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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Big Brother Desafio Final: a vitória histórica de Bruna Gomes!

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E foi histórica porquê?

Porque foi, pela primeira vez, uma brasileira a vencer.

Algo que, para muitos, era inadmissível. Porque, em Portugal, a vitória deve ser dada aos portugueses. Até porque, no Brasil, nunca daria a vitória a um português.

Portanto, esta vitória foi uma "bofetada" para todos aqueles que tinham este pensamento.

 

 

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Porque, creio, foi a vencedora que obteve maior percentagem de votos.

Apesar de todas as sondagens a apontarem à vitória. E de ter sido sempre a preferida dos internautas, com grandes percentagens, e diferença, relativamente aos restantes, nunca se esperaria que arrecadasse 91% de votos.

E foi uma bofetada até mesmo para alguns colegas de casa, que achavam que seria ela, mas torciam por um concorrente que nem deveria estar na final.

 

 

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Porque, pela primeira vez, com a vitória dela, houve um casal vencedor, em duas edições seguidas.

Já aconteceu haver concorrentes que participaram em edições seguidas, e se tornaram vencedores, mas esta vitória da Bruna foi uma vitória também do casal Bruna/ Bernardo, já que o namorado tinha vencido a edição anterior.

 

 

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Porque venceu uma pessoa que, realmente, merecia, por tudo o que ela é!

A Bruna foi muito criticada por ter entrado novamente.

Disseram que ia com muita sede ao pote.

Condenaram-na, por ter deixado o namorado cá fora e voltar para dentro de casa.

Porque ele já era o prémio.

Porque ele tinha dinheiro, e ela não precisava disso.

Depois, acabaram por perceber e elogiá-la (lá está, a bipolaridade das pessoas).

A Bruna é a Bruna.

Ela quis ir à luta por ela.

Ela tinha os seus objectivos, e lutou para os alcançar.

E, com isso, inspirou muita gente!

 

Aliás, ela inspirou de várias formas:

Mostrou que se pode dar opinião sem atacar nem ferir ninguém

Mostrou que vale sempre a pena arriscar e que, por vezes, é preciso mesmo sair da zona de conforto

Mostrou que a amizade é mais importante que qualquer jogo

Mostrou que não é mau ter fragilidades, e mostrá-las, desde que se saiba lidar com elas e ultrapassá-las

Ela falou quando tinha que falar, fez silêncio quando não tinha nada a acrescentar

Mostrou que, independentemente das críticas negativas (que doem e provocam tristeza em quem as ouve), não se deve deixar de seguir aquilo que se quer

É uma menina/ mulher divertida, sempre pronta para a brincadeira

Mostrou que não é preciso arranjar conflitos e discussões, planear grandes estratégias, ou inventar grandes teatros

Tem uma grande educação, inteligência, bons valores e princípios

Mostrou que a independência não tem preço, e que é importante lutar por ela

 

Se foi uma vitória real, ou entregue pela produção?

Não quero saber.

Para mim, foi mais do que justa! 

E acredito que para muitos portugueses, a julgar pelo carinho com que a receberam em estúdio, e fora dele, também 

 

 

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PARABÉNS, BRUNA!

 

Imagens: Big Brother TVI e Flash

 

BB Famosos: a estreia!

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Sobre o BB Famosos, e os seus concorrentes que, de famosos, pouco têm:
 
Bruno de Carvalho - deu-me tanto sono que ia adormecendo a ouvi-lo falar
 
Marta Gil - veio com tanta pica que mais parecia a Ana Barbosa no primeiro dia, e já me estava a dar vontade de a mandar calar
 
Kasha - o mais porreiro até aqui, parecia que já vinha meio "ganzado", mas é na boa - peace & love
 
Mário Jardel - há ali qualquer coisa que não bate, e ele que pare lá com a história do respeito
 
Laura Galvão - o drama (já faltava), mais uma vez a fazer lembrar a Ana Barbosa (até nas expressões faciais)
 
Leandro - e a Cristina que não convidasse (e privilegiasse) um dos seus afilhados
 
Liliana - parecia uma "Cleópatra" que não percebi bem se ia de mau humor ou apenas tímida
 
Jaciara e Catarina - desconhecia-as, e não me suscitaram qualquer interesse
 
Hugo Tabaco - é caso para dizer que os fumadores já não precisam de gastar dinheiro do prémio em tabaco - já o têm na casa (suspeito que não pr muito tempo)
 
Jay Oliver - para mim, mais um ilustre desconhecido, que parte em desvantagem (ou talvez não) por ainda não ter entrado na casa
 
Jorge Guerreiro - para já, pareceu-me um bom concorrente
 
Nuno Homem de Sá - dispensa apresentações, até porque já é repetente, e a imagem que temos dele não abona a seu favor
 
Viu-se, claramente, que foram dados, propositadamente (ainda que disfarçados) privilégios a determinados concorrentes. Nada a que não estejamos já habituados!
 
Fiquei surpreendida pela mudança de patrocínio dos produtos alimentares e afins, que agora passou a ser do Intermarché.
 
Quanto à Cristina, enquanto apresentadora, esteve bem, mas preferi as duplas anteriores.
 
É caso para dizer que o melhor foi mesmo os comentários da Pipoca, que agora ganhou uma companhia masculina. É justo, já que muitas vezes ela parecia estar ali tão solitária, apenas a adornar o sofá, sem lhe darem a palavra e a deixarem fazer o seu trabalho.
 
Resumindo, para já, não tenho intenções de perder tempo com esta edição.
 
 
 

Imagem: atelevisao

 

Do Big Brother e das "causas feministas"

O que as mulheres atualmente acham do feminismo?

 

A Ana Catarina é uma das concorrentes do Big Brother, que luta pela já aqui falada "sororidade".

Para ela, as mulheres devem apoiar-se umas às outras, estar do mesmo lado da trincheira, e não umas contra as outras, como se vê muito por este mundo fora.

Para ela, a final do reality show seria disputada só por mulheres. E, como tal, sempre evitou ao máximo nomear as suas colegas femininas, enquanto houvesse homens disponíveis para nomear e pôr a jeito para a expulsão.

 

Curiosamente, a determinada altura, começou a haver mais mulheres, que homens, na casa e, não sei se por isso mesmo, o Big Brother entendeu que, numa determinada semana, os concorrentes só poderiam nomear mulheres, o que implicava que, obrigatoriamente, na semana seguinte sairia uma mulher. Seria para haver equilíbrio no jogo?

A Ana Catarina recusou-se a nomear mulheres, e ficou ela, automaticamente, nomeada.

 

Seja como for, esta atitude da Ana Catarina, de nunca nomear mulheres, foi entendida por alguns homens, não como "women power", mas como um sentimento de inferioridade por parte delas, uma protecção que ainda acham que precisam porque, se assim não for, ninguém as manteria na casa.

Ou seja, deixando as coisas fluírem, normalmente e, indo as mulheres a nomeações com homens, seriam elas a ser expulsas. E, para evitar isso, é preciso as mulheres unirem esforços.

 

Vejamos agora, a situação por outro prisma.

Por que razão, estando os homens a ficar em minoria, lembrou-se o Big Brother de pôr a nomear só mulheres?

Não devem, os concorrentes, nomear quem querem, e não quem os outros querem?

Em pleno século XXI, ainda se colocam estas questões de "só homens" ou "só mulheres"?

 

Naquela situação específica, eu achei que a Ana Catarina esteve bem na sua decisão. Não sei se os seus motivos são os mesmos que me levam a concordar com ela, mas faria o mesmo. Porque eu iria querer estar numa casa com quem me sinto bem, independentemente de ser home ou mulher, e nomear aqueles com quem me daria menos. 

Como tal, não faz sentido estar a nomear só homens, ou só mulheres, dando vantagem a uns, ou a outros.

 

Agora, quanto à sororidade, já as coisas são um pouco diferentes. 

Acho que, mais uma vez, não tem a ver com o ser-se mulher ou homem. Tem a ver com respeito, com saber estar, com união, com competição saudável, com entreajuda, empatia.

E, que me desculpem algumas mulheres mas, se não gostasse delas, seria para elas o meu voto.

Nunca iria trocar um homem com quem tivesse uma óptima relação, por uma mulher que fosse víbora, só porque era mulher, e temos que estar lá umas para as outras.

Por isso, nesse aspecto, não me identifico, de todo, com a Ana Catarina.

Porque, por muito que não o queiramos admitir, ou que queiramos que as coisas sejam diferentes, por vezes, o maior inimigo, está entre aqueles que pertencem ao mesmo sexo. E, muitas vezes, o "prémio" vai mesmo para as mulheres!

Sim, eu vejo o Big Brother! E daí?

Big Brother: Após strip de Diogo, Ana Catharina não resiste a ...

 

Sou uma pessoa menos culta, por isso?

Menos instruída?

Porque é assim tão estranho eu gostar de ver este reality show, quando já vi tantos outros, ainda que com conteúdos e objectivos diferentes?

Qual a diferença do Big Brother, para o Casados à Primeira Vista, por exemplo, que torna um mais, ou menos, válido que o outro?

 

Não vi os primeiros meses.

Ia lendo o que se escrevia e publicava sobre o programa.

Há umas semanas vi um pouco da gala.

Nas seguintes, também.

Agora tenho acompanhado mais regularmente e com mais frequência. E gosto.

 

Podia ver um filme, uma série, um documentário. Podia ler um livro.

Mas não era nada disso que me apetecia.

Por vezes, só queremos ver algo leve, para entreter.

Ainda que não se retire ou se aprenda nada com isso.

O que nem é o caso. 

Porque há ali muito por explorar, em termos de comportamento humano e da sociedade em que vivemos actualmente.

O único reality show em Portugal que conseguiu ser genuíno

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Ou, pelo menos, tentou sê-lo.

Falo, como não poderia deixar de ser, da primeira edição do Big Brother!

 

Era o primeiro em Portugal.

A produção não sabia se o formato funcionaria por cá, e a estação não fazia ideia da aceitação e audiências que poderia ter.

Os concorrentes não sabiam muito bem ao que iam, nem como seria estarem fechados tanto tempo numa casa.

E o resultado foi o que se viu: um sucesso, com concorrentes que marcaram, quer pela positiva, quer pela negativa, e dos quais ainda hoje nos lembramos.

De certa forma, também eles não tinham filtros. Pareciam mais genuínos. Com as emoções à flor da pele. A sentir cada momento, stress, diversão, pressão, saudade, inimizades, num único espaço.

 

Desde então, se repararmos, todos os seus sucessores, através desta primeira experiência, cujos concorrentes acabaram por servir de cobaia, começaram a parecer, cada vez mais, um produto pré fabricado.

Um produto que foi sendo limado aqui e ali, para ver como poderia aumentar as audiências, causar polémica, ser falado.

Um produto que vem com guiões, para personagens específicos que, quanto mais problemáticos, chocantes ou alucinados, melhor, para que encaixem na perfeição.

 

Hoje, olhamos para os actuais reality shows, e começamos a acreditar que aquelas pessoas que ali surgem, na sua vida privada, não serão as mesmas que nos entram pelo ecrã. Que, aquelas que nos chegam estão, simplesmente, a desempenhar um papel que lhes foi atribuído naquela história. 

 

A diferença dos reality shows, para uma qualquer telenovela ou série é que, enquanto os atores, mesmo desempenhando o papel de vilões, vêem as personagens diferenciadas da pessoa que são, e continuam a ter o carinho do público, os concorrentes, são vistos como um só, e ficam, muitas vezes, com a imagem denegrida, e sujeitos a todo o tipo de comentários indesejados.

Enquanto os atores são vistos como pessoas que estão ali a trabalhar, na profissão que escolheram, os concorrentes são vistos como "os parasitas", que não querem trabalhar e se sujeitam a tudo, para ganhar dinheiro e fama.

Ao género "não importa se falam bem ou mal, desde que falem".

 

E não me venham falar de experiências sociais, porque a única coisa que ali estar a ser testada é, até que ponto, vale toda a exposição, polémica, atrito, conflito, pressão, para garantir boas audiências.

E até que ponto os concorrentes se deixam "vender", sofrendo muitas vezes nas mãos das produtoras desses formatos, nomeadamente, com chantagens, obrigações, diria até, alguma violência psicológica, para aparecerem na televisão.

 

Experimentem, um dia destes, voltar às origens.

Deixar os concorrentes serem eles próprios, e agirem de acordo com a sua personalidade.

Perceber até que ponto querem participar em algo, que só lhes garantirá um salário equivalente ao que receberiam, se estivessem a trabalhar.

Deixar por conta da prestação destes, e do público, o nível das audiências.

Poderia até nem resultar. Mas, para quem está deste lado, seria muito mais credível e interessante.