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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Quando nos querem cobrar um serviço que não pedimos

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Num dia em que o meu pai tinha ido dar a sua voltinha matinal, passa por ele o coveiro da vila, muito indignado, que as coisas não se fazem de borla, e se querem que ele faça as coisas têm que pagar, e menciona o nome dos "Cravinas" (à qual pertence a minha mãe).

O meu pai, sem perceber nada, ficou calado. Não fazia a mínima ideia ao que o homem se referia.

 

No dia seguinte, perguntou-me se eu tinha ido ao cemitário, e contou-me essa situação do coveiro.

Disse-lhe que não tinha pedido nada, nem sequer o tinha visto. Diga-se de passagem, vejo-o mais fora do cemitério, do que lá dentro.

Portanto, alguém da família Cravina, que não nós, lhe devia ter pedido alguma coisa, e ele não estava satisfeito.

Não sei ao certo o que lhe pediram mas, se não fizer parte das suas funções, acho bem que queira ser pago. Mas não nos meta ao barulho, porque não lhe pedimos nada.

 

Este sábado, fui ao cemitério.

E começou a fazer-se luz.

A campa ao lado da minha mãe, que também pertence à família, estava toda arranjadinha, com saibro, e colocaram o berço que tinham tirado há um ano, e não tinham voltado a pôr.

A da minha mãe, também estava arranjada, mas sem o berço (a mim não me faz falta porque não dá jeito nenhum se quiser lá pôr flores), e desapareceu a fotografia da minha mãe.

Procurei pelo coveiro, mas nem sinal dele. 

Voltei lá à hora do fecho.

Era um outro coveiro que lá estava. Disse que às vezes as fotografias caem, ou descolam, e guardam lá numa casinha, mas que tinha que falar com o colega, porque tinha sido ele a tratar das campas.

Informou-me que foi a irmã do falecido (ao lado da minha mãe) que tinha pedido para arranjar a campa do irmão. E que, da minha mãe, foi uma outra senhora, que não faço ideia quem seja.

Fiquei de passar por lá para ver a história da fotografia no próximo fim de semana.

 

Entretanto, hoje ao almoço, estava a ir para casa, chama-me o coveiro (que estava na esplanada do café) a dizer que já tinha arranjado a campa da minha mãe, e faltava só pôr o berço.

Disse-lhe que isso não me interessava, que apenas queria saber da fotografia. Respondeu que não sabia, mas que ia ver. 

Quando lhe perguntei quem tinha pedido a ele para arranjar as campas, veio com esta conversa:

"A do lado foi a tua prima que pediu. Mas já que estava a arranjar uma, parecia mal não arranjar a outra. Ainda por cima vem aí o dia de finados. Arranjei a da tua mãe também, que depois o Sr. Manuel se quiser logo dá qualquer coisita."

E foi aí que fez sentido a conversa que teve no outro dia com o meu pai. Estava a ver se cobrava o serviço!

 

 

 

Quem tudo quer, tudo perde, já dizia o ditado!

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Há alguns meses que vou a um café/ restaurante comprar duas sopas e uma caixa de arroz pequena, uma vez por semana,

Com a antiga gerência, pagava €. 2,20 pelas duas sopas, e €. 1,50 pelo arroz.

Entretanto, estiveram uns dias fechados, no final de Abril, para abrir em Maio com nova gerência.

Nessa altura, fui lá perguntar se continuavam a ter a sopa e o arroz, e da primeira vez, com a nova gerência, paguei €. 3,00 (€. 2,00 as sopas, €. 1,00 o arroz). Pensei "que maravilha, poupo 70 cêntimos todas as semanas"!

 

A minha alegria durou pouco. Na segunda ou terceira semana, passaram a cobrar €. 3,20 (subiu a sopa, manteve-se o arroz). Tudo bem, ainda sai mais barato que antes.

Manteve-se este valor durante várias semanas até que, um dia, uma das donas me pediu €. 3,50, justificando que era €. 2,20 das duas sopas, €. 1,00 do arroz, e €. 0,30 cêntimos da caixa. Paguei.

 

Depois disso, tem vindo a atender-me outra das donas, e voltei a pagar os €. 3,20 que costumavam cobrar. Fiz questão de pagar sempre com uma nota, para ver o troco que me davam.

 

Ontem foi dia de lá ir. Atendeu-me a dona que costuma cobrar mais caro. Já estava preparada para os €. 3,50. Mas, qual não foi o meu espanto, quando me disse que era €. 4,10!

 

"Desculpe? Então, mas ainda na semana passada cá estive, e paguei €. 3,20!" 

"Estamos a cobrar o valor da caixa."

"Mesmo assim, já cheguei a pagar a caixa e cobrou €. 3,50." 

"É que a senhora está a levar 3 caixas." (pelos vistos a caixa grande da sopa conta como duas, fazendo assim €. 0,90 cêntimos só das caixas)

"Então é melhor ver com a sua colega, porque você cobra uma coisa, ela cobra outra, e fico sem saber afinal quanto é que é."

 

Aproveitando que a colega tinha chegado ao balcão, expus a situação, ao que a outra começou por responder que no início não cobrou porque eu já era cliente da anterior gerência, e que levava dinheiro certo e não teve para estar a pedir. Depois, quando disse que ainda na semana passada tinha cobrado o mesmo valor, disse que se deve ter esquecido!

 

"Pois, então tem-se esquecido sempre, porque nunca me cobrou nada pelas caixas."

 

Resultado: desta vez cobrou só uma caixa, mas para a próxima tenho que ser eu a levá-las de casa, ou pago as 3. Entretanto, vão de férias durante o mês de Agosto. Palpita-me que não devo lá voltar a pôr os pés.

De certeza que a anterior gerência também pagava as caixas ao fornecedor, e não ficava a perder, na hora de cobrar aos clientes o que lá ia dentro. Há muitas formas de reaver esse valor.

Claro que estão no seu direito, de cobrar pelas caixas. Mas sendo assim, também estou no meu direito de não me sujeitar a isso e não voltar lá mais. E, assim, por conta de 0,90 cêntimos, perdem esse e o restante, ao perder o cliente regular.

 

É assim a vida! Quem tudo quer, tudo perde!