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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Uma espécie de "teleconsulta", mas presencial

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Na sexta-feira tive que ir ao médico.

Tentei marcar consulta na minha hora de almoço, no centro de saúde, mas os serviços administrativos estavam encerrados a essa hora.

Acabei por ir à saída do trabalho, por volta das 19 horas, ao atendimento complementar, uma espécie de urgência aberta 24 horas, a que só posso ir quando o centro de saúde está encerrado.

Tinha seis pessoas à minha frente. Fiquei. 

Percebi que, ou me calhava uma médica que não conheço, ou o estrangeiro do outro dia, que atendeu o meu pai.

 

Chamaram um rapaz que estava antes de mim, e a mim, para entrar e esperar no corredor.

O gabinete 6 estava fechado, sem nenhum médico lá dentro.

No gabinete 7 ouvia-se uma voz de mulher, e uma outra voz, que parecia um homem. Sendo que a mulher era a utente.

Entretanto, o tal médico estrangeiro aparece, vai para o gabinete 6 e chama o rapaz que estava à minha frente.

 

No gabinete 7, chamam uma utente que estava na enfermaria, mas ninguém aparece.

Uns minutos depois, vejo sair de lá uma senhora. Aí com uns 60 anos, talvez. Pensei que fosse a tal utente, e que houvesse algum acesso interior entre gabinetes. Até porque estava convencida que a voz do profissional era de homem.

A senhora passa por mim e vai não sei onde. Depois, volta, e sai, pela saída de emergência, para a rua.

Volta a entrar, olha para mim, e pergunta como me chamo, e se já fui atendida.

Respondo, e manda-me, então, entrar para o gabinete 7.

Ou seja, a dita senhora era a médica!

Pelos vistos, agora, nem batas é preciso usar.

 

Sento-me, e pede-me para esperar um pouco.

Passados uns minutos, lá me pergunta o que tenho.

Explico-lhe os meus sintomas.

Eu, na minha cadeira. E a médica, na dela.

Em nenhum momento me observou.

Confirmou-me o que tinha, e passou-me o antibiótico.

Simples assim!

 

Não sei se ela tem poderes de adivinhação, se tem raios laser ou uma lupa incorporada nos olhos, para me observar à distância. Mas o importante é que já me podia tratar.

Pelo que percebi, ela não é muito dada a observações, mas parece que costuma ser eficaz.

Ainda assim, para além de toda a situação surreal, em que uma médica anda a passear pelo hospital, enquanto os utentes estão à espera de ser chamados, senti-me como numa espécie de teleconsulta, mas presencial!

 

E pronto, a primavera trouxe-me de presente uma conjuntivite, uma temporada a usar óculos, e umas lentes de contacto, acabadas de estrear, destinadas ao lixo.

A saúde é mais importante que a vaidade

 

Rede Globo > tvmorena - Crônica de Camila Jordão ensina como 'Fazer charme  de intelectual'

 

Ontem li um artigo que dizia que as pessoas que usam lentes de contacto, ou óculos, deveriam ter especial atenção, agora que o outono chegou, aos problemas oculares, como conjuntivites e outros, mais comuns nesta altura do ano.

Nem de propósito, foi mesmo algo assim que o outono me trouxe de presente!

Ontem sentia os olhos secos, e doridos.

Durante a noite, comichão, olhos lacrimejantes, doridos e meio colados.

 

Há uns dias, dizia eu à minha filha que deveria pensar em comprar uns óculos novos.

Ainda ontem, a propósito do artigo, lhe dizia que, nessas situações, convinha ter uns óculos decentes para usar.

Eu tenho óculos. 

Mas são pré-históricos. Há anos que não mudo a armação. Nem as lentes. Como só uso mais em casa, ou aos fins de semana, pouco tempo, a optometrista achou que não valia a pena gastar dinheiro, usando eu muito mais as lentes de contacto.

A verdade é que, entre não usar nada, e usar os óculos, é preferível usá-los. Mas noto uma grande diferença em relação às lentes de contacto, com uma graduação mais elevada. E, por exemplo, ao perto, acabo por ter que tirar os óculos para ver melhor.

Desenrascam, mas já não são o suficiente.

 

Hoje de manhã, e porque não gosto nada de me ver com óculos, ainda pensei na hipótese de usar as lentes de contacto.

Pura estupidez!

A saúde deve ser sempre mais importante que a vaidade e, se usasse as lentes de contacto, só iria agravar ainda mais a inflamação.

Por isso, lá fui eu trabalhar de óculos.

Dar o exemplo.

Não importa o que os outros pensem, digam ou como vejam, o que interessa é que nos sintamos confortáveis, e que façamos o que é melhor para nós.