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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Isto é gozar com quem trabalha

Desenho de Smiley irritado pintado e colorido por Usuário não registrado o  dia 16 de Março do 2016

 

Como se costuma dizer "Quem trabalha para aquecer é o microondas".

Nós, comuns mortais, trabalhamos porque precisamos do dinheiro. Porque chega ao fim do mês e há contas para pagar. Contas que não esperam. Cujo pagamento não se pode adiar para quando calhar.

Suponho que qualquer empresa/ pessoa, que contrate os serviços de alguém, saiba que esse trabalho tem que ser pago. E até sabem, mas algumas estão-se nas tintas para isso.

 

Este mês, foram contratados os serviços de vários seguranças para fazer o Carnaval (4 dias), dizendo que o serviço seria pago após o Carnaval (depreende-se que seria nessa mesma semana, mas a verdade é que o "após" é muito vago).

Enviadas mensagens para saber quando, exatamente, seria feito o pagamento, foram informados pelo responsável que seria até ao fim da semana seguinte. Não foi.

 

Nova mensagem na segunda-feira, após saber que um dos colegas já tinha recebido, e o responsável pergunta se o segurança pode ir a um sítio qualquer buscar o dinheiro, ou seja, gastar gasolina, para receber aquilo que é seu por direito, o que não faz qualquer sentido. Como não podia fazer o pagamento por MBWay, pediu então o IBAN para transferência. Que não fez.

 

Quarta-feira, nova mensagem e o dito responsável pede novamente o IBAN (como se já não o tivesse) para a transferência, que ainda não tinha sido feita, apesar das promessas, dizendo que vai fazer, para o segurança estar descansado. E, de caminho, já a perguntar se o mesmo pode fazer mais serviços. É preciso ter lata!

Sim, porque lata há muita. Dinheiro é que continua a não se ver.

 

Qual é o ojectivo?

Depois admiram-se de ninguém querer trabalhar para ele.

Primeiros serviços, para cativar o pessoal, pagos na mesma semana, ao fim de 2 ou 3 dias.

Quando tem os seguranças garantidos, começa a pagar cada vez mais tarde, sempre com muitas promessas vãs de "é hoje", "é amanhã", "é na próxima semana".

E com o funcionário a ter que se chatear, e estar quase a "mendigar" o que lhe é devido e que esta gente, se tivesse um mínimo de bom senso, deveria pagar sem lhe ser pedido.

 

Qual é o objectivo?

Ficar com o dinheiro a marinar?

Ou nem sequer o têm, e vão dando desculpas?

Estão à espera de trabalho voluntário? De borlas?

 

É que isto é mesmo gozar com quem trabalha, ao mais alto nível.

 

 

 

 

 

 

Dai-me paciência, 2023!

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Eu bem queria ser uma pessoa mais paciente, mas há coisas que me complicam com o sistema nervoso.

Instalam-se máquinas nos bancos, para retirar as pessoas (e funcionários) das caixas. 

Mas, depois, as máquinas não funcionam. Ou estão fora de serviço, ou não estão disponíveis para determinadas operações e, então, lá tem uma pessoa que ir às caixas.

Caixas essas onde está um único funcionário que, como se não bastasse ser insuficiente para as pessoas que estão à espera, ainda é interrompido por uma colega, que não podia esperar que ele tivesse atendido os clientes para lhe pedir o que queria.

E assim se perde tempo que, para quem trabalha, embora acredite que a maior parte dos clientes sejam reformados, é escasso e está contado ao segundo.

 

Mas, ainda antes de ir para a caixa, uma fila à espera para usar a única máquina disponível. 

Estava uma senhora a utilizar, um homem à espera, e eu a seguir.

Entretanto, um senhor que foi atendido na caixa, veio para aquela zona e, quando a dita senhora desocupou a máquina, queria passar à frente de todos por, dizia ele, estar lá primeiro.

Ao que o homem que estava à minha frente lhes respondeu "Estava? Só se estava nas caixas porque aqui não estava."

Infelizmente para o homem que estava à minha frente, e para mim, a máquina não dava para depósitos.

Lá tivemos que tirar senha, e esperar.

 

Já fora dos bancos, mais precisamente, nas ruas e na hora de atravessar as passadeiras, digam o que disserem mas cada vez mais me convenço que os peões são um estorvo e um mal a erradicar para os condutores.

É que nem me venham com a conversa de que os peões atravessam sem olhar, e à parva, que os há. Mas, ultimamente, de cada vez que paro numa passadeira, e espero pacientemente que os condutores me vejam, depreendam que estou ali à espera para atravessar, e parem, só ao segundo ou terceiro carro é que tenho sorte.

É impressionante a capacidade que os condutores têm de ignorar o óbvio, de fingir que não nos veem, de olhar precisamente para o lado oposto. E a pressa que sempre têm, que não lhes permite cumprir o código da estrada.

A não ser, claro, quando está algum polícia por perto, ou um outro condutor, em sentido contrário, faz questão de parar e, então, lá param também, a muito custo, para não parecer mal.

 

E não é que estrabuche, que reclame muito, que arme um escândalo por conta destas situações.

Quem me vir, continua a pensar que sou uma pessoa paciente.

Mas, por dentro, paciência é coisa que cada vez tenho menos.

E não me parece que o novo ano me tenha contemplado com alguma extra.

 

Os "clientes de última hora"!

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Há clientes, e clientes.

Entre eles, os que vão em horário normal de expediente. E os que vão em cima da hora de fechar.

Visto pelo lado do cliente sabemos que, por vezes, a pessoa precisa mesmo daquele bem/ serviço, naquele momento, pelas mais diversas razões, e fica grata quando ainda é atendida, mesmo ali no limite, sem que a mandem voltar no dia seguinte.

Depois, há os que, simplesmente, não têm noção, nem bom senso, e acham que os funcionários devem estar sempre ali disponíveis, mesmo que já esteja na hora de encerrar.

 

Do outro lado, confesso que é extremamente irritante quando os clientes o fazem porque, na sua maioria (e muitas vezes conseguimos perceber isso), são pessoas que tinham tempo para ir antes, mas deixam para aquele momento só porque sim.

 

No outro dia, vi uma pessoa sentada à mesa, no café de um hipermercado, depois da hora deste encerrar as portas.

É certo que quem já está lá dentro, tem algum tempo para sair. Mas a pessoa podia ter pegado na garrafa de sumo, e no pão, e levado para comer noutro sítio qualquer.

Noutra ocasião, um conhecido meu lembrou-se que tinha que ir ao hipermercado e entrou quando faltavam 3 minutos para fechar.

Ontem, um cliente apareceu na loja onde a minha filha trabalha, faltava 1 minuto para ela fechar a porta. Tinha ido fazer as compras primeiro, porque ela diz que o dito vinha da zona do hipermercado (a loja fica no mesmo espaço).

 

É uma falta de respeito por quem trabalha. 

Por quem também quer dar o dia por terminado.

Por quem esteve ali a cumprir o seu horário, e quer ir para casa.

Por quem também tem vida, e família, para além do trabalho.

 

Haja consciência.

Uma coisa é uma necessidade, uma situação esporádica, uma urgência.

Outra, é fazê-lo por capricho, constantemente, sem pensar em quem está do outro lado.

 

 

 

Mostrar eficiência com recurso a implicância gratuita e intimidação

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Em qualquer trabalho, existem situações e formas de estar que podem alternar entre o 8 e o 80.

Nenhuma delas é boa.

A primeira, porque permite a rebaldaria, o abuso, o deixa andar que não acontece nada. Permite as desculpas esfarrapadas. Permite a habituação, a descontração, o excesso de confiança.

A segunda, porque corta tudo aquilo que a outra provocou, mas virando-se para o extremo oposto, tornando-se rigorosa e exigente a um nível que provoca desconforto, receio, intimidação.

 

Mostrar, e exigir eficiência, não se deve fazer com despotismo. Apenas para mostrar quem manda, e quem tem que obedecer. Quem tem poder, e quem tem que se sujeitar a ele.

Há uma grande diferença entre ser bom profissional, e mostrar serviço.

Entre eficiência, e implicância gratuita.

 

Um bom profissional, eficiente, que tenha carta branca para pôr ordem aquilo que o seu antecessor deixou desarrumado e de pernas para o ar, não vem com vontade de fazer participações por tudo e por nada no primeiro dia em que se apresenta, e nos seguintes. Não vem com vontade de "armar ciladas" aos seus funcionários, que possam resultar em processos disciplinares.

Um bom profissional, não se apresenta com ameaças, com avisos, com imposições sem sentido.

 

Pelo contrário.

Deveria conhecer os postos, os clientes, averiguar a política do cliente, e ver em que medida essa política interfere, ou não se conjuga com a da empresa.

Conhecer os seus subordinados, explicar as alterações que serão feitas, o que é permitido e o que passa a deixar de ser, e como quer que sejam exercidas as funções, dali em diante.

Proporcionar todas as condições para que as funções e exigências possam ser cumpridas, sem desculpas.

E só então, se verificar que, após esclarecidos, os funcionários não cumprem, agir em conformidade.

 

Tudo o que não passe pelo bom senso, pela vontade de levar tudo a bom porto, a bem, não passa de alguém a querer mostrar serviço, da pior forma, ou alguém que foi deliberadamente escolhido para "varrer" da empresa o maior número de funcionários possível, com justificações da treta, ou por levar os funcionários a sairem por vontade própria. 

 

No primeiro dia em que o supervisor do meu marido apareceu no posto, para se apresentar, a primeira coisa que fez foi dizer que ele não podia estar com o casaco próprio vestido, e iria fazer participação.

Depois, lá mudou de ideias, quando o meu marido lhe explicou que, como naquele posto faz frio, e a empresa nunca, em dois anos, forneceu fardamento adequado, são obrigados a usar casacos que não da farda. Com autorização do cliente para tal.

Mas isso dá direito a multa, para o funcionário e para a empresa. Portanto, não seria o caso de a empresa entregar uma farda adequada, em vez de "entrar a matar"?

 

Ontem, apareceu novamente.

Não avisou. Não ligou. Não tocou à campainha.

O meu marido apenas foi avisado pela central, que o supervisor estaria à porta do posto.

O dito fez de propósito. Esperou por ali cerca de 40/50 minutos, sem dizer nada, para ver quanto tempo demorava o funcionário a aparecer na portaria.

Ora, naquele posto, fazem-se rondas. Os funcionários podem estar noutros espaços do edifício, nomeadamente, no piso inferior, com autorização do cliente. Os funcionários podem ir à casa de banho, obviamente.

Vir um supervisor, que chegou agora, afirmar que as rondas se fazem em 15 minutos, no máximo e, se for preciso, põe ali postos de picagem. Que afirma que o funcionário deve ficar o menor tempo possível na casa de banho, e que faz uma participação pelo tempo que não viu o funcionário onde esperava que ele estivesse, está mesmo a implicar.

 

Que se acabe com certos abusos, aprovo.

Mas implicar com coisas que em nada afectam o serviço ou a empresa, e que o cliente autoriza, não faz sentido.

No entanto, como disse o cliente, é a empresa que paga ao funcionário, logo, este deve fazer o que a empresa ordena. Portanto, já deu a entender que, para todos os efeitos, ficará sempre ao lado da empresa, e não dos funcionários.

 

Como disseram depois ao meu marido, desde que este supervisor chegou, já vários funcionários foram despedidos, com base nesta forma de actuar, e outros tantos despediram-se, porque não estão para trabalhar neste clima intimidatório, onde se fabricam participações por todos os motivos e mais alguns.

Se era essa a intenção da empresa, está a ter sucesso.

Se não era, só fica a perder.

Como lido diariamente com a ameaça do Covid-19?

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Há uns tempos, disse que não sabia se tinha mais receio de ser contagiada pelo vírus, ou pelo histerismo que me rodeava.

Mantenho a mesma ideia.

Se não me assusta o vírus? Claro que sim!

Mas assustam-me mais comportamentos extremos, tanto daqueles que se preocupam demais e pensam que o mundo está prestes a acabar, como daqueles que acham que o vírus só veio cá passar a Páscoa, e até é fixe conviver com ele.

Assusta-me quem, em nome das medidas preventivas, usa e abusa do álcool até ficar com as mãos em carne viva. Tal como me assusta quem nem sequer pensa em lavar as mãos.

Assusta-me quem se quer fechar e isolar de tudo e todos, ainda que não esteja em risco, tal como quem ignora os avisos para evitar espaços públicos e grandes aglomerados de pessoas.

Assusta-me quem deixe tudo para mais tarde e ignore as eventuais consequências de uma infecção pelo vírus, tal como quem associa, automaticamente, o vírus a morte certa.

Assusta-me quem peca por falta de prevenção, como pelo excesso, como aqueles que andam por aí a açabarcar e esvaziar os hipermercados, não vão ter que ficar vários meses em casa.

Assusta-me que, de um momento para o outro, se feche e pare tudo, tal como me assusta que se deixe andar tudo normalmente, como se nenhum vírus andasse por aqui.

Vejo muita gente preocupada em ser contagiada, mas poucas a tentar evitar o contágio.

Vejo as entidades competentes e responsáveis quererem evitar a propagação do vírus, com medidas que em nada contribuem para esse fim, agindo de acordo com aquele velho ditado "Depois da casa roubada, trancas a porta!".

Vejo exigir, a uns, quarentena profilática e, a outros, permitir o livre trânsito, sem qualquer rastreio.

 

No outro dia, perguntaram-me? Não tens receio pela tua filha?

Claro que sim. Mas não vou deixar esse receio a limite, enquanto ela puder viver com o mínimo de normalidade.

E, tal como referi, não considerava o fecho das escolas uma boa medida, neste momento, como acabou por se comprovar ontem quando vimos alunos, sem aulas, a aproveitar o dia de sol, nas praias portuguesas.

 

No meu dia a dia:

Não utilizo transportes públicos, pelo que, por aí, não há perigo.

Mas tenho, por vezes, que me deslocar a serviços públicos, a trabalho, seja correios, conservatórias, finanças, onde se desloca um grande número de pessoas, das mais diversas proveniências, e concentradas num pequeno espaço.

Por outro lado, também vem muita gente aqui onde trabalho, por vezes, regressada de outros países. Ou que trabalham, também elas, em espaços públicos, ou locais de risco de contágio, como hospitais.

E vivo numa vila que recebe, dirariamente, turistas de várias nacionalidades

Ainda assim, mantenho-me serena, dada a situação, e dentro dos possíveis.

Não vou deixar de trabalhar, enquanto isso me for permitido. Não vou deixar de andar na rua, enquanto não houver ordem em contrário.

 

Acredito que, o que tiver que ser, será.

Não facilito, mas também sei que, muitas vezes, protegemo-nos tanto, de todas as formas e mais alguma e, depois, sem saber como, acaba mesmo por nos calhar aquilo que tentámos evitar.

Porque nem sempre conseguimos proteger todas as frentes e, enquanto estamos focados numas, outras podem ser fintadas. 

 

Por isso, como em tudo na vida, haja precaução e prevenção, sim! Mas haja bom senso, também!

E, apesar de tudo o que nos é atirado para cima, seja das redes sociais, seja da comunicação social, alguma calma. 

Até porque o stress pode afectar o sistema imunitário, e elevar ainda mais o risco de infecção.