Contrastes
Por entre o cinzento do céu, e o laranja do pôr do sol, o contraste em tons de preto, das plantas, arbustos e troncos!
A despedida do verão que já se julgava longe, mas decidiu mostrar que ainda não foi embora.
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Por entre o cinzento do céu, e o laranja do pôr do sol, o contraste em tons de preto, das plantas, arbustos e troncos!
A despedida do verão que já se julgava longe, mas decidiu mostrar que ainda não foi embora.
Tenho tanto de serena, como de agitada.
Tanto de tranquila, como de turbulenta.
Tanto de pacífica, como de guerreira.
Tanto de ponderada, como de impulsiva.
Tanto de simples, como de complexa.
Tanto de apática, como de determinada.
Tanto de vulnerável, como de forte.
Não sou só uma. Ou só outra.
Sou ambas.
Ao mesmo tempo.
Ou em tempos diferentes.
Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto
Este fim de semana vimos o filme Operação Eye In The Sky.
Confesso que, quando li a sinopse, imaginei algo diferente que não o que, de facto, narra o filme.
Mais do que acção, o filme conta sobretudo com suspense, do início ao fim.
Um dos grandes contrastes que é flagrante no filme, está relacionado com duas crianças: uma, filha de um político, habituada a ter tudo o que quer, pediu ao pai para lhe comprar uma boneca, e quando se percebe que não era exactamente a que ela queria o pai, a entrar para uma reunião de extrema importância, encarrega um subordinado de fazer a troca; a outra, uma menina de Nairobi que só pode brincar, às escondidas dos restantes habitantes, com um arco que o pai lhe fez, e que vende pão nas ruas para ganhar algum dinheiro para a família. No final, o pai da primeira leva a boneca, entretanto trocada, para casa, como se nada tivesse acontecido. Vai para junto da família, e há-de continuar a mimar a filha ao longo da vida. Já os pais da segunda, estão a levar a sua menina para o hospital, em risco de vida.
Eye In The Sky mostra ainda como são, muitas vezes, tomadas as grandes decisões políticas por quem de direito, num retrato que pode não ser exactamente fiel, mas não andará muito longe da verdade. Desde um ministro que dá ordem para matar, aborrecido por terem interrompido o seu jogo de ping pong e ansioso por voltar ao mesmo, a outro que troca opiniões sentado numa sanita, devido a problemas gastrointestinais provocados pelos camarões da refeição.
Mas também há espaço, no meio de tanta indiferença e frieza, para pessoas com sentimentos, que não matam a qualquer preço e tentam ao máximo encontrar alternativas relembrando, sem receios, os seus superiores que há protocolos a cumprir, recusando-se a acatar as ordens sem que isso seja feito.
No entanto, perante uma missão prestes a ser bem sucedida, numa oportunidade que dificilmente voltarão a ter, há que contornar a questão que bloqueia o avanço da operação, com alguma persuasão, com alguns dados falsos que constarão mais tarde no relatório oficial, em detrimento dos reais, com os quais nunca teriam seguido em frente.
É por isso que, também na vida real, muitas vezes as coisas parecem não bater certo, e fica sempre a dúvida. Mas é um pequeno preço a pagar, e a pesar de forma mais leve ou mais intensa na consciência de cada um dos envolvidos.
O que é certo é que, o que quer que tenha acontecido e independentemente da forma como se sente e como vê cada um dos protagonistas da missão, no dia seguinte têm que regressar ao trabalho, como se nada se tivesse passado no anterior.
Isto, para aqueles que ainda tiverem a oportunidade de regressar porque, por vezes, os operacionais arriscam a sua vida, nestas missões, e acabam por perdê-la. Mais um dano colateral...
Mas, afinal, que história nos conta o filme "Operação Eye In The Sky"?
Tudo começa por ser uma operação de captura a três dos terroristas mais procurados, que rapidamente se converte para morte dos mesmos, perante a ameaça de ataques terroristas.
A grande questão, em termos políticos e jurídicos, é obter a autorização para atacar mortalmente os terroristas, através de mísseis lançados à casa onde se encontram. Uns, defendem essa missão, outros não a vêem com bons olhos. Em causa estão relações políticas com outros países com quem têm acordos, e que poderão ser postas em causa, provocando danos maiores.
O que é preferível: assassinar três terroristas, de tantos que andam pelo mundo fora, correndo o risco de despoletar guerras que matarão muitas mais pessoas? Ou deixá-los partir, sabendo que continuarão a cometer ataques, também eles devastadores?
Mas o que vai mesmo pôr os diversos políticos a debater-se entre o "sim" e o "não", é o facto de se encontrar uma menina inocente no local de impacto do míssel, naquilo a que apelidam de "dano colateral".
Se abaterem os terroristas, a menina morre, mas evitam possíveis ataques que ocorreriam, se nada fizessem. A morte de uma, pela vida de muitos. Por outro lado, a morte da menina é certa. As restantes, potenciais.
Ao longo do filme, vi o meu marido mudar muitas vezes de "lado", ora apoiando uns, ora colocando-se contra eles. Para mim, é difícil tomar partido, e é por isso que também não me envolvo em política. Não são decisões fáceis, e qualquer uma delas terá repercussões negativas.
Qual será a decisão final?
Quarta-feira foi dia de passeio para algumas turmas da escola de Mafra, incluindo a da minha filha.
Foram até ao Zoomarine, e regressaram à noite.
Cerca das 22.30 horas, o estacionamento da escola estava cheio, com os pais a irem buscar os filhos acabados de chegar no autocarro. Como seria de esperar, vinham cansados da viagem e do dia preenchido que tiveram, mas muito animados também.
Ao lado, na casa mortuária, o ambiente seria o oposto. Velava-se um corpo...
Viemos mais tarde a saber que era o de um bebé, de apenas 4 meses, que faleceu de uma doença rara.
Nos últimos tempos, foram várias as fotografias que vimos dos pais com o seu menino, no facebook. De repente, vemos uma foto que nos indica que é uma estrelinha, que partiu...