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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Tenho duas gatas, ou duas crianças pequenas às turras?

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Primeira cena:

Logo pela manhã, na hora de tomar o pequeno-almoço, vão as duas para junto dos comedouros. Coloco ração num, e a Becas começa logo a comer. A Amora espera que eu coloque no outro. Mal acabo de o fazer e a Amora se aproxima, a Becas sai do seu e começa a comer do da Amora. A Amora, coitada, lá se vira para o outro, e eu coloco-lhe mais 3 ou 4 croquetes, para compensar. A Becas volta a deixar o comedouro onde estava, e vem para este. 

 

Resultado: a Amora desiste, e vai-se embora, à espera que a Becas saia de lá, para ir ela comer!

 

 

Segunda cena: 

Comprei um armário de plástico com gavetas, alto, e coloquei-lhe uma almofada em cima, para a Becas poder estar à janela da entrada. Ela não achou muita piada, até porque, como é leve, abana muito, e raramente lá ficava.

A Amora, que entretanto descobriu para o que é que aquilo servia, agora até pede para a pormos lá em cima, e ficar a ver os passarinhos. Ora, como a Becas vê lá a Amora, também quer ir. E, assim, ficam lá muitas vezes as duas ao lado uma da outra.

Hoje, a Amora saiu e a Becas deitou-se a ocupar o espaço todo. Como não podia voltar a pôr lá a Amora, levei-a para a janela da sala. Quando estava a voltar para trás, já a Becas vinha a caminho!

 

Resultado: desta vez, ganhou a Amora, que acabei por colocar onde ela queria, e a Becas ficou de castigo!

 

 

Terceira cena:

Quando comprámos o microondas novo, colocámos a caixa na sala para elas brincarem.

Muitas vezes, a caixa estava vazia, e não queriam saber dela. Mas bastava uma delas ir lá para dentro, para a outra também querer, e andarem à vez a expulsarem-se uma à outra, normalmente à dentada e à chapada, para ver quem ficava lá dentro. 

 

Resultado: acabou-se a caixa!

 

 

A sério que tem momentos em que mais parece que tenho duas filhas pequenas a embirrarem uma com a outra, do que duas gatas!

 

A facilidade com que levantamos a mão para bater

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Não é de hoje que vemos pais darem umas boas palmadas aos filhos quando fazem birra ou se portam mal, e dão cabo da paciência aos pais.

Antigamente, bem ou mal, era prática corrente e ninguém contestava. Nos últimos tempos, tem sido constantemente reprovado este método de resolução de um problema, castigo, repreensão ou chamada de atenção à criança.

Passámos do 8 ao 80.

 

 

É verdade que bater não resolve nada, não educa, não faz os nossos filhos perceberem o que fizeram de errado. Mas confesso que já dei umas palmadas à minha filha quando era pequena, e que ainda hoje, por vezes, quando começa a aparvar, me dá vontade de lhe dar umas lambadas!

Sim, dá vontade. Mas daí a fazê-lo ainda vai uma longa distância. A maioria das vezes, fico-me pela vontade, e a coisa passa. Mas é preciso ela aprontar das boas, e eu estar mesmo com os nervos em franja.

 

 

No entanto, algo que tenho reparado é que, actualmente, ainda se vêem muitas pessoas bater nos filhos, independentemente do local onde estejam, ou de quem esteja a ver.

Aliás, é incrível a facilidade com que nos vemos impelidos a levantar a mão, para bater. À mínima coisa, lá está ela no ar, pronta para atingir o alvo.

E no outro dia assisti a uma cena que me fez (e penso que a mais pessoas que calharam ver) alguma confusão, pelo contexto em que ocorreu.

Pelo que percebi, estavam mãe e filha no McDonald's, a fazer o pedido na máquina. A filha estaria a fazer o pedido, mas deve ter-se enganado, algo perfeitamente normal, que já me aconteceu tantas vezes. De repente, a mãe começa a reclamar com ela e a dar-lhe estalos na cabeça, só descansando quando a filha a deixou tratar do assunto. 

Pôs a miúda a chorar, à frente de todos, e revoltada com a mãe, por a estar a tratar assim.

 

 

Não sei se já se tinha passado alguma coisa antes, que justificasse tal atitude, mas era escusada. 

 

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Sobre as birras das crianças

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Estava no outro dia nos correios, à espera de ser atendida.

Chegou uma senhora com o filho. Vinham ter com outra pessoa que estava a ser atendida, por isso aguardaram ao pé dos livros. O miúdo estava entretido com um livro que tinha visto na prateleira. Achava que a mãe, provavelmente, o iria comprar.

A mãe tira-lhe o livro da mão e arruma-o no sítio, para irem embora. O miúdo volta a tirar e diz que quer o livro. A mãe diz-lhe que não pode, e volta a tirá-lo e colocá-lo na prateleira, afirmando que tinha sido má ideia ir para ali.

Nisto, o miúdo começa a berrar que quer o livro. Esperneia por todo o lado e grita ao mesmo tempo. A mãe, envergonhada e sem saber como lidar com ele, tenta levá-lo para a rua. Ele agarra-se a uma divisória de metal, para que a mãe não o consiga puxar.

Com muito custo, e sem que o miúdo pare de gritar, a mãe consegue sair para a rua com ele.

Nos minutos seguintes, ainda ouvimos, dentro dos correios, o miúdo a berrar e a fazer um autêntico escândalo.

Dizia uma mulher ao meu lado "ah e tal, já não tem idade para fazer estas birras".

Mas, existirá alguma idade para as mesmas? Se até, por vezes, os adultos as fazem!

 

Confesso que tive pena da senhora. Sei bem o que é passar por uma situação dessas. Felizmente, tive quem me orientasse a evitá-las.

Quantos Sidónios haverão neste mundo?

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Ontem, enquanto esperava a minha vez de ser atendida, deparo-me com uma cena que mostra o mau feitio que algumas crianças têm logo em pequenas e que, se não for travado, pode dar mau resultado.

 

Um miúdo estava, segundo me pareceu, naquele mesmo espaço com a mãe e o pai. Como não tinha nada com que se entreter, decidiu ir até à porta e rasgar uma comunicação que ali estava afixada. A mãe levanta-se, ralha com ele, sem muito sucesso, e volta a sentar-se. 

Em seguida, o miúdo pede à mãe o telemóvel para jogar. A mãe diz-lhe que não tem bateria. O miúdo insiste. A mãe torna a responder. E o miúdo não se faz rogado, vira-se para a mãe e diz, naquele tom bruto e desafiante:

 

"Dá-me já! O telemóvel é meu, não é teu. Dá-me. É meu. Não é teu!" 

 

Não sei o que se passou depois. Sei que o miúdo ainda por ali andou aos encontrões às cadeiras, a mãe acabou por levá-lo para o exterior onde estava alguém, supostamente o avô, que ficou o resto do tempo com ele. O suposto pai, só o chamou uma vez (e daí ter percebido o nome), parecendo que não estava a ligar muito ao que o miúdo fazia. A mãe que tomasse conta.

 

Posso estar totalmente errada, até porque não conheço as pessoas de lado nenhum para julgá-las ou afirmar o que quer que seja sobre as mesmas. Mas o miúdo tinha ar de "rufia" e, daqui a uns anos, a continuar assim, vejo-o bem capaz de bater na própria mãe. Com um bocadinho de sorte, com a aprovação do pai.

Sem paciência

 

Já lá vai o tempo em que eu desesperava por não saber como lidar com a minha filha. As crianças gostam de testar os nossos limites, de ver até onde podem ir, e como devem agir para nos afectar. A minha filha não poderia ser diferente. Ela tem o seu feitio (por vezes terrível), mas também passou e presenciou muito quando era pequena. Se juntarmos a isto pais separados, em que a mãe assume o papel de má e o pai, de santo que lhe faz todas as vontades, estavam reunidos os ingredientes para me deixar os nervos em franja.

E, perdoem-me a expressão, que se lixem os manuais, os médicos, os psicólogos e afins. Por muita teoria (ainda que comprovada) que apresentem, na prática, só quem passa pelas situações é que sabe o que sente.

Entretanto, ela foi crescendo, e eu aprendendo a lidar com as birras dela, que felizmente diminuiram. Mas, de vez em quando, lá está ela outra vez a tentar pôr-me os cabelos em pé.

O grande problema dela é ser respondona, refilona e não fazer aquilo que lhe mandam. Só que me apanhou num daqueles dias em que a paciência não me brindou. Há muito tempo que não me chateava com ela desta maneira, e espero que o castigo de uma semana sem televisão, computador e playstation lhe sirva para acalmar.