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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

No mundo da blogosfera...

(e outras redes sociais)

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... tal como no mundo real, não tenho por hábito "comprar" discussões ou guerras inúteis, que não contribuem para nada mais do que chatear e desgastar uma pessoa.

Ainda que muitos até as ofereçam de borla, e estejam ansiosos para que aceitemos a oferta.

Pois, dispenso, obrigada!

 

Algumas, vêm disfarçadas de lição de gramática, em modo professor que cumpre o seu dever de correcção de erros.

Ah e tal, não é para levar a mal. E não levo.

Simplesmente, quando não se tem confiança, e nem é esse o assunto que está em cima da mesa, considero desnecessário.

 

Outras, vêm em forma de comentários sem nexo, de pessoas que querem ser engraçadas, mas não têm piada nenhuma.

Das mal dizentes, que adoram vir criticar, só porque sim. Para ver se pega. 

Ou daquelas que fazem questão de ser do contra. Para ver se a pessoa se sente, e dá troco.

E há, ainda, as que se querem destacar, à força, acusando os outros daquilo que elas próprias procuram.

 

Não se trata de troca de opiniões. De partilha de conhecimentos. De algo positivo.

Trata-se de provocação gratuita. Picuinhice. Implicância.

Vontade de destilar veneno.

De descarregar frustrações nos outros.

 

E, se há dias, e momentos, em que uma pessoa ainda leva na desportiva, ainda responde com algum humor, ainda tenta "driblar" as intenções do outro com educação, outros há em que o melhor é mesmo ignorar e passar à frente, porque já não há paciência para tanta parvoíce e estupidez.

 

 

 

 

De boas intenções está o inferno cheio!

O destino ao estender a roupa!

 

Sabem quando estamos fartos de esperar a chamada de alguém, decidimos ligar nós e a pessoa do outro lado diz-nos aquela velha desculpa "ia mesmo agora ligar" ou "estava a pensar em ligar...".

Pois, soa mesmo a desculpa, de quem já nem se lembrava, ou não tinha a mínima intenção de ligar.

 

Foi em Outubro, consequência da depressão Bárbara, que o meu estendal se partiu. 

Na altura não falei com o senhorio porque, infelizmente, a mulher dele tinha falecido nesse mesmo dia, e a última coisa que o senhor quereria ouvir falar era de um estendal partido.

Fui-me remediando com uns baldes de água a amparar o poste. 

Ainda tentei resolver a coisa com cimento rápido mas não resultou.

 

Quando fui pagar a renda, toquei no assunto.

O senhorio disse que não tinha tempo para isso, e que se quiséssemos podíamos arranjar nós. Que andava ocupado com a burocracia por conta do falecimento da mulher.

 

Entretanto, veio a Dora, e o Ernesto, e o estendal tombou de vez.

Ficou por ali semanas.

Apesar da muita chuva, houve dias bons, mas ninguém se decidiu a arranjar o estendal.

 

Falei com um pedreiro.

Combinámos o dia.

Estavam os homens a começar a trabalhar quando o meu senhorio, que mora por cima de mim, desceu as escadas.

E, com uma grande lata, vira-se para mim e diz "Ah e tal, estava a pensar arranjar isso hoje! Como tem estado a chover, não dava para fazê-lo antes."

 

A sério?!

Tantas semanas com aquilo assim, com dias de sol que tivemos, e precisamente no dia em que eu tomo a iniciativa, é que ele me diz que ia arranjar?

Nem quando lhe fui pagar a última renda, tocou no assunto.

Só falou que no próximo ano não ia haver aumento, como que a lamentar-se.

Enfim...

 

Soou-me mesmo a anedota, a uma piada sem graça, uma desculpa esfarrapada em que ninguém acredita, até porque na noite anterior tinha estado a chover, e naquele mesmo dia estava a chuviscar, pelo que a teoria de que tinha que esperar pelo tempo bom ia por água abaixo.

 

Como sou eu que preciso, que utilizo, resolvi eu. Paguei à minha conta.

Não preciso de estar à espera de ninguém.