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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

De quem é a culpa, não sei. Mas são sempre os doentes a pagar!

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Há uns dias, o meu pai teve que ir, de propósito, fazer um exame ao hospital.

Ontem era dia de consulta. Estava marcada para as 14 horas.

A médica, vimo-la chegar, só apareceu no serviço depois das 14.30h.

Antes disso, já o meu pai tinha feito um electrocardiograma, e ido à consulta de enfermagem que, basicamente, serviu para medir a tensão arterial e a temperatura, e fazer perguntas da praxe, que voltam a ser repetidas, de cada vez que é chamado para fazer alguma coisa. 

 

É então chamado, não para a consulta, mas para fazer o exame que já tinha feito no outro dia.

Perguntei se tinha que repetir. Expliquei que já tinha feito. A técnica confirmou.

O problema é que a técnica não fez o relatório e a médica, não o vendo, achou que não tinha sido feito e, por isso, mandou fazer outra vez. 

Ora, se afinal o exame poderia ter sido feito no mesmo dia, porque nos fizeram lá ir de propósito, antes?

E porque é que a técnica, em 10 dias, não tinha o relatório feito?

Lá nos disseram que assim não era preciso, e voltámos à sala de espera.

 

Para a consulta, já foi chamado perto das 16h.

E aqui, confesso a minha ingenuidade de acreditar que um médico, quando recebe o paciente na sala, já olhou minimamente para o processo dele, e saiba o motivo de ele estar ali.

Pelos vistos, não.

Estava a consultar tudo na hora. Não sabia quem o tinha encaminhado para as consultas.

Perguntou se tínhamos levado a medicação que estava a tomar.

Ora, eles têm tudo isso na ficha do paciente, até porque foi tudo tratado no mesmo hospital.

 

Quanto à consulta propriamente dita, foi-nos dito que é necessário mais um exame para confirmar as suspeitas que têm, e para decidir o que fazer. Exame esse que há-de ser marcado para breve.

E isto irrita-me.

Por que raio não fazem logo os exames todos de uma vez, e nos obrigam a ir lá vezes sem conta, às prestações?

Um exame num dia, umas análises noutro, pelo meio uma consulta, depois outra consulta.

Doente sofre, desespera e perde a paciência.

Será esse o objectivo? Fazer as pessoas desistirem, e é menos um a "entupir" o serviço?

 

Adiante, se se confirmar as suspeitas, será necessário um cateterismo para substituir a válvula que está calcificada, e impede a saída do sangue do coração. Este procedimento implica internamento e riscos que não sendo, à partida, graves, também não são bons. A alternativa é não fazer, e o tempo de vida é curto.

Se se verificar que o problema não é grave, a ponto de justificar esse procedimento, então vira "cobaia", porque terão que fazer outro tipo de estudo que explique porque é que o músculo do coração está fraco.

 

E, pelo meio, controlar os rins que, neste momento, são os que estão a dar mais problemas.

Ontem fez as análises que o médico tinha pedido. Vamos ver o que vai dizer na próxima consulta.

Espaço "MESMO" em Mafra

Imagem daqui

 

A vila de Mafra conta agora com um novo espaço - o MESMO (Mafra Espaço de Saúde Mental e Ocupacional), instalado na zona central da vila e com facilidades de acesso que, numa primeira fase, irá disponibilizar consultas médicas de psiquiatria duas vezes por semana. 

Até agora, as situações identificadas era encaminhadas para o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, o que obrigava à deslocação de pacientes com reduzida autonomia, e implicava maiores custos financeiros.

Neste espaço serão, igualmente, desenvolvidas actividades ocupacionais, e haverá um programa de visitas e intervenção nos domicílios dos utentes do concelho, em articulação com os cuidados de saúde primários. 

O MESMO resulta de uma parceria entre o Município de Mafra, o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa e o Agrupamento de centros de Saúde Oeste Sul.

Pode consultar toda a informação e ficar a saber mais sobre este espaço no site da Câmara Municipal de Mafra - http://www.cm-mafra.pt/.

Ora marcas tu, ora marco eu!

 

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Tinha uma consulta de Pediatria da minha filha, marcada para Dezembro de 2014.

Essa consulta foi adiada, pelo hospital, para este mês. Talvez por a médica ter ido embora e ser agora um novo médico a substituir.

Uma vez que não é uma consulta urgente, liguei para o hospital para ver se me podiam adiar para outra altura. Mesmo sem eu pedir, marcaram-me para 17 de Fevereiro. Achei óptimo, calhava nas férias de Carnaval e ela não teria que faltar à escola.

Agora, recebo uma carta a dar sem efeito a consulta, por motivos imprevistos. Palpita-me que os motivos imprevistos são o terem percebido que dia 17 é mesmo a terça-feira de Carnaval e o médico, provavelmente, vai brincar para outro lado! Marcaram-me para o início de Março.

Voltei a ligar, porque não me apetece que a minha filha falte às aulas, para adiar para mais tarde. Marcaram-me então, depois de eu pedir, para um dia nas férias da Páscoa. 

Estou para ver se me voltam a trocar as voltas de novo. Se assim for, desisto. De qualquer forma, ela já está mais que recuperada! 

 

Santa Incompetência, Haja Paciência!

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Muito gostam os médicos e enfermeiros de nos ter no centro de saude!

Em Julho, quando a minha filha levou a vacina do tétano, a enfermeira aproveitou logo para lhe marcar a consulta dos 10 anos. Marcou para Outubro, mas como entretanto começaram as aulas e não me apetece que ela falte para ir a uma consulta desnecessária, decidi alterar o dia e hora da consulta. 

Já no final de Agosto, quando fui com a minha filha à médica de família por causa de uma otite, a médica pediu-me o meu número de telemóvel para me marcar uma citologia. Nesse mesmo dia, ligaram-me do centro de saude para marcar a dita cconsulta para Setembro.

Até aqui, poder-se-á pensar que foram extremamente profissionais e competentes, que se preocupam com os utentes e querem o melhor para eles. Como tal, e uma vez que de outra forma não punhamos lá os pés (só vamos quando estamos doentes e se justifica), decidiram marcar por nós estas consultas.

Como se costuma dizer "se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé"!

Só por isso, já não me apetecia lá ir. Se, e quando eu quiser fazer uma citologia, vou lá e marco, ou nem sequer lá vou. Prefiro ir à minha ginecologista, onde vou às horas que posso e quando me dá jeito (a bem da verdade, já não vou lá há mais de 3 anos).

Mas, adiante. Uns dias mais tarde, ligaram do centro de saude para o meu telemóvel antigo, quando eu dei à médica o novo (para o qual me marcaram a consulta), para desmarcar a consulta de setembro e agendar para outubro. Como ninguém atendeu, ligaram à minha mãe que tomou nota do recado.

Mais uma vez, após a início das aulas, e com a recente mudança no horário da minha filha, não me dava jeito ir à consulta, por isso decidi adiar.

Liguei para o número de telefone que consta na folha de consulta, nas listas telefónicas e no site do portal da saude. Nada. Durante três dias, ou não atendiam, ou estava ocupado. Decidi-me a ir lá pessoalmente.

Sou chamada para ser atendida por uma funcionária que está a fazer outra coisa ao mesmo tempo e nem se digna olhar, e que logo em seguida começa a conversar com uma médica, que entretanto apareceu, sobre a filha, a ecografia que ia fazer e o sexo do neto, que ia saber (ou não) nesse dia. E eu à espera que as madames terminassem. Tão pouca consideração teve uma como outra. 

Finalmente, e em relação à consulta da minha filha, só pode ser à terça-feira e naquele horário, por isso perguntou-me se eu queria que marcasse para 23 de Dezembro. Por mim era perfeito. Estamos ambas de férias nessa altura. Mas qual não é o meu espanto quando olho para o papel da consulta e vejo lá a data de 12 de Dezembro!

Já a minha consulta, marcou-me para o mesmo dia que, supostamente, estava, mas ao fim da tarde. E digo supostamente porque no computador constava uma consulta sim, mas para o dia anterior, e estava cancelada (não sei como, porquê e quem cancelou, e porque não fui avisada).

E anda assim a (in)competência dos nossos serviços de saude!

 

Preso por ter cão, preso por não ter...

 

Lembro-me de, há uns anos atrás, os médicos afirmarem que os utentes se dirigiam ao Centro de Saúde por tudo e por nada. Muitas vezes, iam lá só para conversar com o médico.

Lembro-me de consciencializarem as pessoas para não irem aos Centros de Saúde sem realmente haver necessidade de o fazer.

Recordo-me de tentar marcar consultas para a minha médica de família, e não conseguir no momento em que queria, e quando finalmente marcavam, já não valer a pena.

Agora, quando estou mesmo doente, vou à urgência. Se estou bem, não preciso de ir ao médico. Claro que sabemos o quão importante é fazermos exames e análises de rotina, mas com a nossa rotina e tantas coisas com que nos preocuparmos, nem sempre nos lembramos disso, ou vamos quando temos tempo.

Mas parece que os Centros de Saúde sentem a nossa falta! Querem que façamos uma visita anual ao médico de família, e até nos mandam um convite extensivo a toda a família!

Afinal, se não marcamos consultas é porque não precisamos de médico, e se não precisamos, tiram-nos.

Façamos-lhes então a vontade. Vamos marcar consultas para a família toda. E até sugeri ao meu pai organizarmos uma excursão e levar a cesta do piquenique!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades…