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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O caos no arranque da Carris Metropolitana

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Arrancou ontem a Carris Metropolitana na "área 2", onde está incluído o concelho de Mafra.

E não está fácil encarrilar com esta nova modalidade de transportes e horários.

 

Quando, em 2022, se ouviu falar pela primeira vez na operação que aí vinha, o que mais fixámos foi:

- os autocarros vão passar a ser todos amarelos

- vai haver mais autocarros

 

E sim, começámos a ver os primeiros autocarros amarelos a surgir, ainda que tudo o resto permanecesse igual, até porque a operação só começaria a 1 de Janeiro de 2023.

Depois, foi ver surgir os postes amarelos, em substituição dos outros postes de indicação de paragem.

Em seguida, nos ditos postes e paragens, foram colocadas placas por cores e números que, das primeiras vezes que vimos, não percebemos para que seriam, afinal, eram só números.

 

 

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Agora, nos últimos dias do ano, foram afixadas algumas tabelas de horários de autocarros, também elas diferentes dos típicos horários a que estávamos habituados.

Uma pessoa olha para uma tabela destas e pensa: então mas isto não parece indicar que há mais autocarros, antes pelo contrário.

Por outro lado, a hora que consta da tabela é a hora em que o autocarro passa naquela paragem específica, e não a hora de saída do local de partida.

 

De qualquer forma, faltam tabelas para o número de linhas que, supostamente, passam nas paragens, e que podemos consultar no site.

Que só ontem pareceu começar a funcionar em condições porque, até então, estava difícil de pesquisar o que quer que fosse.

Ou seja, pode ficar a dúvida se, apesar da placa com o número da linha constar na paragem, e o site indicar o horário, o autocarro passará mesmo por ali.

O que significa que, para todos os que não tenham internet, não será fácil entender-se com os horários e apanhar transportes.

 

 

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Será que vão afixar as restantes tabelas? E haverá espaço?

Porque, no caso deste poste, decidiram afixar uma na parte de trás do mesmo, o que dá imenso jeito!

 

 

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E quanto aos preços?

Esses também foram uma surpresa!

A minha filha teve, ontem, que apanhar um autocarro e, como não tinha o passe carregado, pagou um bilhete.

Um bilhete que, antes, custava cerca de €. 2,50, do terminal para a nossa zona, custou-lhe ontem €. 4,50!

Isto, porque apanhou a linha rápida. Se tivesse apanhado um autocarro de linha longa, já saía mais barato.

Mas, olhando para este tarifário, vantajoso para quem se desloca entre maiores distâncias, o que percebemos é que o preço é sempre o mesmo, independentemente do local de saída.

Ou seja, a minha filha pagou tanto para Mafra (cerca de 10km), como pagaria se fosse até Lisboa (cerca de 50km). 

 

Acredito que, daqui a uns tempos, já todos iremos estar familiarizados com estas mudanças. Já todos iremos saber as linhas que podemos apanhar na nossa zona, e já nos entenderemos com os horários.

Mas a verdade é que faltou preparação.

Faltou informação.

Faltou divulgação.

Faltaram esclarecimentos.

 

Nem todas as pessoas têm acesso à internet.

Nem todas as pessoas têm telemóveis com aplicações.

Então, como é que essas pessoas fazem?

 

E quanto à oferta, sempre há mais autocarros?

Aquilo que me parece, do pouco que vi, é que houve mudanças nas horas dos mesmos. Eventualmente, um ou outro horário que antes não havia mas, por outro lado, também eliminaram um ou outro horário, pelo que, na prática...

O que parece, sim, é haver mais oferta a nível de linhas, ou seja, transporte para localidades que, talvez, antes, não estivessem contempladas.

 

Mas, sinceramente, e apesar de pouco usar transportes públicos, o que me parece é que isto está muito confuso, informação pouco acessível ao público.

E pelos comentários que tenho lido, não sou a única!

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras

Dados no ensino de potências - Brasil Escola

 

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras.

Um jogo em que não se sabe o que é suposto fazer. Ou como agir.

Em que não se sabe o que poderá levar a penalizações. Ou o que trará vantagens.

Onde tudo pode mudar e virar de pernas para o ar, quando menos se espera.

Onde, havendo mais jogadores, cada um poderá fazer, à falta de pré definidas, as suas próprias regras, gerando o caos.

 

Ninguém gosta de jogar um jogo sem regras.

Porque, num jogo onde não existem, ou não se conhecem, as regras, nenhuma vitória será totalmente justa...

Porta aberta ao oportunismo ou à inovação?

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As tragédias, as calamidades e o caos, são sempre boas portas, abertas ao aproveitamento por parte daqueles que, nelas, vêem uma forma de lucrar.

Seja em termos ideológicos, sociais, políticos, económico-financeiros, ou qualquer outro, que possa beneficiar com a desgraça alheia. 

 

Não digo que não haja, igualmente, altruísmo, solidariedade, generosidade desinteressada, verdadeira vontade de ajudar, porque o há.

 

Mas haverá sempre oportunistas.

E se, com alguns deles, temos que ter muito cuidado, porque nem sempre as suas intenções são as melhores, ou mais nobres, com outros, acabam por surgir inovações, técnicas, métodos, que ficarão a fazer parte da vida daí em diante.

 

 

 

 

O que é isso do espaço nas relações?

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Muito se fala, hoje em dia, do espaço nas relações.

Mas, afinal, o que é isso do espaço nas relações?

O que significa e em que consiste, na prática, esse espaço?

 

É muito simples.

Seja em que relação for, amorosa, de amizade, ou familiar, essas relações envolvem sempre duas pessoas que, antes de constituírem, em conjunto com a outra, essa mesma relação, têm a sua própria individualidade.

E é essa individualidade que deve ser mantida, ainda que apenas em parte.

Tal como no diagrama, nenhuma das pessoas se anula, nem anula totalmente a outra. Passam sim, a coexistir também, na nova relação formada.

Esse espaço, que não foi fundido, é o espaço que todas as relações necessitam, para permanecerem saudáveis.

Caso contrário, quando uma anula a outra, ou se deixa anular, é como se deixasse de existir enquanto pessoa, com a sua personalidade própria, e passasse a viver apenas para aquela relação, ou para o outro.

E isso, a longo prazo, torna-se sufocante, desgastante. Como um vírus que irá acabar por destruir a relação, e deixar mazelas na pessoa que deixou de existir.

 

 

De acordo com a psicóloga Cláudia Morais, a forma como cada uma das pessoas cresceu e viveu até ali, num ambiente de caos e ansiedade, ou num ambiente de segurança e liberdade, pode influenciar a forma como a pessoa depois age na relação, exigindo muitas vezes, do outro, aquilo que mais lhe faltou ou, da outra parte, aquilo que sempre teve e quer manter.

Cabe a cada membro da relação perceber que, ao mesmo tempo que mantém a sua individualidade e características só suas, tem agora também que pensar no outro, e na relação que está a construir, de forma equilibrada.

 

Cada um de nós tem a sua cor de origem, e a cor que resulta das várias relações que vamos estabelecendo ao longo da vida. Podem, e devem coexistir ambas, em simultâneo.

 

Artigo completo AQUI

 

 

Obras de recuperação sem sentido

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A repartição de finanças de Mafra está a funcionar, desde que ando por aqui em serviço (15 anos) no mesmo edifício. 

Muitas instalações de serviços públicos mudaram para outras mais modernas, mas estas permaneceram inalteradas.

Alguns vidros rachados, mosaicos soltos, mobiliário obsoleto, inexistência de acessos adequados a todos os utentes, enfim.

Este ano, mais precisamente para o final do ano, espera-se que a repartição de finanças passe a funcionar no antigo edifício dos bombeiros abandonando, assim, as actuais instalações.

Ora, nesse caso, que sentido faz lembrarem-se agora de efectuar obras de beneficiação no actual edifício, ainda em funcionamento, quando daqui a uns meses o mesmo vai ser desocupado? Não poderiam fazer, nessa altura, a recuperação do edifício?

Agora, temos um edifício de 3 pisos, em que cada um se destinava a diferentes fins, com apenas um piso disponível, concentrando-se nele todos os serviços. Ou seja, temos um pequeno caos!

Num pequeno espaço à entrada, vão-se acumulando contribuintes que, muitas vezes, em vez de ocupar as cadeiras ainda disponíveis, preferem ficar no meio do caminho, a estorvar quem quer ou precisa de passar, quem pretende tirar senha, ou quem não gosta, simplesmente, de ter pessoas quase em cima do seu nariz.

Temos pessoas que insistem em ficar a meio caminho entre a sala de espera e o espaço de atendimento, dificultando quem está de saída e quem está a tentar entrar por ter sido chamado. Os funcionários chegam a chamar 3 ou 4 vezes por um número, que anda a tentar passar, furar daqui e desviar dali, até chegar ao balcão, depois de uma longa jornada!

Temos menos funcionários por cada serviço, o que implica mais tempo de espera, mais inquietação, mais desespero, mais reclamações.

Temos um funcionário que, devido a limitações físicas e psicológicas, foi colocado a informar os contribuintes que não podem subir para os outros andares, que têm que aguardar na sala de espera, qual a senha que devem tirar. E que, apesar de estar a fazer um serviço útil, não terá sido a melhor escolha.

Ainda ontem estava uma senhora a fazer uma pergunta e, às tantas, já o funcionário estava a ser mal educado e a gritar com ela e com outra, a responder mal. Já não é a primeira vez que isso acontece.

E, depois, temos funcionários cansados, que mal conseguem ouvir e fazer-se ouvir, tal é o ruído que se faz sentir, e que estão sem a mínima paciência e disposição para o atendimento ao público.

Ainda ontem saiu de lá um senhor a queixar-se que era inadmissível, que tratam as pessoas como se fossem animais.

Havia mesmo necessidade de fazer estas obras nesta altura? Não! Mas, enfim, umas obras estão meses e meses sem ninguém lhes tocar ou avançar. Outros, querem mostrar serviço desnecessário!