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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O único reality show em Portugal que conseguiu ser genuíno

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Ou, pelo menos, tentou sê-lo.

Falo, como não poderia deixar de ser, da primeira edição do Big Brother!

 

Era o primeiro em Portugal.

A produção não sabia se o formato funcionaria por cá, e a estação não fazia ideia da aceitação e audiências que poderia ter.

Os concorrentes não sabiam muito bem ao que iam, nem como seria estarem fechados tanto tempo numa casa.

E o resultado foi o que se viu: um sucesso, com concorrentes que marcaram, quer pela positiva, quer pela negativa, e dos quais ainda hoje nos lembramos.

De certa forma, também eles não tinham filtros. Pareciam mais genuínos. Com as emoções à flor da pele. A sentir cada momento, stress, diversão, pressão, saudade, inimizades, num único espaço.

 

Desde então, se repararmos, todos os seus sucessores, através desta primeira experiência, cujos concorrentes acabaram por servir de cobaia, começaram a parecer, cada vez mais, um produto pré fabricado.

Um produto que foi sendo limado aqui e ali, para ver como poderia aumentar as audiências, causar polémica, ser falado.

Um produto que vem com guiões, para personagens específicos que, quanto mais problemáticos, chocantes ou alucinados, melhor, para que encaixem na perfeição.

 

Hoje, olhamos para os actuais reality shows, e começamos a acreditar que aquelas pessoas que ali surgem, na sua vida privada, não serão as mesmas que nos entram pelo ecrã. Que, aquelas que nos chegam estão, simplesmente, a desempenhar um papel que lhes foi atribuído naquela história. 

 

A diferença dos reality shows, para uma qualquer telenovela ou série é que, enquanto os atores, mesmo desempenhando o papel de vilões, vêem as personagens diferenciadas da pessoa que são, e continuam a ter o carinho do público, os concorrentes, são vistos como um só, e ficam, muitas vezes, com a imagem denegrida, e sujeitos a todo o tipo de comentários indesejados.

Enquanto os atores são vistos como pessoas que estão ali a trabalhar, na profissão que escolheram, os concorrentes são vistos como "os parasitas", que não querem trabalhar e se sujeitam a tudo, para ganhar dinheiro e fama.

Ao género "não importa se falam bem ou mal, desde que falem".

 

E não me venham falar de experiências sociais, porque a única coisa que ali estar a ser testada é, até que ponto, vale toda a exposição, polémica, atrito, conflito, pressão, para garantir boas audiências.

E até que ponto os concorrentes se deixam "vender", sofrendo muitas vezes nas mãos das produtoras desses formatos, nomeadamente, com chantagens, obrigações, diria até, alguma violência psicológica, para aparecerem na televisão.

 

Experimentem, um dia destes, voltar às origens.

Deixar os concorrentes serem eles próprios, e agirem de acordo com a sua personalidade.

Perceber até que ponto querem participar em algo, que só lhes garantirá um salário equivalente ao que receberiam, se estivessem a trabalhar.

Deixar por conta da prestação destes, e do público, o nível das audiências.

Poderia até nem resultar. Mas, para quem está deste lado, seria muito mais credível e interessante. 

 

 

A Experiência Belko

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Um filme não aconselhável a pessoas sensíveis a sangue!

 

Começamos a ver o filme e pensamos "uau, também quero um emprego assim, com direito a carro, apartamento, e outras regalias"!

De resto, colegas simpáticos, outros meio malucos e, como não podia deixar de ser, algumas "ovelhas negras".

A empresa fica na Colômbia, isolada, tendo apenas a rodear campo e algumas vacas a pastar.

O que se faz nesta empresa? A que é que se dedica?

 

Num dia normal, como outro qualquer, estão todos a chegar ao trabalho mas, desta vez, os guardas são novos, e estão a mandar de volta para casa os nativos, deixando apenas seguir os restantes funcionários. Uma nova colega inicia o seu trabalho naquele dia.

Leandra sente-se incomodada com o assédio de um colega, mas logo se esquece, quando chega o namorado, Mike, apenas interrompidos pelo chefe, que disfarça.

 

 

Tinha tudo para ser um dia normal, mas não o será!

De repente, ouvem uma voz que lhes diz que têm que jogar o jogo e seguir à risca as regras,se quiserem sobreviver. A edifício é, automaticamente, fechado com metal que impede qualquer um de sair, e quem quer que queira entrar.

A primeira etapa consiste em matar 3 colegas de trabalho, ou morrerão 6 deles. Ninguém acredita, pensando tratar-se de uma piada. O chefe tenta manter a calma, evitar o pânico entre os funcionários e minimizar a situação. Até que começam as primeiras mortes. No início, pensam que serão balas, mas depressa percebem que o que os matou foi algo no interior - o chip que lhes colocaram ao entrar na empresa, e que afinal é uma bomba.

 

Mike, mostrando um enorme sangue frio, tenta tirar o seu próprio chip, mas é obrigado a parar, sob pena de o fazerem explodir.

As pessoas começam a entrar em desespero, e aqueles que deveriam ser mais sensatos, são aqueles que vão tentar salvar a sua própria pele, nem que tenham que matar até os que lhes são mais próximos.

 

A última etapa do jogo, agora que a maior parte dos funcionários está morta, consiste em acumular mortes. Aquele que tiver mais mortes no seu "curriculo", vence.

 

Conseguirá alguém sair daquele edifício com vida ou, no final, não escapará ninguém? Deixariam alguém que passou por aquela claustrofobia e pesadelo, sobreviver para contar a história?

Será que aquela empresa - a Belko - não passa de uma fachada para algo mais macabro que está a ser levado a cabo pelo governo, e que os funcionários não passam de cobaias?

 

Um filme em que veremos, apesar de tudo, pessoas com carácter, entre as quais destaco a postura do segurança, bem como o pior do ser humano que, no fim, só se quer salvar. É cada um por si.

É matar, ou morrer!