E, de repente...
... voltei a receber as notificações de comentários dos posts no meu email!
Não sei por quanto tempo, é melhor não fazer grande festa, mas dá imenso jeito.
E fiquei feliz com este regresso inesperado à normalidade.
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... voltei a receber as notificações de comentários dos posts no meu email!
Não sei por quanto tempo, é melhor não fazer grande festa, mas dá imenso jeito.
E fiquei feliz com este regresso inesperado à normalidade.
Já tinha lido por aqui que havia problemas com as notificações de comentários, nomeadamente, para os endereços de email "outlook".
No meu caso, e já há três semanas, não recebo as notificações no meu email, nem dos comentários que fazem no meu blog, nem das respostas aos meus comentários, que faço noutros blogs.
Se, na primeira situação, consigo ver que tenho comentários, vindo directamente ao Sapo Blogs, na segunda, acaba por ser difícil porque, às tantas, já nem sei que comentários fiz, e onde, para ir lá verificar se responderam ou não.
Espero que a situação se resolva rapidamente.
O bom da partilha de opiniões e ideias é poder, entre outras coisas, dar-lhes seguimento, servir de inspiração, encetar novas partilhas.
A blogosfera é um exemplo de como essas partilhas se podem multiplicar, e dar origem a outras.
Já, por diversas vezes, me aconteceu comentar um texto de alguém e, depois, pegar nesse mesmo comentário para desenvolvê-lo, e dar origem a um texto meu que, mais tarde, será partilhado e comentado por outros.
E, quem sabe, um desses comentários não gera, da mesma forma, um texto para quem o fez!
Não existirão, por aí fora, textos originados por comentários que, de outra forma, nunca teriam sido, sequer, pensados e escritos?
Tenho por hábito, para além de partilhar a minha opinião sobre os livros que leio aqui no blog, comentar os mesmos nos sites onde os compro, maioritariamente, na Wook.
Sempre achei que os comentários eram uma forma de divulgação dos livros para possíveis leitores interessados em adquiri-los.
Embora, no meu caso, enquanto interessada, raramente condicionem a compra se os mesmos não forem favoráveis. Porque nem todos temos a mesma opinião e, aquilo que não agrada a uns, pode agradar a outros.
O que eu não fazia ideia, era que os autores dos livros liam esses mesmos comentários.
E como é que eu fiquei a saber disso?
Porque houve uma autora que não se limitou a ler o que foi escrito sobre os seus livros, mas teve também a amabilidade de me enviar um email a agradecer.
Podia ter visto, e passado em frente.
Mas não o fez.
E é por isso que hoje, o post é de agradecimento, à Sara de Almeida Leite, pela gentileza, e pela humildade que manifestou para com esta ilustre desconhecida que sou!
São surpresas como estas que nos enchem o coração, e nos deixam com um sorriso no rosto
Se há coisa que me irrita são pessoas que querem impôr "a sua verdade" como uma verdade absoluta.
Que pensam que, aquilo que funciona com elas, funciona com todos.
Que afirmam que, se elas conseguem, os outros também têm que conseguir.
Que acham que, o que é simples e banal para elas, o é para todos.
É muito fácil caminhar quando temos um sapato feito à nossa medida, que nos serve, assenta bem e com o qual nos sentimos confortáveis.
Mas, e se, de vez em quando, "calçássemos o sapato do outro"?
Será que ainda nos sentiríamos assim tão confortáveis?
Ou descalçaríamos, na primeira oportunidade, para voltar ao nosso?
Pois...
É que isto é muito fácil falar, quando tudo corre a nosso favor.
Mas aquela que julgamos ser a verdade é, por vezes (muitas vezes), apenas a "nossa verdade", a nossa realidade, que pode ser muito diferente daquela que as outras pessoas vivem e, por isso, seria melhor pensar um pouco antes de falar.
Porque a nossa situação, é nossa. Pode não ser a dos outros.
Isto aplica-se em quase todas as coisas da nossa vida mas, este desabafo, vem na sequência dos vários comentários que tenho lido pela internet, de pessoas que se julgam donas da verdade e atiram, com quatro pedras na mão, a propósito do encerramento do comércio às 13 nos fins de semana "ah e tal, podem muito bem ir às compras durante a semana" ou "em x país os hipermercados estão encerrados, porque é que aqui faz tanta confusão?", entre outros.
Quase apostaria que, quem diz estas coisas, ou tem disponibilidade de sobra, ou tem um horário flexível, que lhes permita fazê-lo, ou vivem uma realidade diferente, em termos de organização dos serviços, que não é a nossa.
Se eu sou contra essa medida?
Acho que, a ser implementada, deve ser para todos e, por esse ponto de vista, acho bem que o Costa a tenha igualado para todos os estabelecimentos comerciais.
Da forma como estava, só prejudicava o pequeno comércio, dando a encher os bolsos aos grandes que, não contentes com isso, ainda queriam alargar o horário. A xico-espertice no seu melhor!
Mas acredito que a concentração no curto período, que é inevitável acontecer (digam o que disserem), vai trazer mais prejuízos que benefícios.
E como eu não sei como são as situações dos outros, vou apenas falar por experiência própria.
Sim, vai dificultar-me a vida.
Levanto-me às 06.30 horas para me despachar, a mim, à minha filha, e às gatas, para entrar no trabalho às 09h, pelo que é impensável ir às compras antes de entrar ao serviço.
Tenho uma hora e meia de almoço, que é utilizada, mais uma vez, para tratar do almoço, das gatas, da roupa que tem que secar durante o dia, etc.
Se for às compras nesta pausa, arrisco-me a nem sequer ter tempo para almoçar.
Saio do trabalho às 19 horas, e o que mais quero é ir para casa, arrumar tudo e ir para a cama cedo. Ainda assim, poderia ir a essa hora fazer as compras mas...
Pão, a essa hora, é escasso.
Sopa, a essa hora, nem sempre há.
Coissants, por exemplo, só de manhã.
Ou seja, poder até podia, mas só conseguiria trazer metade das coisas.
Assim sendo, é-me muito mais fácil fazer as compras ao sábado. Ou seria! Num horário normal.
Com esta limitação, vou ter que acordar cedo, no único dia em que poderia aproveitar para descansar, para ver se consigo ter sorte, e não apanhar filas de duas/ três horas, para entrar no supermercado.
E não, não me venham dizer que vá antes ao comércio local, para ajudar, porque até é mais barato, porque não é. Aqui onde vivo não é mais barato. Longe disso.
Por isso, antes de abrirem a boca, com base naquilo que é a sua realidade, seria bom as pessoas pensarem um pouco na realidade dos outros.
Porque, se há pessoas que estão desempregadas, reformadas, que entram tarde ou saem cedo, que trabalham ao fim de semana com folgas durante a semana, que trabalham por turnos, que vivem ou trabalham perto dos supermercados e podem lá dar um saltinho a qualquer hora, também há quem saia cedo de casa e chegue tarde, quem não tenha essa disponibilidade, quem só consiga mesmo ir ao fim de semana.
Não há nada que não se consiga, com esforço, e vontade, mas também nada é assim tão simples como para alguns.
Em vez de criticar e apontar o dedo, seria bom solidarizarem-se com aqueles que não têm a mesma sorte ou facilidade.
Menos crítica e mais empatia.
Vale para esta medida, em particular, e para tudo na vida, em geral.