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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"A Rapariga Selvagem": o regresso ao cinema pós pandemia!

A Rapariga Selvagem - Cinemas NOS

 

Há muito tempo que não íamos ao cinema.

Já antes da pandemia. E com a pandemia, menos ainda.

Este ano, estava a tentar arranjar um programa para fazermos com as amigas da minha filha, e surgiu essa ideia.

Vi os filmes que estariam em cartaz, enviámos o trailer para ver se todas gostavam, e escolhemos "A Rapariga Selvagem", baseado no livro "Lá, Onde o Vento Chora", de Delia Owens.

 

O filme conta a história da "menina do pântano", uma criança que foi abandonada por todos, e que cedo teve que aprender a sobreviver sozinha, tendo por única companhia os sapais e os animais que por lá habitam.

Não é que ela não se queira relacionar com os outros. Mas o seu pai sempre lhe disse para nunca confiar em ninguém.

E a verdade é que, quando voltou a confiar, voltaram a traí-la, e abandoná-la.

Apenas Jumpin' e a sua mulher, Mabel, mostraram alguma compaixão pela pequena Kya.

 

A história começa com a descoberta de um corpo, e a captura de Kya, agora mulher, como suspeita do crime.

Teria ela motivos para tal? Tinha!

Mas, fará isso, dela, uma assassina?

Todos os habitantes da cidade de Barkley Cove parecem acreditar nisso.

Ela é a estranha. A desgarrada da comunidade. A selvagem.

 

Mas um advogado, Tom, acredita na inocência de Kya, e irá tentar provar que tudo poderá não ter passado de um mero acidente.

Até porque não há qualquer prova contra Kya, apenas suposições de quem tem que, ou quer, encontrar um culpado à força.

 

Assim, vamos alternando entre o presente, o julgamento, e a decisão final, e o passado, o que levou Kya até àquele momento.

Mais para o fim, o tempo avança, até à morte de Kya, altura em que nós, público, ficamos a conhecer a verdade sobre a morte de Chase.

 

Culpada ou inocente?

Acidente ou crime?

Presa, ou predadora?

Que destino estará reservado a Kya? 

 

Valeu a pena ver o filme, por isso, foi um regresso em grande!

As paisagens do pântano e dos sapais são deslumbrantes.

Depois, tem toda a parte social e psicológica, para quem gosta dos temas.

E tem o mistério, e segredos muito bem guardados.

 

 

Modernices: cinematograficamente falando

 

Antes, era tudo muito mais simples e objectivo.

Havia a história original e, eventualmente, havia as sequelas, que davam continuidade à mesma, ou as prequelas, que mostravam o que acontecia antes da história principal.

OUTROS 300: 18º VITÓRIA CINE VÍDEO: CURTAS JÁ FORAM ESCOLHIDOS

 

Agora, é todo um conjunto de termos novos:

reboot uma nova versão de uma obra de ficção

spin off - história derivada de qualquer obra de ficção

remake - recria a mesma obra e conta a mesma história, mas adaptada à actualidade

crossover - obra que junta personagens de histórias e universos distintos

 

Por aí, já estão familiarizados com estas designações?

Lembram-se de mais algum termo cinematográfico do género?

Cinema de fim de semana

Nota negativa para:

 

Resultado de imagem para o regresso de johnny english

 

Quem me conhece sabe que comédias deste género não são o meu forte e, logo aí, já ia de pé atrás. Mas como a minha filha queria ver, lá acedi.

A história até dava um bom filme de acção. 

Sim, porque de comédia tem muito pouco. O famoso "Mr. Bean" é bom nesse papel em que, mesmo sem abrir a boca, nos faz rir.

Já neste género de filme, perde a sua graça, e a sua personagem chega até a irritar, de tão burra e desastrada que é.

 

 

 

Nota positiva para:

 

Imagem relacionada

 

Um filme com mais de 20 anos, mas que permanece actual.

Que mostra como nem todos os jovens provenientes de bairros problemáticos,  são delinquentes.

Que mostra que, por vezes, basta que acreditem neles e lhes dêem uma oportunidade, para que mostrem todo o seu potencial, conhecimento, vontade de aprender e de ser alguém na vida.

Que prova que, nem sempre, as escolas, e os professores, estão preparados para tirar o melhor destes jovens, discriminando-os, desistindo deles, considerando-os casos perdidos.

Que exemplifica como, para um jovem aprender e se motivar, o segredo não está num programa de ensino convencional, sem graça e, muitas vezes, ultrapassado. Os jovens podem aprender a mesma coisa de diferentes maneiras, e de forma mais cativante.

Que demonstra que, muitas vezes, as famílias desestruturadas, a pobreza, o meio em que estão inseridos, pode influenciar os jovens negativamente mas, se houver alguém que lhes estenda a mão, que lhes mostre que podem ser diferentes, que podem escrever a sua história, tudo pode ser diferente.

Claro que seria uma utopia pensar que basta uma professora excêntrica, e verdadeiramente preocupada, para mudar o destino de todos.

E, como tal, até nesse ponto o filme é realista, ao mostrar que houve jovens que Louanne não conseguiu salvar.

O meu marido, que já trabalhou com jovens em risco e lidou de perto com eles, estava a ver o filme e a reconhecer, de certa forma, os jovens que conheceu, naquelas personagens.

 

Fomos ao cinema ver "The Nun"

Imagem relacionada

 

Assim que soube que iria estrear em setembro, disse à minha filha.

Ela quis logo ir ver. O meu marido também.

Aproveitámos este domingo em que estávamos todos juntos para ir ao cinema.

 

Tínhamos receio que a sessão esgotasse, mas o que vale é que as pessoas, por norma, preferem ir aos shoppings, e não tanto para aquele cinema, por isso tivemos sorte.

Não sou muito fã deste género de filme, mas tinha visto em casa o The Conjuring - A Evocação, onde aparecia Valak e, sendo este filme passado antes, fiquei curiosa.

 

O flme está bem conseguido, ainda nos pregou uns quantos sustos, e a freira é realmente aterrorizante.

 

Tanto que, durante as filmagens de algumas cenas noturnas no castelo, um morcego invadiu uma das tendas onde se encontrava Bonnie Aarons, a atriz que dá vida à temível freira, e estava caracterizada como tal, e ficou tão atordoado com a visão que precisou de auxílio de um dos membros da equipa de efeitos visuais, para conseguir sair da tenda!

 

Às tantas, não sabemos que personagens são reais, ou apenas meras visões. 

Tudo começa com o suicídio de uma freira, num convento, na Roménia.

O Vaticano envia, então, um padre e uma noviça para investigarem o ocorrido, e garantir que o local ainda é sagrado. A ajudá-los, apenas um residente local que costuma levar mantimentos ao convento.

Apesar de a situação ser grave, e de o padre e a noviça ficarem entregues à sua sorte naquele local, existem cenas caricatas e engraçadas.

 

Pessoalmente, talvez porque não acredite muito nestas coisas dos demónios, espíritos malignos e exorcismos, prefiro filmes de terror baseados em algo mais real e actual.