ao nosso lado, ou a chegar-se para o nosso lado (normalmente em auto estradas), olhar em frente, para não me assustar com a tal ilusão óptica. 

Umas vezes resulta, outras nem por isso. Porque, por mais que tente, e que em determinados momentos vá distraída, a apreciar a paisagem ou a música, há sempre outros em que o meu subconsciente me impele a olhar para a estrada.

Podia fazer como quem viaja de avião: tomar alguma coisa para dormir e só acordar à chegada ao destino. Mas, e se acontecesse alguma coisa enquanto eu dormia, e eu nem desse por nada? Não, quero estar de olhos bem abertos, para o bem ou para o mal.

E é a única forma de superar o medo, e esta paranoia que me anda a dominar. Até porque o perigo pode estar em qualquer lado e em qualquer lugar. É verdade!

Mas foi na estrada que eu me deparei com ele...

 

Para desanuviar...a história do piolhinho!

Deve ter sido mais ou menos isto que aconteceu à Inês!
 

 
Ptimeiro, sente-se muita comichão na cabeça...

 
Depois, entra-se em acção à pesca do piolho...
 
E aqui está ele!
   

 
E tudo isto aconteceu porque, num certo dia, um ovinho de piolho foi depositado no seu cabelo. Nessa altura esse ovito media apenas 0,8 mm.
Os dias foram passando e, entre o 6º e o 7º dia, a pequena lêndia eclodiu do ovo.
A partir daí:
- Entre o 8º e o 9º dia formou-se a primeira ninfa com 1,5 mm, entre o 11º e o 12º dia formou-se a segunda ninfa com 1,75 mm e entre o 16º e o 17º dia formou-se a terceira ninfa com 2,00 mm.
Agora sim, já no estado adulto, entre o 17º e o 18º dia, o piolho inicia o acasalamento.
Entre o 18º e o 19º dia, a fêmea deposita os seus primeiros ovos (normalmente um ou dois dias depois do acasalamento).
A partir daí deposita 4 a 8 ovos por dia, durante os 16 dias seguintes.
Ou seja, se não estivermos atentos, quando damos por isso temos uma autêntica manifestação piolhosa na nossa cabeça.
E é melhor nos prepararmos para a batalha contra este poderoso exército!
Temos que nos munir de muita persistência, dedicação, paciência e confiança numa vitória mas, com o nosso esforço e as armas poderosas que nos oferecem para a batalha, haverá de certeza um final feliz, para o nosso cabelo, claro!