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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Cada vez mais me convenço que há pessoas que não querem trabalhar

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Tenho, desde o verão de 2020, um vidro da porta rachado.

Na altura, falei com uma vidraria, que ia justamente entrar de férias (que pontaria a minha) mas ficou com a nota e o contacto, para ligar quando retornassem.

Não ligaram, e eu deixei andar.

Até Dezembro, quando soube que ia ter uns dias de férias, e voltei a contactá-los. A pessoa que me atendeu, identificou logo o assunto. Ficou de me dizer quando ia.

Enviou mensagem, num sábado, a dizer que não podia. Pensei que deixasse para durante a semana. Mas nunca mais disse nada.

Com o confinamento, nem sequer atendem o telefone ou telemóvel.

Estamos quase no final de Fevereiro.

 

Entretanto, perguntei num grupo de facebook aqui da zona, se me podiam recomendar alguém. 

Até porque rachei mais um vidro (e acho que não fica por aqui porque mal toco parece que se vão desfazer).

Contactei o primeiro número recomendado, de uma empresa que trabalha em vidro.

Disseram-me que sim, fazem o trabalho, e que poderiam ir lá numa sexta ou sábado. Pediram-me para enviar os dados. Estou para ver quanto tempo demoram a dizer alguma coisa mas, com sorte, também vão fingir que se esqueceram.

 

Eu sei que são trabalhos mínimos, trocar 3 vidros básicos, e que provavelmente não lhes compensa o trabalho e a deslocação, para aquilo que vão receber, quando podem tratar de outras coisa mais vantajosas.

Mas só tinham que ser honestos. Não dá. Não temos tempo. Não compensa.

Uma pessoa fica sempre com receio de chamar alguém que faz biscates, mas estou a ver que mais vale esses, que não se importam de ganhar mais uns trocados (como quem diz que, da outra vez, só pelo vidro do quarto, me pediam 70 euros), do que contratar profissionais.

 

Gosto de pessoas honestas. 

Que dizem que vão, e vão.

Que dizem que ligam, e ligam.

Que se comprometem, e cumprem.

 

Não gosto de quem me faz perder tempo e, além de não fazer o serviço nem dar qualquer justificação, ainda me impedem de passar ao próximo da lista porque, afinal, eu comprometi-me com os primeiros, e falharia eu se, no dia seguinte, dissesse que já não precisava, sem lhes dar tempo.

 

Mas, se eu faço as coisas de forma honesta, só peço que também o façam comigo.

Se não querem, não têm interesse, despachem-me logo para outra freguesia, que eu cá me desenrasco. 

Agora, estar meses à espera, por conta de mentirosos, e pessoas que não querem trabalhar, isso já é demais.

 

 

A dificuldade de encontrar alguém para fazer pequenos serviços

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Em primeiro lugar, porque os técnicos credenciados estão sempre cheios de trabalho, e sem disponibilidade a curto prazo, para resolver aquilo que precisamos.

Depois, não querem perder o seu precioso tempo a fazer um biscate aqui ou ali, que pouco lhes vai render, quando podem ganhar mais em grandes obras.

 

 

Outra dificuldade prende-se com a incompatibilidade e inflexibilidade de horários entre profissionais e clientes.

Como é óbvio, também estes profissionais têm o seu horário de trabalho e não gostam de nada que passe dos mesmos, porque também têm casa, família e precisam de descanso. Compreendo perfeitamente.

O problema é que nós, clientes, acabamos por passar o dia quase todo fora de casa, entre trabalho e viagem, pelo que se torna difícil ter alguém em casa nesse horário normal de trabalho.

Mais uma vez, os profissionais, que se dedicam a essa actividade a tempo inteiro, mostram-se muitas vezes inflexíveis em fazer serviços fora de horas.

Apenas quem faz estes serviços em complemento ao trabalho diário, se disponibiliza para nos facilitar um pouco a vida.

 

 

Há também a questão de encontrar um equilíbrio, a nível de conhecimentos (deles), e financeiro (nosso), entre um técnico credenciado e especializado que, à partida, saberá bem o que faz, mas cobrará por isso mesmo, e alguém que, mesmo não tendo tantos conhecimentos, consegue fazer o serviço na mesma, sem perigo, e cobrar menos pelo mesmo.

 

 

Por último, é daquela coisas que precisamos uma vez por acaso, pelo que nem sempre conhecemos quem se dedique a isso, ou nos lembramos onde guardámos o cartão que, um dia, nos puseram na caixa do correio, ou que tirámos de um estabelecimento qualquer, e nunca precisámos, até hoje.

Mais uma vez, valeu-me o facebook, uma publicação num grupo aqui da zona, e algumas recomendações de pessoas que poderiam ajudar a resolver o meu problema.