Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Que demónio é este?...

png-transparent-hair-coloring-black-hair-hime-cut- 

 

Mas que demónio é este, que por aqui ciranda?

Seja ele qual for, que volte depressa para de onde veio.

É impossível andar na rua.

 

Mal uma pessoa sai, fica à mercê dele.

Revoltoso, gélido, sem dar um único segundo de tréguas.

Esbofeteia-nos de um lado. E do outro.

Empurra-nos, fazendo-nos acelerar mesmo sem querer. Outras vezes, trava-nos, como se nos tentasse impedir de seguir caminho.

Desorienta-nos.

 

Já não basta a chama intensa que nos fere os olhos, também ele quase nos cega.

Enquanto nos debatemos com ele, nem nos atrevemos a respirar. Sustemos a respiração, até estarmos em relativa segurança.

Que só chega quando entramos em casa.

Até então, percorremos o caminho o melhor que conseguimos, quase sem o ver, em modo automatico, porque perceber onde estamos e com o que estamos a lidar é doloroso e cansativo demais.

 

Na rua, o demónio anda à solta.

Chama-se vento.

Já deveríamos estar habituados.

Mas o vento nem sempre está assim.

Com esta fúria desmedida. Com esta raiva descontrolada.

A fustigar cada centímetro da nossa pele, e do nosso corpo.

 

Em casa, continuamos a ouvi-lo.

A sentir que ele tenta, de todas as formas, quebrar as barreiras. Chegar até nós.

Mas não consegue.

E nós podemos, então, tranquilamente, abrir os olhos, que demoram a habituar-se à calmaria.

Podemos respirar de alívio.

Podemos descontrair o corpo que, só então, percebemos como estava contraído, e relaxar.

 

Até à próxima luta, quando tivermos que voltar à rua, e enfrentá-lo novamente.

 

 

Não suporto o frio

Resultado de imagem para frio

 

O tempo frio obriga-me a vestir imensa roupa, para poder sentir-me minimamente quente. Mesmo assim, muitas vezes não é suficiente. E quando isso acontece, é assim que eu fico:

- as mãos ficam quase paralisadas, os dedos mal se mexem

- contraio tanto as costas com o frio que, ao final do dia, fico cheia de dores e mal me consigo mexer

- não sinto os pés, e tenho dificuldade em caminhar, nos primeiros minutos

- tenho tendência a encolher as pernas e enrolar-me toda, na cama, tipo caracol, e depois fico ainda com mais dores nas pernas, por causa da posição, e acordo como se tivesse sido atropelada por um camião

 

A única forma de me manter aquecida, é estar a fazer alguma coisa que implique mexer-me, ter um aquecedor no máximo (que me vai dar outros problemas, como constipações, gripes e dores de garganta), caminhar para aquecer os pés (quando posso) ou enfiar-me debaixo de uma tonelada de cobertores e edredãos, e com bastante roupa vestida.

 

Se acham que umas boas luvas me aquecem as mãos, ou as meias os pés, desenganem-se! É apenas para proteger, e para evitar que não gelem ainda mais. Raramente consigo passar de uma temperatura a rondar o "morno".

 

Para terem uma ideia do quanto sofro com o frio, digo-vos que, quando morava com os meus pais, o meu quarto era virado para norte, ou seja, o mais frio da casa. E nessa altura não usávamos aquecedor. Então, numa daquelas noites de frio, dormi com 7 cobertores, 2 edredãos, pijama, meias, luvas, um casaco com carapuço e o mesmo enfiado na cabeça, e eu totalmente coberta, cabeça incluída!