Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #21

20231130_085730 - Cópia.jpg

 

Não poderia estar de pior humor, naquele dia.

Um dia que tinha amanhecido cinzento. Pesado. Escuro.

 

E chuvoso.

Não aquela chuva miudinha, "molha tolos". Nem uma chuva normal, razoável.

Naquele dia, chovia bem. Uma chuva forte, que não dava tréguas a ninguém.

 

E ventoso.

O que dificultava a tarefa de manter um guarda-chuva aberto e intacto.

 

Como se não bastasse, mais do que a chuva que caía, eram os banhos causados pela passagem dos carros na estrada, que atiravam água para o passeio, e para quem nele tivesse o azar de se encontrar.

Portanto, ao fim de alguns minutos, a roupa estava toda molhada, os pés encharcados, e a boa disposição tinha-se perdido pelo caminho.

 

Foi quando, quase a chegar ao trabalho, olhou para o chão, também ele cinzento, a condizer com tudo naquele dia, e a viu: aquela folha amarela, caída, a levar com as pingas da chuva.

Um pouco de cor, para um dia sem ela.

Um motivo para sorrir, e devolver o ânimo.

Porque no meio de tudo o que parece menos bom, mau, péssimo, terrível, há sempre algo que nos traz de volta a esperança.

E nos anima naqueles dias que se adivinham duros ou aborrecidos. 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

1 Foto, 1 Texto #13

20231019_085749.jpg 

 

O céu estava carregado.

Não chovia... Ainda.

Mas o vento parecia estar a chamar a chuva.

 

Amanhecia.

Mas o dia, em vez de ficar mais claro,  parecia escurecer.

Pesadas nuvens o atravessavam, e cobriam.

 

Não estava frio, apesar de tudo.

E, por incrível que pareça, sabia bem sentir o vento.

Ainda que a sua presença não tivesse a melhor intenção.

 

Poucas pessoas andavam na rua.

Afinal, o aviso era para ficar em casa.

Até o trânsito circulava melhor.

 

No centro de Mafra, olhei para D. João V.

Também ele, a condizer com o tempo.

Em tons de cinzento e negro.

 

Cheguei ao trabalho, e olhei para a rua.

Tinha começado a chover.

E a tempestade prometia um longo dia pela frente.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

Ainda haverá espaço para a criatividade no futuro?

 

Ao longo dos tempos, temo-nos vindo a transformar cada vez mais em robots, em pessoas mecanizadas com com instruções claras de como funcionar, deixando pouco espaço a algo que fuja dessa rotina programada.

E, como é óbvio, isso tem as suas repercussões e consequências nefastas, a curto, médio e longo prazo, não só a nível físico como a nível mental e emocional.

Em vez de nos sentirmos leves, felizes e de bem com a vida, sentimo-nos como se carregássemos um peso enorme às costas, tristes, abatidos, conformados.

Os dias e a nossa vida deixam de ser coloridos, passando a vivê-los em tons de cinzento.

O tempo passa por nós,e nem damos por ele passar. Até ao dia em que olhamos para a monotonia em que a nossa vida se tornou.

Deixamos morrer os sonhos, a imaginação, a criatividade...No novo mundo, não há muito espaço para isso. 

Iremos mesmo permitir que isso aconteça?

Será que vamos a tempo de inverter este quadro, ou será algo inevitável?

 

 

Esta curta-metragem mostra um pouco do que está a acontecer às nossas crianças, e aos adultos.

Os autores, Daniel Martínez Lara e Rafa Cano Méndez mostram, em cerca de 7 minutos, o que acontece à nossa vida quando a criatividade é afundada pela rotina diária.

O vídeo incide também sobre a paternidade, e a importância de deixar as crianças fazerem as suas próprias viagens.
 
 

Concordam com esta visão?

 

 

 

Pequenos raios de sol

Os meus últimos tempos têm-se caracterizado por céu geramente muito nublado.

Depois, de vez em quando, mas esporadicamente, surge um pequeno raio de sol, e aí fico mais confiante e animada.

Mas são tão poucos esses raios de sol, e de tão pouca duração, que não consigo sequer aquecer. E lá voltam as nuvens negras a que já me começo a habituar.

Não vejo a hora de o sol surgir com toda a sua força, mostrar aquilo de que é capaz, e mandar embora estas nuvens que não estão cá a fazer falta...