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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Da genética e hereditariedade

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Nunca liguei muito a essas coisas, até que a minha filha deu essa matéria, na disciplina de ciências, no 8º ou 9º ano.

Não muito aprofundado, claro, tendo em conta o ano em que estava, mas foi das matérias que mais gostei, e até tinha algum jeitinho para resolver aqueles quadros a que chamam "xadrez mendeliano", para aferir as probabilidades de se nascer com características do pai, ou da mãe.

 

Foi então que comecei a reparar que, aqui desta lado, a herança vem quase toda do lado feminino, ou seja, o gene dominante.

Praticamente todas as características, tanto minhas, como da minha filha, vêm do lado da minha mãe, e do meu.

 

E por aí, carregam mais o gene dominante, ou o recessivo?

 

No que respeita a profissionalismo e ética os pormenores também contam

A imagem pode conter: gato e interiores

 

Imaginem que vão fazer um qualquer exame e, quando o recebem, se vêem identificados com um nome diferente.

Diferente, porque ele não corresponde exactamente ao vosso nome, mas a uma característica vossa.

Do género "fulano teimoso", "fulana birrenta", e por aí fora.

Claro que, se fosse pela positiva, até nos agradaria mas, e se fosse pela negativa?

 

Quando recebi a ecografia da nossa gata, ela vinha identificada de uma forma surreal "Becas Agressiva". Não apenas Becas, ou Becas Maria.

Portanto, deduzo que no hospital onde foi tratada, era assim que a apelidavam, quando falavam dela.

Porquê "agressiva"?

Porque não deixou os médicos fazerem exames sem reclamar?

Porque não queria que lhe tocasse e fizessem "maldades"?

Quando ela era pequena, e esteve lá internada, roeu os fios todos que tinha ligados a ela, e nem por isso deixou de ser a Becas.

Estou certa de que não será a primeira, nem a última gata, e o mesmo para cães, a não gostar de idas ao veterinário e a mostrar a sua raça!

Como será que apelidarão os outros, então?

 

Sim, é apenas um pormenor.

E o que importa é que a tenham tratado bem (o que uma pessoa começa a desconfiar ao ver isto) e ela tenha ficado boa.

Mas é um pormenor que demonstra falta de profissionalismo e de ética da parte que quem decidiu identificá-la dessa forma.

Não sou muito de reclamar, mas caiu-me mal, e enviei email à médica a demonstrar o meu desagrado.

Pediu desculpa, em nome de toda a equipa. Concordou comigo (ou assim foi obrigada dadas as circunstâncias, e a iminência de perder um cliente).

Explicou que o sistema não aceitava um nome repetido na base da dados, embora não fosse justificação. 

Pois não. Poderiam ter posto, por exemplo, Becas cinzenta, Becas cauda riscas, Becas olhos verdes.

 

Enfim...

Espero que a minha chamada de atenção evite que outros donos venham a sentir o mesmo que eu, uma certa discriminação por parte de quem deveria tratar todos os animais da mesma forma, e escolheu dedicar a sua vida aos mesmos.

 

 

 

Quando vemos, nos outros, um reflexo de nós próprios

Reflexo no espelho.jpg

 

Mais depressa olhamos para os outros, do que para nós. E é tão mais fácil observar quem nos rodeia, do que direccionar a visão na nossa direcção, pela dificuldade de conseguirmos ver tudo, e de forma isenta.

 

Mas, se pensarmos bem, muitas vezes, aquilo que vemos e apontamos nos outros é, também, um reflexo de nós próprios.

 

Somos as pessoas que, em determinado momento, agem com o coração. E em outro, com a mente, com ponderação.

Somos as pessoas que preferem ver o lado bom das coisas, mas também somos aquelas que, algumas vezes, não conseguem esquecer o mau, e se revoltam.

Somos aquelas pessoas que, muitas vezes, guardam para si as suas opiniões, que preferem calar-se, ignorar provocações, mas também aquelas que, noutras ocasiões, dizem o que têm a dizer, e explodem.

Somos pessoas organizadas e metódicas mas, também, quando calha, menos perfeccionistas.

Somos pessoas de trabalho mas, como outras, também nos sabe bem o descanso, o não fazer nada.

Somos pessoas de causas que, muitas vezes, não precisam de causas para agir.

Somos pessoas calmas, mas até as mais calmas, em determinados momentos, podem exaltar-se.

Somos inseguros, vulneráveis, mas outras vezes confiantes e fortes.

Podemos parecer frios em algumas circunstâncias mas, noutras, oferecer aquele calor humano que conforta.

 

Somos um conjunto de "camadas", de diferentes pessoas numa só, com características mais vincadas e activas que outras e que, à partida, nos definem. 

Mas somos, não raras vezes, um reflexo daquilo que criticamos nos outros, mas que também poderá existir dentro de nós, ainda que adormecido, ou pouco visível.

 

 

Dos concorrentes do "Casados à Primeira Vista" todos temos um pouco

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Encontrei várias semelhanças com as mulheres

Da Liliana:

Tenho a ponderação que ela aparenta demonstrar, a preocupação com o bem estar dos filhos em primeiro lugar.

De diferente, o facto de não me estar sempre a vitimizar, e de ser mais comedida nas demonstrações de sentimentos, sobretudo quando ainda não existem.

 

Da Ana Raquel:

Ainda que em estado muito mais moderado mas - não gosto de surpresas, de me sentir obrigada a, e algumas vezes acabo por fazer algumas coisas contrariada. Também não sou muito adepta de experimentar coisas novas.

Mas ainda não me deu para ser tão desagradável e explodir daquela maneira.

 

Da Anabela:

A determinação, o lutar por aquilo que quero (às vezes), o facto de valorizar muito o carácter das pessoas, mais do que o seu aspecto físico.

 

Da Maria de Lurdes:

Dobrar e arrumar grande parte da roupa, sem a passar. Só passo o esseencial, e já é muito. Uma mulher já tem tanto para fazer, e tão pouco tempo, sobretudo para si mesma.

Também, tal como ela, não gosto de pessoas demasiado inseguras a quem temos que provar, a cada instante, que têm valor, porque elas próprias não o reconhecem a si mesmas.

Mas não sou tão "pra frentex" como ela, nem tão histérica!

 

Da Inês:

O saber levar as coisas com tranquilidade, sem grandes dramatismos.

De diferente, o facto de não me focar exclusivamente na carreira profissional.

 

Da Marta:

A veia meio jornalística.

Por oposição à minha personalidade, não sou assim tão "menina bonita, rica, enjoadinha, princesinha de Cascais"!

 

 

Já no que respeita ao sexo masculino, é mais o oposto - características nas quais não me revejo

Pedro e Luís:

Não me identifico com o lado desportivo, aventureiro e demasiado easy going, mais imaturo. Representam aquilo que, cada vez mais, seria um entrave numa relação.

 

António:

Não gosto de homens possessivos, inseguros, machistas que, à custa disso, azucrinam a vida às mulheres que com eles se relacionam, e acabam por as afastar com esse comportamento.

 

Hugo:

Não me identifico com alguém que gosta de touradas. Que tem um estilo de vida que passa muito por grandes almoçaradas/ jantaradas, com uns bons enchidos, pão e vinho alentejano à mistura 

 

Lucas:

O facto de ser ateia.

 

Paulo:

Para já, a excepção - identifico-me no que respeita à paciência.

 

 

 

E por ai, revêem-se em algum concorrente?

 

 

 

Imagem: movenoticias

 

Quando sentimos que não encaixamos...

Resultado de imagem para acordar para quem você é requer desapego de quem você imagina ser

 

"Sometimes I feel that i don´t fit in anywhere, that I don´t belong anywhere...

But then, I realise I don´t have to fit in or be like everyone else.

I just need to be me..."

s vezes eu sinto que não me encaixo em nenhum lugar, que eu não pertenço a lugar nenhum... Mas então percebo que não preciso me encaixar ou ser como toda a gente. Eu só preciso ser eu...)

 

 

Quem nunca sentiu, a determinado momento que, por mais que tentasse encaixar num determinado grupo, local, círculo, não pertencia ali, parecendo um "peixe fora de água"?

Quem nunca se sentiu, por vezes, estranho, diferente, incompreendido, por vezes até mesmo sem uma personalidade ou estilo próprio, como se ainda andasse à procura do seu verdadeiro eu, no meio de todos os outros?

 

E, enquanto andamos nessa busca, pelo nosso eu, pelo sítio ou grupo onde encaixamos ou a que pertencemos, não conseguimos perceber que não temos que ser iguais a ninguém, nem encaixar neste ou naquele padrão, para nos sentirmos bem.

Basta que nos aceitemos quem somos, como somos, o que nos torna nós mesmos, e não outra pessoa qualquer.

Ainda não não vimos a este mundo, fruto de uma produção em massa, como meros produtos padronizados através de uma mesma linha de montagem.

Ainda somos humanos, com características que nos tornam únicos neste mundo.