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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Só porque não se vêem...

 

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...não significa que não estejam lá.

Só porque não falo, não significa que não pense.

Só porque não me queixo, não significa que não doa.

Só porque não choro, não significa que não fique triste.

 

Só porque não me manifesto...

Só porque sigo em frente...

Só porque sorrio...

Só porque levo a vida com a normalidade que se espera...

 

Não significa que não incomode.

Não significa que não limite.

 

Significa, apenas, que não me permito ficar aí.

Presa.

Parada.

A remoer. 

 

Porque o caminho não é só feito de pedras.

E porque a vida é muito mais do que isso!

Quando as pessoas vão parando no caminho enquanto conversam

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Que se encontre alguém conhecido na rua,  e se pare para dois dedos de conversa, é uma coisa.

Mas nunca consegui perceber porque é que as pessoas, que já estão a caminhar juntas e a conversar, têm que fazer paragens, de 10 em 10 segundos, ao longo do caminho em vez de, simplesmente, continuarem a caminhar, enquanto conversam.

 

Qual o sentido?

Será para pensar melhor?

Para respirar?

Para reforçar a mensagem, e garantir que lhes prestam atenção?

Para descansar, nessas pequenas pausas?

 

Certo é que nem se apercebem que, muitas vezes, ao fazê-lo, estão a empatar o caminho a quem segue atrás delas, ou a quem está a ir nessa direcção, obrigando a desvios.

Mas isso nem é a parte pior.

Pior, é quando nos calha uma pessoa que nos obriga a fazer essas mesmas paragens, enquanto conversa connosco!

 

 

 

 

A importância de nos focarmos naquilo que ganhamos

(e não naquilo que perdemos)

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Ao longo da vida, vamos ganhando e perdendo.

Faz parte.

Não podemos ganhar tudo. Não podemos ganhar sempre.

 

Mas o que é, para nós, ganhar?

Será obter aquilo que nos espera no final? Na meta?

Será a concretização do objectivo?

Será a "taça"? A "medalha"?

 

Quem o consegue, até pode ganhar alguma coisa, mas não é o único vencedor. Nem é a única coisa que vence.

Também aqueles que não conseguem chegar ao final, conquistar o "prémio", concretizar o objectivo, e ficam pelo caminho, podem ser vencedores. E, por vezes, ganham até mais. Não aquilo que esperavam, ou pelo qual lutavam, mas outras tantas coisas, inesperadas, mas bem vindas.

Porque há muito que se vai ganhando pelo caminho. 

Ainda que continuemos a pensar naquilo que perdemos.

 

O que é um erro.

O importante não é focarmo-nos naquilo que perdemos, mas antes naquilo que já ganhámos, e podemos vir a ganhar.

Não importa o que foi, o que podia ter sido, o que deixou de ser.

Importa o que é, e pode ainda vir a ser, e isso só depende de nós.

Histórias Soltas #20: Estagnar, ou seguir em frente?

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- O que vai acontecer comigo?

- Vais seguir o teu caminho.

- Mas... E eles?

- Eles?

- A minha família. Posso vê-los?

- Porque queres vê-los?

- Porque sei que estão a sofrer. Quero olhar para eles, despedir-me, dizer que estou aqui.

- Isso de nada adiantaria. Não te podem ver. Não te ouvem. Não te sentem. Não lhes servirás de consolo. E será pior para ti.

- Mas... Não é possível abrir uma excepção? Uma única vez?

- Neste momento, não. Terás que seguir em frente para aperfeiçoar a tua aprendizagem. Só depois, então, saberás o que te é possível. Mas, se fizeres muita questão, podemos dar-te, temporariamente, acesso às imagens que tanto desejas, em tempo real.  Este acesso tem uma duração limitada. Depois, terás que deixar a tua vida passada, para iniciares a tua vida presente.

 

- O que acontece se eu não quiser avançar, deixar para trás?

- Ficarás, para sempre, presa neste limbo. Não voltarás à vida antiga, mas também não terás uma nova. Ficarás, eternamente, estagnada. E perdes qualquer possibilidade que seja, de um contacto futuro, com quem quer que seja. Tal como outros, que assim o quiseram. 

- Então, o que me estás a dizer é que, para eu ter a mínima hipótese de voltar a ver os que mais amo, de comunicar com eles e, quem sabe, ser vista por eles, ainda que sem qualquer garantia, terei que abdicar deles daqui em diante.

- De forma resumida, sim. É isso.

- Mas é tão injusto. Eles estão tristes. Eu estou triste. Eles precisam de mim. Eu preciso deles.

- De momento, sim. Mas depressa vão ultrapassar. E tu deves fazer o mesmo. Libertá-los. E libertares-te. Quanto mais depressa te libertares, mais cedo iniciarás o teu processo evolutivo. A decisão é tua. 

 

- E, aqui, há alguma hipótese de nos encontrarmos, um dia? Irei, pelo menos, encontrar quem veio antes de mim?

- Talvez sim... Talvez não... Aqui cada um tem o seu próprio caminho e aprendizagem. Pode, ou não, cruzar-se com quem gostaria.

- Ou seja, não há forma de saber o que me espera!

- Não. Só saberás à medida que avançares. Se assim o decidires. Quando estiveres pronta, virei para te acompanhar.

- E se eu não estiver pronta? Se nunca estiver pronta?

- Então, não voltarei. Ficarás entregue a ti própria.

 

E assim ficou, até ao último momento, sem saber o que fazer, demasiado agarrada ao que tinha perdido, para tentar pensar no que poderia vir a ganhar. Mas... 

Não perderia ainda mais, se ali permanecesse?

Não valeria a pena tentar? 

Então, rendida, como quem solta, e deixa voar, aquilo que, até então, tentava agarrar, ela soube o que tinha que fazer...

 

 

 

 

 

 

Se a tartaruga conseguiu passar a lebre, também nós conseguiremos!

História Infantil A Lebre e a Tartaruga

 

Já te aconteceu parecer que correste como nunca e, mesmo assim, não ficaste bem classificado?

Parecer que tinhas feito o teu melhor trabalho de sempre e, no fim, foi apenas considerado “bom”?

Parecer que deste o teu melhor, mas esse melhor foi inferior ao que se esperava?

Que, escolhas o atalho que escolheres, há sempre alguém que te passa à frente?

Que qualquer que seja a ideia que tenhas, há sempre uma melhor que a tua?

Ou que até era a mesma, mas alguém pensou nela primeiro?

 

Por vezes, temos a sensação de que, façamos o que fizermos, nunca chegamos onde queremos chegar.

Que, por mais que nos esforcemos, esse esforço cai sempre em “saco roto”, nunca é suficiente, nunca é recompensado.

Que há sempre alguém mais à frente, que chega primeiro, que ocupa o lugar que queríamos para nós.

 

Eu sei que pode ser frustrante. Até, de certa forma, injusto.

Mas, se calhar, o objectivo nunca foi chegar à meta, por si só, em primeiro lugar, mas sim disfrutar de todo o caminho.

Se calhar, mais importante que alcançar o objectivo, é tudo aquilo que fazemos, aprendemos, em que nos empenhamos, para lá chegar.

Se calhar, a nossa meta nem sequer é aquela que imaginámos na nossa mente.

Ou, também pode acontecer, estarmos a tentar alcançar as metas erradas, e ainda não percebemos que, as que nos cabem, não estão ao fundo desse caminho que insistimos em percorrer.

Talvez tenhamos, algumas vezes, que mudar a direcção.

 

E, quem sabe, deixar de pensar e valorizar tanto naquilo que os outros conseguem, para nos focarmos mais naquilo que nós conseguimos, e valorizar os nossos feitos.