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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Porque é que as nossas lágrimas incomodam tanto os outros?

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Ontem, dizia uma senhora para a jovem que estava a chorar à sua frente: "Aqui nesta casa, não se chora! Mesmo que as coisas não estejam bem, mostramos sempre um sorriso na cara.".

Não sei se, por ter tido sempre que se habituar a esconder aquilo que sentia, e usar esse sorriso como máscara, e agora querer transmitir isso, ou porque, simplesmente, queria consolar a jovem.

 

Já outra, afirmava, em jeito de brincadeira "Ela já sabe que se começar a chorar, leva logo na cabeça!"

Neste caso, porque acha que, da infelicidade, já se encarrega a vida, restando a nós ver o lado bom das coisas, e mudar a forma de pensar e encarar as situações.

 

Até mesmo eu, apesar de também ser uma chorona, por algumas vezes, para atenuar momentos tristes que presencio, com pessoas à minha volta, tento fazer parvoíces, palhaçadas, brincar, fazê-los rir ou, com pessoas apenas conhecidas, tentar mostrar um outro lado da mesma situação.

Se, no primeiro caso, é mesmo por gostar das pessoas e não as querer ver tristes, no segundo, é porque fica sempre aquele desconforto, aquele constrangimento, de não saber o que fazer, o que dizer, de não sermos a pessoa mais indicada para estar ali, e consolar.

Também pode acontecer achar que a situação não é assim tão grave, que justifique aquelas lágrimas.

Ou não ter o mínimo jeito, ou sensibilidade, para consolar os que estão ao nosso lado.

 

Seja qual for o motivo, a verdade é que as lágrimas parecem incomodar ainda muita gente. As nossas lágrimas, aos outros. E as dos outros, a nós?

Porquê?

Não sei.

É assim tão mau chorar? Mostrar os nossos sentimentos, a nossa tristeza, através delas?

Até dizem que chorar faz bem e lava a alma, que ajuda a superar e ultrapassar os problemas. 

Então, porque é que os outros querem, tantas vezes, que as contenhamos, que as evitemos, que não as derramemos, pelo menos à sua frente?

Pensarão eles que isso nos torna mais fracos, mais frágeis, mais vulneráveis?

Será também isso o que pensamos, quando nos envergonhamos de estar ali a chorar à frente dos outros?

Ou por acharmos que não as, e nos, irão compreender? 

 

E por aí?

Como reagem às lagrimas dos outros?

E os que vos rodeiam, às vossas? 

Juntos para Sempre - Saí do cinema apaixonada por cães!

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Já tinha visto o trailer, e sabia que ia gostar. Sabia também que iria chorar. E lembrar-me da Tica, claro!

O que eu não sabia, é que sairia da sala de cinema apaixonada por estes animais. É certo que gosto de cães, e por todas as histórias que tenho lido, em que eles entram, e por casos reais a que assisto, essa paixão já tinha vindo a ser semeada. Mas eu, que sou incondicionalmente apaixonada por gatos, dei por mim a pensar que não me importava de ter um cão como estes!

 

"Juntos para Sempre" é um filme que todas as pessoas que gostam de animais deveriam ver.

Talvez seja um filme mais duro para quem, algum dia, já perdeu o seu animal de estimação. Mas  ainda assim, acho que irá gostar.

Ver "Juntos para Sempre" é como estar num ringue de boxe, e estar a levar socos, uns atrás dos outros. Aos primeiros rounds, ainda nos conseguimos erguer por momentos. A meio do combate, já não conseguimos. Depois de soco atrás de soco, rendemo-nos. Só queremos que tudo acabe bem,e que o final chegue depressa.

 

Há de tudo neste filme:

- a amizade entre um cão e uma criança, que vai crescendo à medida que os anos vão passando

- o abandono dos animais, por pessoas sem escrúpulos,no meio do nada

- um cão deixado fechado num carro, com altas temperaturas, e quase a morrer à sede

- pessoas que adotam cães bebés porque são bonitinhos e fofinhos, mas deixam de lhes dar atenção quando crescem

- pessoas que amam os animais e são capazes de tudo por eles e, quando assim é, custa muito mais a despedida

 

E acreditem, ainda hoje, ao pensar naqueles olhos castanhos, fico com um aperto no coração, e um nó na garganta.

Os animais são tão mais inteligentes, verdadeiros, amigos e leais, que a maioria dos humanos, que não há forma de explicar como nos marcam. 

 

A história é narrada pelo protagonista canino do filme, o que ainda contribui mais para nos apaixonarmos, e sofrermos com cada vida que passa, e já não volta.

 

Pode parecer masoquista, mas via este filme novamente. E mais uma vez, e mais uma!

Mas talvez seja melhor verem vocês mesmos, para perceber tudo o que estou para aqui a dizer :)

 

Levar crianças para os serviços públicos

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Se nós, adultos, não temos muitas vezes paciência para esperar horas a fio a nossa vez de sermos atendidos, o que dizer das crianças?

Se a nós nos incomoda a confusão, o barulho de dezenas de pessoas a conversarem, o ter muitas vezes que esperar em pé, pior ainda será para as crianças. E, consequentemente, pior para nós, porque temos que entretê-las, mantê-las sossegadas e em silêncio, e ouvi-las reclamar com fome, com sede, com sono, com vontade de ir à casa de banho, e por aí fora. Isto, quando não lhes dá para fazer birra, chorar ou gritar, acabando por incomodar as outras pessoas, e afectar o próprio serviço.

 

Eu própria, quando a minha filha tinha cerca de um ano e meio, tive que trazê-la para o meu trabalho, e levá-la comigo aos vários serviços onde tinha que ir. Não correu muito mal, mas também não foi fácil, até porque ela ao fim de 5 ou 10 minutos já queria ir embora, e começava a ficar irrequieta. Mas eu não tive outra hipótese. Foi numa semana em que a minha mãe, que tomava conta dela, foi operada, e eu não tinha com quem a deixar.

 

No entanto, há pais que levam os filhos mesmo que não seja necessário, como se estivessem a ir todos para um passeio. Até pode correr bem, o assunto despechar-se depressa, e irem à sua vida num instante. Mas também pode não ser assim tão simples e rápido.

 

Por isso, sempre que for possível, evitem levar crianças para serviços públicos. Será o melhor para todos.

 

 

Chorar faz bem

 

Além do seu efeito libertador, e da sensação de tranquilidade que, tanto homens como mulheres sentem depois de chorar, chorar permite ao corpo expulsar, através das lágrimas, substâncias químicas que o organismo produz quando submetido a situações de stress.

Pode-se, então, considerar que chorar é benéfico, funcionando como mecanismo de defesa do corpo e dos próprios olhos, uma vez que as lágrimas formam uma película que os lubrifica e os protege contra agressões externas.

Por isso, quando sentir uma imensa vontade de chorar...chore!

Prometo Amar-te


Um acidente de automóvel coloca Paige (Rachel McAdams) em coma. Quando ela acorda e revela sofrer de total perda de memória, o seu marido Leo (Tatum) não tem outra alternativa senão empenhar-se para reconquistar o seu coração, pela segunda vez.
 
 
Para terminar em grande o espírito de S. Valentim, não podia deixar de falar neste filme que, para mim, será daqueles que, por mais vezes que o veja, nunca me irei cansar, e os sentimentos que ele me irá transmitir serão sempre os mesmos!
Baseado em factos verídicos, este filme faz-nos rir, mas também nos faz chorar em vários momentos, principalmente no fim, quando nos apercebemos do desfecho que o destino reservou às personagens, e que reflecte a verdadeira história.
Durante a maior parte do tempo coloquei-me no lugar dele - deve ser uma enorme sensação de frustração perceber que aquela mulher que está ali à sua frente, que ele ama mais que tudo na vida, a sua única família, com quem ele viveu tantos bons momentos, com quem ele casou, não se lembra de nada disso. Que o vê como um estranho, em quem não tem confiança, por quem não sente absolutamente nada...
E, por mais que ele tente, da forma que acha ser a melhor, ajudá-la, as coisas não correm como ele espera, e a esperança dá lugar ao desespero. 
Ele mantém-se a mesma pessoa, honesta, simples e pura, que prometeu (quase que a adivinhar o que iria acontecer) fazer tudo para que encontrassem sempre uma forma de ficar juntos, mesmo que houvesse algo que os afastasse. E acreditem que ele foi um homem paciente que, por amor a ela, se sujeitou e enfrentou situações que nem todos aguentariam. Mas ele também não é de ferro, também tem sentimentos e, por isso mesmo, chega o momento em que é preciso recuar, dar espaço, e esperar que a iniciativa venha da outra parte.
Também me coloquei no lugar dela, e deve ser igualmente frustrante o nosso cérebro ter apagado uma parte da nossa vida. Querermo-nos lembrar das coisas e não conseguirmos juntar as peças. Mais frustrante ainda estarmos debaixo da pressão de termos que nos lembrar porque todos estão à espera disso. Mas ela não se lembra de nada, a não ser do ex-namorado, da sua família, e dos tempos em que ainda não conhecia o seu marido. E, talvez para ela, isso seja suficiente, afinal não tem nada a perder...Pode reescrever a sua história da forma que entender...
Mas, quando um amor é verdadeiro, talvez essas duas pessoas estejam destinadas a ficar juntas...
Só mesmo vendo o filme para o descobrirem, mas posso dizer que o final para mim foi marcante. Primeiro porque estava a ver o filme e parecia que as coisas finalmente começavam a melhorar. De repente, acaba! E eu pensei: "então mas acaba assim?" Eu queria mais! E depois, aquela frase ficou a martelar-me na cabeça e não consegui desligar "ela nunca recuperou a memória..."
Nunca pensei que isso fosse possível, sempre tive aquela ideia que as pessoas perdiam temporariamente, mas aos poucos iam acabando por se lembrar. Para mim, foi um choque. Nem quero imaginar se algum dia isso me acontecesse...E pronto, lamechas como eu sou, não consegui evitar as lágrimas, que ao longo de todo o filme teimavam em dar um ar da sua graça!