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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Mais de 20 alminhas presentes, e nem uma foi capaz de ajudar!

urgenteeeeee Ao empurrar um carro este irá se movimentar com velocidade  constante, isso quer dizer - Brainly.com.br

 

No sábado fomos passear.

O carro anda há muito tempo com umas pancadas de "pega, não pega", e por mais que vá à oficina, nunca vem totalmente bom, deixando sempre a "pulga atrás da orelha".

Estacionámos.

Fomos ver a barragem. Tirámos umas fotos. E pedimos a uma bombeira que por ali estava para nos tirar uma foto.

 

De regresso ao carro, percebemos que nos "entalaram".

Vários veículos dos bombeiros pararam por ali, impedindo grandes manobras, e a saída do estacionamento.

Estavam mais de 20 bombeiros ali a conferenciar, não sei se em alguma acção de formação, exercício, ou o que quer que fosse.

 

O carro decidiu não pegar.

Várias tentativas, e nada.

Os bombeiros limitaram-se a, volta e meia, quando o barulho que o carro fazia os distraía do que estavam a ouvir, olhar para nós.

O meu marido, lá conseguiu, mesmo sem o carro trabalhar, fazer umas manobras para virá-lo em direcção à saída.

Como era meio a descer, podia ser que entretanto pegasse.

 

Ao aproximarmo-nos da saída, percebemos que o carro não passaria entre o camião dos bombeiros e a cerca.

E foi só nessa altura que um dos bombeiros teve o discernimento de tirar o camião da passagem. Mas só, e apenas, isso.

Estavam presentes mais de 20 alminhas, e nem uma foi capaz de ajudar!

Nem uma foi capaz de se chegar ao pé de nós e perguntar: "Precisam de ajuda?" ou "Querem que empurre?"

Nada.

Limitaram-se a olhar.

 

Com bombeiros destes, estamos feitos.

Só mesmo, literalmente, para a fotografia.

 

Em contrapartida, no dia seguinte, o mesmo cenário numa farmácia, e umas mulheres puseram logo mãos à obra a ajudar o meu marido, que estava sozinho.

E é isto...

 

Quando o prazer se torna obrigação, perde-se a paixão

Alegria.png

 

No outro dia, perguntava-me o meu marido: "Se te pagassem para escrever um artigo todas as semanas, aceitavas?".

E eu respondi-lhe "Não!". "Não", porque gosto de escrever quando estou inspirada, quando tenho algo para dizer, quando um assunto surge e me interessa. E isso não tem dia e hora marcada para acontecer.

Tudo é que acontece de forma natural e espontânea, sai melhor. É feito com gosto, por prazer, e deixa-nos felizes.

Mas, se começarmos a transformar esse prazer em obrigação, a paixão perde-se, muitas vezes, pelo caminho e, às tantas, já não queremos fazer aquilo, já sentimos o peso da pressão, da necessidade de apresentar aquilo para o que nos pagam, e com o qual estão a contar. 

 

Estou a imaginar, por exemplo, alguém que adora cozinhar, para a família, para um grupo de amigos, ou sozinho, inventando receitas, fazendo experiências. Que leva o seu tempo a apurar, a ornamentar os pratos, que preza a apresentação.

Se, de repente, tiver que cozinhar para um regimento, sem tempo para grandes invenções, e com o relógio a contar, a pessoa acaba por não conseguir dar aquilo que mais gostava, e cozinhar torna-se cansativo e sem graça.

 

Imagino que também os escritores passem um pouco por isso, quando têm prazos para entregar as suas obras, e não lhes saem as palavras ou, quando saem, não são as que deveriam.

Ou os artistas plásticos.

E, um pouco, todos nós, naquelas pequenas coisas que, normalmente, fazemos por prazer, e lazer.

A obrigação, é meio caminho andado para tornar a paixão, em aversão, e levar ao abandono daquilo que, um dia, gostámos de fazer. 

 

 

 

Quase a meio de 2020, é hora de voltar a emergir

Emergir - Espiritualidade - SAPO Lifestyle

 

Quando entrámos neste ano de 2020, que eu acreditei que seria um bom ano, a única resolução que pensei colocar em prática foi "pensar mais em mim".

E, claro, como todas as boas resoluções que fazemos, convictos de que as vamos levar a cabo, ao fim de algum tempo fui-me esquecendo dela.

 

Apesar de ser um ano que tinha tudo para correr bem, começou a andar a velocidade média, ficando aquém das expectativas para ele criadas.

Depois?

Depois veio a Covid-19, que mudou a vida, e os planos, de todos.

Uma realidade nunca antes vivida e, com ela, novas preocupações, novos hábitos e rotinas, novas prioridades.

E lá foram as resoluções, e expectativas, ao fundo.

 

É isso que sinto.

Que tenho estado a mergulhar estes meses todos, mas está na hora de voltar a emergir.

Estamos quase a meio do ano, e ainda vou a tempo de salvar o que resta dele. 

Então, repescando a resolução de "pensar mais em mim", espero, daqui em diante, aproveitar melhor os dias, com bom humor, paz, tranquilidade, energia e pensamento positivos, sempre que isso dependa somente de mim.

 

Não podemos controlar tudo o que nos acontece.

Mas podemos excluir o que não precisamos, sempre que nos faça mais mal que bem. E abdicar do que, ainda que necessário, nos prejudique.

Podemos bloquear aquilo que não queremos que entre na nossa vida.

Podemos agir de acordo com o que desejamos para nós.

Podemos escolher como reagir às situações.

 

Desvalorizar o que não tem importância.

Reduzir o stress.

Dar a volta aos problemas.

Criar defesas contra a toxicidade que nos rodeia.

 

Escolher a velocidade a que queremos avançar, o caminho que queremos percorrer, e quem querermos que esteja ao nosso lado a fazê-lo connosco.

 

E cuidar de nós.

Valorizarmo-nos.

Mimarmo-nos.

Ser felizes, sempre que isso esteja nas nossas mãos.