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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Incêndio

 

Por vezes, somos como um terreno seco que, sujeito a determinadas condições, se torna o “combustível” perfeito para provocar a faísca.

Para que um incêndio espontâneo deflagre são necessários três componentes: calor, combustível e oxigénio.

Da mesma forma, por diversas circunstâncias que nem sempre damos conta, vamo-nos transformando na vegetação seca, no rastilho, na bomba que só precisa de ser accionada para explodir.

Depois, basta uma pequena fonte, um simples “fósforo”, um gesto aparentemente insignificante, para desencadear um fogo capaz de assumir proporções inesperadas.

Assim me senti eu, ontem…

E, embora à partida, um incêndio não seja algo bom, podendo mesmo destruir tudo, também pode ser encarado como uma renovação. O queimar das folhas secas, para que novas folhas verdes nasçam…O encerrar de uma fase menos boa, para ganhar novo ânimo…

Há uma semana que me andava a sentir como uma pilha recarregável viciada – de noite carregava enquanto dormia, levantava-me com a carga completa, mas ao longo do dia ia perdendo, e chegava à noite vazia.

Há uma semana que algumas das minhas “folhas” estavam a ficar secas, que a bomba estava a ser construída, que o rastilho estava a ser meticulosamente colocado…

E ontem, deu-se a combustão, a explosão, o incêndio! Um incêndio que durante pouco mais de uma hora me consumiu com toda a sua força, que só à noite ficou controlado, e talvez hoje se possa considerar extinto.

A pilha foi substituída, não há mais folhas para arder e, por isso mesmo, prevêem-se dias mais serenos e positivos!