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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Faz-me Acreditar", na Netflix

(filmes que nos fazem viajar)

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Desta vez, até Assos, uma antiga cidade, hoje conhecida como Behramkale, localizada na província de Çanakkale, na Turquia.

O filme é um romance, mas o que marca são as magníficas paisagens que nos vai mostrando ao longo da história, e que nos levam numa viagem turística e histórica.

 

 

 

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As filmagens decorreram em vários pontos, como a aldeia de Adatepe köyü Yolu, que remonta ao período otomano.

Aí, no sopé das Montanhas Kaz, podemos encontrar casas de pedra e ruas sombreadas.

 

 

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É, também na aldeia, que se encontra o Altar de Zeus, nas Montanhas Kaz, com vista para a Baía de Edremit, o Mar de Assos e as ilhas Ayvalık e Lesbos.

Segundo a mitologia, Zeus assistiu à Guerra de Tróia desta colina. 

 

 

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O porto de Assos é, igualmente, palco de várias cenas, e proporciona imagens como estas.

 

 

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Athena Tapinaği - as ruínas do templo de Atena

 

 

Então, e sobre o que é mesmo o filme?

Uma jornalista e um fotógrafo são levados, pelas respectivas avós, a passar um fim de semana em Assos, pensando que aquelas se estariam a sentir mal.

Na verdade, tudo não passava de uma armação para ver se o casalinho se juntava de uma vez.

Só que eles não se podem ver nem pintados, por conta de um passado mal resolvido.

 

Agora, Sahra é "obrigada" a dar-se bem com Deniz, para conseguir a entrevista que ele negou a todos os outros, e que lhe valerá a tão almejada promoção. Caso contrário, terá que se demitir, e admitir a derrota perante o seu rival.

O que ela não contava, era que os seus sentimentos, outrora enterrados, viessem à superfície. E ele não esperava que, pela segunda vez, ela brincasse com ele e o magoasse.

Entre comédia e romance, este é um filme leve, que vale a pena ver!

 

 

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Um Homem Chamado Ove, na HBO

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Já tinha ouvido falar no livro, há uns anos.

Nunca me disse muito.

E acabei por esquecer.

 

Num destes dias, encontrei o filme no catálogo da HBO.

Estava na secção de comédia.

Pessoalmente, não considero que o filme seja uma comédia, mas a minha noção é um pouco duvidosa.

Depois de uma demorada procura por um filme que agradasse a ambos, acabámos por ver este.

 

Ove parece ser um homem intragável, com a mania que é o fiscal da área, muito perfecccionista e que não se dá com ninguém da vizinhança.

Está sempre a reclamar, nunca satisfeito com nada, e também parece não nutrir grande simpatia pelos animais.

Mas que importa? 

Em breve todos ver-se-ão livres dele.

Está tudo programado e, em breve, ele irá suicidar-se, pois é a única forma de ir ter com a mulher, de quem sente a falta.

 

Só que, maldição, logo tinham que aparecer uns vizinhos novos, para lhe estragar os planos.

Ele bem tenta, de todas as formas e mais algumas, levar a cabo o suicídio. Mas há sempre algo que o impede.

Nem mesmo quando vai parar ao hospital, o seu problema de coração lhe faz a vontade.

Como diz Parvaneh, a sua vizinha, ele é um homem duro de morrer!

 

E é assim que vamos conhecendo a vida de Ove, desde que era um miúdo, até ao presente, alternando entre acontecimentos passados, traumáticos, que viveu, e a actualidade, em que acaba por perceber que não precisa de manter sempre aquela capa de homem duro e insensível, e que a vida ainda lhe pode reservar algo de bom.

 

No fim, a amizade, a entreajuda, a união e a bondade mostram-nos um outro Ove, literalmente, com um coração grande demais, capaz de gestos que nunca esperaríamos! 

O homem por quem Sonja se apaixonou, o homem que lutou contra tudo e contra todos, para vê-la feliz. 

As antigas desavenças (que nem deveriam ter começado, de tão pouca importância que tinham) são, finalmente, deixadas para trás.

E a harmonia volta ao bairro.

 

Ove já não pensa em suicidar-se.

Tem amigos, tem vizinhos que o acarinham, tem uma espécie de netas emprestadas que o adoram.

Está feliz!

Mas o destino pode ter outros planos para ele.

E, quem sabe, a felicidade não se completa, e complementa, como ele tanto queria...

 

 

E tudo se conjuga para um final

 

 

 

"O desaparecimento de Stephanie Mailer", de Joël Dicker

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Em 1994 ocorreu, em Orphea, nos Hamptons, um quádruplo homicídio.

O alvo seria o perfeito, e a sua família. Meghan teria sido um dano colateral.

Um homem foi acusado do crime, e a vida seguiu em frente para todos.

Vinte anos mais tarde, a jornalista aborda um dos policiais responsáveis pelo caso afirmando que, apesar da sua carreira impecável, ele deixou escapar o verdadeiro culpado daquele homicídio, porque só viu aquilo que "quis ver".

E é assim que, contra a vontade de muitos, Jesse, Derek e Anna voltam a desenterrar o caso, e a ressuscitar fantasmas do passado.

 

Na noite após ter conversado com Jesse dando a entender que o verdadeiro assassino estava à solta, Stephanie Mailer desaparece.

Mas esse desaparecimento é apenas o início. O ponto de partida para desvendar a verdade. E, nesse caminho, muitos segredos serão revelados, e mais algumas pessoas, directa ou indirectamente envolvidas, eliminadas.

Há pessoas que procuram respostas às dúvidas que as consomem há 20 anos. Que procuram justiça. 

E há outras, como o assassino, que farão de tudo para que nada seja descoberto.

 

Confesso que, apesar do início cativante, a determinado momento, com tantas personagens novas a entrar na história, sem qualquer ligação aparente entre elas, e sem ligação aparente à trama principal, houve um momento em que pensei ficar por ali na leitura.

Felizmente, não fiquei.

Continuo a achar que houve ali partes desnecessárias, e personagens a mais, das quais se poderia prescindir, sem afectar a história.

Mas valeu a pena chegar ao fim.

 

Este livro mistura drama, comédia, suspense, crime e um pouco da realidade de cada um de nós.

E prova, tal como Stephanie disse, que muitas vezes a verdade está mesmo ali à nossa frente, mas só vemos aquilo que queremos ver.

Porque a pessoa que eles procuravam, esteve sempre ali!

 

Quem era, afinal, o verdadeiro alvo a abater? E porquê?

E quem será o assassino, que continua a fazer vítimas?

Estas são as perguntas para as quais o tempo se está a esgotar, e a que a equipa agora responsável pela reabertura do caso terá que responder.

Emily in Paris, na Netflix

Emily in Paris - Just Breathe.

 

A nova série da Netflix, "Emily in Paris", traz-nos uma história leve, descontraída, por vezes cómica e surreal.

Não tem grandes mistérios, nem muito "sumo", mas o que é certo é que, por vezes, também precisamos dessa leveza na vida. Nem tudo tem que ser pesado, dramático, intenso.

 

Quando ouvi falar da série fiquei com algum receio porque, por exemplo, Betty Feia em Nova Iorque, além de demasiado longa, não me prendeu muito. Tornou-se cansativa, e perdeu o interesse. Então, pensei que talvez esta série, apesar de mais curta, fosse no mesmo sentido. Mas não.

 

Vê-se num ápice, com episódios curtos, e já devorava uma segunda temporada!

Ver "Emily em Paris" é como querer, por vezes, também nós, ter uma mudança na nossa vida, e vivê-la através das aventuras da protagonista embora saibamos, de antemão, que não seria assim tão cor de rosa!

É uma série que nos leva a sonhar, e a viajar, num momento em que é o que menos podemos fazer, e com a liberdade que gostaríamos. 

O facto de se gostar de dramas faz de alguém uma pessoa dramática?

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Quem me conhece, sabe que, de uma forma geral, não gosto de filmes de comédia.

Que não acho piada à maior parte dos humoristas, e àquilo que debitam com intenção de nos fazer rir. Mais depressa o faço com o Mr. Bean, por exemplo, que nem precisa de abrir a boca.

E que, raramente, me rio dos vídeos de parvoíces que circulam por aí, pelo youtube ou facebook, que a maioria gosta, e lhes acha graça.

Não tenho um sentido de humor igual ao das outras pessoas, lamento. 

Mas isso não quer dizer que não me ria, que não ache graça a certas coisas, situações, cenas com as quais me vou deparando. 

 

Por outro lado, estou quase sempre pronta para um bom filme ou história dramática, e é-me muito mais fácil e, diria até, inspirador, escrever sobre drama, sobre tristeza.

As emoções chegam de forma mais natural, e a escrita flui muito melhor, do que se tiver que exprimir algo oposto.

 

Sou assim. Posso ser diferente da maioria, mas não estou cá para agradar os outros. Estou cá para ter a minha própria opinião.

No outro dia, dizia-me o meu marido que eu era uma pessoa dramática, que só gosto de coisas tristes, de lágrimas, de sofrer, e nunca acho piada a nada, como se não quisesse viver alegre ou animada.  

 

Então, o facto de se gostar mais de dramas faz de alguém uma pessoa dramática?

Eu até me considero uma pessoa bastante divertida e animada, quando assim se proporciona. Sou pessoa para me rir de muitas parvoíces, de cenas espontâneas que assisto, até de mim própria!

Não sou pessoa de andar por aí a lamentar-me, a chorar pelos cantos, a vitimizar-me pela vida que me calhou.

Pelo contrário, até sou um pouco "palhaça". E, não raras vezes, acabamos a noite, eu e a minha filha, a rirmo-nos à gargalhada, por alguma coisa que disse ou fiz. 

 

Mas, se há coisa que me irrita, é que me tentem impingir, à força, algo a que não acho graça. Pior, que queiram que eu seja da mesma opinião que essas pessoas que gostam muito e acham piada, e que fiquem aborrecidos por eu não pensar da mesma forma.