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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Decisões

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"O facto de uma decisão ser a mais acertada, ou necessária, não a torna menos dolorosa."

 

Li esta frase há uns tempos, e é a mais pura verdade.

Há decisões que estão, unicamente, nas nossas mãos.

Que só nós podemos tomar.

Antes que as tomem por nós. 

 

Se não estamos bem numa determinada situação, cabe-nos agir.

Ou não. Podemos sempre deixar andar. Deixar arrastar. 

Ignorar, ou fingir que está tudo bem.

Mas isso não é vida.

Não é justo.

 

E sim, as decisões que tomamos colocam-nos um peso, e uma responsabilidade, em cima.

Para todos os efeitos, fomos nós que escolhemos esse caminho, de livre vontade.

Demos o corpo às balas. Arriscámos tudo.

 

Podemos perder tudo.

Mas também podemos ganhar.

O que nunca devemos deixar morrer, é o amor próprio.

 

É trocar uma mágoa, por outra.

Uma tristeza, por outra.

Um sofrimento, por outro.

 

Mas, quem sabe, não era isso que fazia falta?

Quem sabe não era, esse, o passo necessário, no presente, para um futuro bem melhor?

 

Ainda assim, por muito que saibamos que fizemos o que tínhamos a fazer, e que aquela decisão tomada foi a decisão certa, não a torna menos difícil.

Não dói menos por isso. Pelo contrário.

 

Sabemos, realmente, o que queremos para nós?

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Tantas vezes "acusamos" os outros de não saberem o que querem para as suas vidas.

Mas, e nós? Sabemos sempre, realmente, o que queremos para nós?

 

Não teremos, também nós, os nossos momentos de incertezas?

De indecisões?

De dúvidas?

 

Quantas vezes, as nossas certezas não se transformam em incertezas?

Quantas vezes, as nossas resoluções, convictas, não caem por terra?

Quantas vezes, o nosso coração não leva a melhor sobre a mente?

Quantas vezes, as indecisões dos que nos rodeiam, não acabam por afectar as nossas decisões, quando já as dávamos como mais que certas?

 

Isso aconteceria se soubéssemos, verdadeiramente, o que queremos para nós?

Ou apenas porque, também nós, não o sabemos?

Porque deixámos de saber a meio do caminho?

Ou, talvez porque, nesse percurso, passámos a querer outra coisa? 

 

Ou, quem sabe, porque percebemos que aquilo que queremos não é o melhor para nós e, por isso, hesitamos?

Entre fazer o mais certo, ou ceder à nossa vontade?

Entre protegermo-nos, ou entregarmo-nos, sabendo que pode não vir, daí, nada de bom?

 

Por outro lado, não raras vezes, preocupamo-nos tanto em querer o melhor para os outros, em ajudar os outros, que nem percebemos que, se calhar, com isso, estamos a descurarmo-nos, a prejudicarmo-nos a nós mesmos.

Estamos tão empenhados em querer que os outros se mantenham à superfície, que nem percebemos que, com isso, nos estamos, nós mesmos, a perder forças, e a afundar aos poucos. 

 

E, enquanto isso, quem nos ajuda, e cuida de nós?

Se não nos colocarmos, a nós mesmos, em primeiro lugar?

Se não nos dermos prioridade?

Seguir caminho

(1 Foto, 1 Texto #64)

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Já era noite.

O céu estava escuro. Ainda mais escuro, pelas nuvens, que o encobriam.

Um pingo ou outro caía, ameaçando tornar-se cada vez menos espaçados, e mais fortes.

Mas, por enquanto, parecia favorável.

 

E, assim, lá ia ela, solitária, percorrendo o seu caminho.

Não indo muito depressa, também não parava.

Por um instante, o vento mostrou-se mais forte, e virou-a.

Mas ficar ali parada, rendida, não era opção.

 

Ainda havia um longo caminho a seguir.

Por isso, como uma guerreira, voltou a endireitar-se.

Não havia tempo a perder.

Ergueu-se, e fez-se, novamente, à estrada.

 

Quem sabe o que a esperava.

Ou quem a esperava.

Ou talvez nada a esperasse.

Mas isso não a impediu de ir.

 

Talvez seja apenas a sua natureza.

Talvez disso dependa a sua vida.

Talvez já nada a prenda ao lugar de onde veio.

E siga em frente, esperançosa de uma mudança.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Oficialmente aberta a época das comédias românticas!

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Apesar de não gostar tanto delas, como há uns anos, a verdade é que é o que mais tenho visto por aqui, nos últimos tempos.

Há quem se "vingue" com um balde de gelado.

Ou quem se empanturre em chocolate.

Aqui, está oficialmente aberta a época das comédias românticas!

E com um toque de magia natalícia à mistura.

 

O primeiro filme foi "Próximo Natal, À Mesma Hora?".

É uma comédia fraquinha, mais do mesmo, a velha receita já usada tantas vezes.

Tendo como mote o papel do "destino" nos relacionamentos amorosos, este filme deixa-nos como reflexão que, tantas vezes, procuramos o amor no lugar, e na pessoa errada. Que nem sempre aquilo que acreditamos que nos está destinado, é o que o destino tem reservado para nós, mas apenas um meio, para lá chegar. O motor, que nos faz percorrer o caminho necessário, para chegar à meta.

 

 

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O segundo filme foi "Derreter de Amor".

Este, com muito mais fantasia, ou magia, como lhe queiram chamar!

É uma comédia que aborda as segundas oportunidades no amor.

E como ele chega, mesmo quando não estamos para aí virados.

No entanto, a lição que retiro daqui nada tem a ver com romance, mas com as relações entre as várias pessoas de uma comunidade, e faz jus ao meu lema "menos conversa, e mais acção".

Enquanto um xerife que promete muito, mas pouco faz, e com muito mau feitio, tenta ganhar o respeito dos habitantes locais, sem sucesso, um recém chegado, prestável, simpático e que tudo faz para melhorar as coisas para as pessoas à sua volta ganha, em pouco tempo, o carinho de todos, a ponto de se unirem para o salvar das garras do dito xerife. Até o próprio filho dá uma lição de empatia e justiça ao pai.

 

Suspeito que, até ao final do ano, me vou servir de várias doses destas comédias românticas.

Pelo menos, nelas, os finais são sempre felizes! 

 

 

 

Os ciclos da vida

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A história é feita de ciclos. Acontecimentos que se vão repetindo no tempo.

A vida parece ser, também ela, feita de ciclos.

 

Nem sempre isso me agrada.

Porque, na maior parte das vezes, acredito que uma determinada situação aconteceu, resolveu-se, e ficou para trás. E não se voltará a repetir.

No entanto, volta e meia, percebo que me estou a deparar com situações idênticas, em que tudo se volta a repetir.

 

E, ainda que não digam, directamente, respeito a mim, interferem comigo.

Ainda que não seja eu a vivê-las, acabo envolvida por quem as vive.

Ou porque desabafam e me pedem opinião.

Ou porque me pedem ajuda.

Ou apenas porque, quem as vive, está muito próximo de mim.

 

E nem sei bem porquê. Ou para quê!

Porque a opinião é aceite, mas tem uma curta validade, antes de cair no esquecimento.

A ajuda é aceite, mas facilmente boicotada quando dá jeito.

Ficam cartas por pôr na mesa. 

E mesmo que se abra, momentaneamente, o jogo, logo se fecha, e se altera.

 

O que hoje é, amanhã já não o é.

Muda-se o discurso, e as acções, consoante a utilidade, e a vontade, do momento.

As certezas já adquiridas voltam a transformar-se em dúvidas.

Troca-se o certo, pelo incerto.

A estabilidade, pela insegurança.

 

Na maior parte das vezes, por iniciativa própria, e não porque o destino ou algo superior assim o quis.

Que é o mais difícil de perceber.

 

Porque parece que já se está a caminhar no bom sentido, e com vários passos de avanço e, de repente, está-se lá atrás outra vez.

Como se o caminho já feito de nada servisse. Como se a aprendizagem adquirida caísse em saco roto.

 

Cada um leva a vida como bem quiser.

Se querem repetir os mesmos erros, façam-no.

Se querem arriscar, vão em frente. Até pode dar certo. Até pode ser esse o caminho.

Mas, nesse sentido, limitem-se a comunicar, se assim o entenderem.

Porque se é óbvio que aquilo que nos pedem, quando não vai de encontro ao que esperam, não é levado em conta, nem vale a pena ser pedido.

 

É uma perda de tempo e desgaste desnecessário de quem se oferece para ajudar, em vão.